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Resolução da CTB defende democracia e campanha para fortalecer os sindicatos

 

Acabou na tarde desta sexta (11), a 18ª reunião da Direção Nacional da CTB que reuniu 84 dirigentes representando as cinco regiões do país.

Em dois dias de debates, os membros da direção nacional avaliou a conjuntura nacional, os impactos da Reforma Trabalhista – que completou nesta sexta (11) seis meses da sua entrada em vigor -, perspectivas do movimento sindical, custeio, negociação coletiva e o papel da Central na luta em curso, especialmente em um ano de eleição.

“É necessário continuar resistindo e reiterar os esforços de conscientização e mobilização da classe trabalhadora para a luta em defesa da democracia, da soberania nacional e da valorização do trabalho. A campanha de sindicalização e fortalecimento dos sindicatos deve ser intensificada”, destacou a resolução aprovada na 18ª reunião da Direção Nacional da CTB.

Resolução da 18ª Reunião da Direção Nacional da CTB

Reunida em São Paulo nos dias 10 e 11 de maio de 2018, a Direção Nacional da CTB aprovou:

  1. Após dois anos da posse ilegítima de Michel Temer na Presidência, na sequência de um golpe de Estado que impôs ao país uma agenda de radical restauração neoliberal contrária aos interesses do povo e da nação, o Brasil vive um retrocesso social, econômico e político sem paralelo na história;
  2. A nova legislação trabalhista, em vigor há seis meses, reduz direitos, desregulamente e precariza as relações trabalhistas numa afronta à CLT e à Constituição Federal. O congelamento dos gastos públicos por 20 anos agravou os problemas da saúde, educação e outros serviços públicos e impede a retomada do crescimento econômico e o combate ao desemprego em massa e à subocupação;
  3. A soberania nacional é violentada pelas políticas entreguistas para o pré-sal, privatizações, venda de terras a estrangeiros, aluguel da base de Alcântara aos EUA e realinhamento da política externa a Washington;
  4. A democracia sofre seguidos ataques, ao mesmo tempo em que florescem, à sombra do golpe, forças de direita e extrema direita, acenando para um obscurantismo ainda maior;
  5. A prisão do ex-presidente Lula, depois de uma condenação injusta e sem provas por um juiz instruído pelo Departamento de Estado dos EUA, inaugurou um novo capítulo do golpe, que teve o respaldo da segunda instância e do STF;
  6. O movimento sindical é alvo prioritário dos golpistas. O fim da compulsoriedade da Contribuição Sindical, embutido na contrarreforma trabalhista, e a restrição da cobrança da taxa assistencial aos sócios por um ministro do STF, têm o claro objetivo de estrangular financeiramente e desmantelar sindicatos e centrais, de forma a dificultar a organização, mobilização e resistência da classe trabalhadora ao retrocesso;
  7. O conjunto das políticas implementadas pelo governo ilegítimo servem aos interesses dos grandes capitalistas e latifundiários, bem como do imperialismo;
  8. É necessário continuar resistindo e reiterar os esforços de conscientização e mobilização da classe trabalhadora para a luta em defesa da democracia, da soberania nacional e da valorização do trabalho. A campanha de sindicalização e fortalecimento dos sindicatos deve ser intensificada;
  9. No campo é urgente a luta pela imediata regulamentação do Artigo 31 da Lei 13.606/2018 que autoriza o abatimento de dívidas da agricultura familiar;
  10. Fortalecer a luta em defesa do direito do ex-presidente Lula se candidatar, o que corresponde ao anseio da maioria do eleitorado. O único julgamento justo é o do povo brasileiro e a sentença contra ou a favor de Lula deve vir das urnas. Querem retirá-lo do jogo para perpetuar o golpe;
  11. É indispensável unir o movimento sindical e suas bases para organizar uma plataforma unitária em defesa da Petrobras, Eletrobras, Cedae e outras estatais, bem como do SUS, da educação e das universidades públicas;
  12. A Direção Nacional da CTB orienta os sindicalistas classistas e a classe trabalhadora a participar ativamente do pleito de outubro, visando a construção de uma frente ampla democrática e a eleição de candidatos e candidatas progressistas, comprometidos com a defesa dos interesses da classe trabalhadora, da democracia, do desenvolvimento e da soberania nacional.

 

11 de maio de 2018

Direção Nacional da CTB

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Contra retirada de direitos, greves são instrumentos de luta dos trabalhadores em educação

 

Os trabalhadores em estabelecimentos privados de ensino estão mobilizados em todo o país contra os efeitos nefastos da reforma trabalhista sobre a categoria e o conjunto da classe trabalhadora. Ontem (24), conforme compartilhado pelo Portal da Contee, os professores das escolas privadas de Minas Gerais deflagraram greve por tempo indeterminado em resposta à insistência dos donos de escolas em retirar direitos conquistados há décadas e sua recusa em negociar com o Sinpro Minas.

“Centenas de professores em assembleia tomaram a decisão de entrar em greve por tempo indeterminado pela falta de respeito dos donos de escolas pelos nossos direitos conquistados ao longo de décadas”, declarou o coordenador-geral da Contee, Gilson Reis. “Os professores de Minas Gerais dizem não à retirada de direitos e querem derrotar essa famigerada reforma trabalhista, esse desgoverno Temer e essa situação que ele impõe aos professores e a todos os trabalhadores do Brasil. Então os professores da educação privada de Minas Gerais tomam uma decisão importante na luta e na indicação pra que todos os trabalhadores e trabalhadoras em educação, todos os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil possam lutar, resistir e não ter nenhum direito retirado das suas convenções. É a greve, é a luta, é a mobilização, é a resistência que elevarão nossa capacidade de construir um país melhor para os trabalhadores.”

Em São Paulo, docentes também estão em estado de greve, se opondo fortemente à transformação da convenção coletiva em uma cópia da reforma trabalhista e à destruição de conquistas e direitos dos trabalhadores. A Bahia é outro exemplo de estado em que a categoria tem atendido as convocações de assembleias e mobilizações, feitas pelo Sinpro-BA, e na próxima semana, caso não haja avanço nas negociações, deve ser votado o indicativo de greve. “Greve, aliás, é algo que permeia a história do Sinpro-BA”, destacou o diretor do sindicato e da Plena da Contee Allysson Mustafa. “Já foram muitas. É possível que mais uma esteja no forno.”

 

Por Táscia Souza da Contee

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Conape 2018 divulga vídeo sobre a necessidade de defender a educação pública. Assista!

“O golpe de Estado de 2016 mostrou a que veio já em seu início. O ataque à educação pública se transformou num dos seus principais pilares”, diz Marilene Betros, secretária de Políticas Educacionais da CTB. Ela comenta o vídeo feito pela Conferência Nacional Popular de Educação (Conape) 2018, que ocorre entre os dias 24 e 26 de maio, em Belo Horizonte, Minas Gerais.

Como está no vídeo, Betros explica que o desgoverno de Michel Temer atacou os órgãos nacionais de defesa da educação. Ele tirou todos os representantes da sociedade civil e do movimento educacional do Conselho Nacional de Educação e fez o mesmo com o Fórum Nacional de Educação, “inviabilizando qualquer debate sobre projetos que valorizem a educação pública, sem o viés do mercado”, argumenta.

 

Confira o vídeo e entenda a luta pela educação

 

Para ela, as medidas do Ministério da Educação (MEC) “visam cercear as filhas e filhos da classe trabalhadora da possibilidade de adquirirem conhecimento crítico e com isso conquistarem a cidadania plena”.  Os profissionais “comprometidos com a educação pública, de qualidade, laica e inclusiva, se unem aos estudantes e à comunidade escolar para tornar a educação realmente uma área estratégica para o desenvolvimento nacional”. Esse é o objetivo da Conape 2018.

Além disso, explica Betros, o MEC inviabiliza o Plano Nacional de Educação aprovado em 2014 com 20 metas para avançar nessa área, entre elas a que destina 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação pública e a que valoriza os profissionais.

 

Portal CTB

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CTB defende unidade da esquerda para enfrentar onda reacionária que coloca o Brasil em risco

 

A defesa da Democracia, da Liberdade, dos direitos e a apresentação das candidaturas orgânicas e/ou comprometidas com o projeto de sociedade do sistema CONTAG abriram os debates do 1º Conselho Deliberativo da Contag de 2018, nesta quarta (18) em Brasília-DF. O evento tem a presença de mais de 100 dirigentes, das 27 Federações filiadas à Confederação e vai até amanhã (19).

“O cenário segue incerto em relação ao destino da Eleição de 2018, pois o capital investirá pesado para eleger novos deputados e senadores para tornar o Congresso ainda mais comprometido com as ‘reformas’ ultraliberais e com o desmonte do estado de bem estar social. Eles não abandonaram o intento de acabar com a Previdência Social dos trabalhadores(as) e, agora, também o SUS”, denunciou Railton Souza, representante da CTB no debate da atual conjuntura no Conselho.

Ao comentarem o atual momento que o Brasil atravessa, após o golpe que destituiu a presidenta Dilma, eleita democraticamente pelo voto popular, os processos e prisão, sem provas, no caso do ex-presidente Lula, o desmonte de políticas públicas e direitos da classe trabalhadora, os representantes das centrais, CUT e CTB, no evento, acreditam que a esquerda brasileira deve manter a resistência e a unidade em nome do povo brasileiro.

“O Movimento Sindical deve jogar pesado, apesar das dificuldades que o momento impõe, na eleição de deputados e senadores na perspectiva de mudar a correlação de forças no Congresso Nacional, e também manter o foco na candidatura de Lula, pois ela só se manterá com muita pressão popular, não só nas redes sociais, mas também nas ruas. Vamos reconstruir, de forma unitária, a defesa da classe trabalhadora e o desenvolvimento do Brasil. É imprescindível a unidade da Esquerda para enfrentar essa onda reacionária que coloca o País e a democracia em risco, afirmou Railton.

“Temos as tarefas de garantir a unidade da classe trabalhadora, pois temos as mesmas causas; portanto precisamos preservar a unidade da Esquerda, centrada num único Projeto Político e de Sociedade”, disse a vice-presidente da CUT, Carmen Foro.

Presente no evento, o dirigente da FETAG/RS, Sérgio Miranda, avalia que o Conselho da CONTAG acontece em um momento crucial, frente à atual conjuntura e as eleições deste ano.

“A presença de todas as 27 federações aqui dá uma dimensão da importância desse debate. A organização interna, questões legais, como a prestação de contas do ano de 2017, também estão sendo tratadas aqui – todas as federações precisam tomar conhecimento da movimentação financeira da entidade. Da mesma forma que estamos discutimos outros temas, como a Marcha das Margaridas, entre outras questões de ordem interna. A análise da conjuntura que foi feita hoje pela manhã, onde o professor Railton Nascimento representou muito bem a CTB, abordou os mais diferentes aspectos desse momento difícil que a sociedade brasileira, especialmente a classe trabalhadora, passa. É fundamental realizar esse debate conjuntural, evidentemente com um olhar atento às eleições deste ano, para tirar encaminhamentos e dar segmento a luta e assim, quem sabe, poder resgatar os direitos dos trabalhadores, que estão sendo perdidos”, avaliou Miranda.

 

Sérgio Miranda (FETAG/RS) ao lado do Sec. de Relações Intern. da Contag, Alberto Broch

Após as falas dos representantes das centrais, o presidente da CONTAG, Aristides Santos, compartilhou que, em defesa da Democracia e da Liberdade, a Confederação tem lançado notas oficiais e intensificado a participação nos Acampamentos “Lula Livre” de Curitiba e Brasília, entre outras ações em todo Brasil, em defesa do ex-presidente Lula e de sua liberdade para concorrer às Eleições 2018.

No entento, Aristides ressalta que “apesar da posição encaminhada pela diretoria da CONTAG, temos o entendimento de respeitar a diversidade de opiniões do conjunto do Movimento Sindical, pois as ideias nem sempre são iguais e  precisamos entender isso”.

 

CARTA REGIONAL NORDESTE- APOIO AO EX-PRESIDENTE LULA

Após a análise de conjuntura política, os 09 estados na região Nordeste apresentaram uma proposta de resolução de apoio ao ex-presidente Lula para ser submetida à aprovação do Conselho. Recomenda também propostas para plataforma das candidaturas orgânicas e/ou comprometidas com os trabalhadores rurais agricultores e agricultoras familiares e manter o Sistema Confederativo Contag em permanente mobilização em defesa dos direitos e conquistas da classe trabalhadora e denúncia das ações do governo ilegítimo contra o povo brasileiro. A  proposta do Nordeste de apoio a Lula teve uma boa aceitação da maioria do Plenário, inclusive com manisfestações da maioria das Federações presentes.

 

CONGRESSO DO POVO

 

Também na manhã do primeiro dia do Conselho foi encaminhado pelos delegados e delegadas que Sindicatos, Federações e a CONTAG reforcem a mobilização e a participação em todas as etapas do Congresso do povo. Vale destacar que a CONTAG já enviou orientações às Federações e Sindicatos referentes ao Congresso do Povo e seguirá em mobilização por essa grande ação de luta e resistência.

 

PAUTA CONSELHO DELIBERATIVO Abril-2018

 

Os delegados e delegadas continuam a debater durante os dois dias do Conselho Deliberativo outros temas de interesse dos trabalhadores rurais agricultores e agricultoras familiares. Entre eles estão:

 

  • Processo de Construção da Marcha das Margaridas

 

  • Atualização do Programa Jovem Saber

 

Pauta da Agricultura Familiar e Reforma Agrária 2018/2019

 

 

  • Prestação de Contas e Relatório de Atividades de 2017

 

  • 5º ENAFOR

 

  • Sustentabilidade Político Financeira
  1. a) Seminários Estaduais
  2. b) INSS Digital
  3. c) Contribuição Sindical

 

  • Atualização do Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (PADRSS)

 

 

De Brasília, Ruth de Souza (com Assessoria de Comunicação da CONTAG)

 

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Reforma trabalhista pode extinguir contratos e acordos coletivos

A reforma trabalhista do governo de Michel Temer continua penalizando o trabalhador brasileiro. Dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) apontam que no primeiro trimestre de 2018 houve uma queda de 29% no número de acordos coletivos registrados no Ministério do Trabalho.

 

O advogado trabalhista Magnus Farkatt afirma que o prejuízo é grande para o trabalhador com efeito em todo o país. Segundo ele, que é assessor da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), os empregadores tem se baseado na reforma trabalhista do governo de Michel Temer para reduzir direitos na hora da negociação coletiva.

“Participei no final do ano passado de uma negociação do setor de móveis e madeira de São Paulo. Na primeira reunião a bancada patronal apresentou uma contrapauta reivindicando que 49 itens da convenção coletiva anterior fossem modificados com redução de direitos trabalhistas. Não foi possível aceitar aquele tipo de proposta”, afirmou Magnus.

No primeiro trimestre de 2018, o Dieese registrou 2.802 acordos enquanto no mesmo período de 2017 foram 3.939. De 2012 até 2017 a média de acordos registrados foi de 3,8 mil.

Reforma para os patrões

“É a primeira vez que não conseguimos fechar o nosso acordo em 28 anos que atuo no sindicato”, enfatizou ao Portal Vermelho Antonio Lopes de Carvalho, presidente do Sindicato dos Oficiais Marceneiros de São Paulo (foto). “Vamos ingressar com dissídio coletivo na Justiça do Trabalho o que no nosso caso pode dar resultado só daqui a um ano”, lembrou o dirigente.

O sindicato já se encaminha para a negociação 2018-2019 sem ter encerrado a negociação 2017-2018. “A reforma trabalhista desregulamentou as relações de trabalho e os patrões estão usando isso para pressionar o trabalhador de todas as maneiras”, completou Lopes.

Explorar e precarizar ao máximo

Na opinião do presidente da Federação Interestadual dos Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (Fitmetal), Marcelino da Rocha, as convenções e acordos coletivos podem estar com os dias contados. “Estamos correndo um risco muito grande é de não existirem acordos coletivos ou convenções coletivas assinadas com os trabalhadores em razão dessa ganância patronal de rebaixar direitos”, afirmou.

Para o dirigente metalúrgico a reforma trabalhista veio para acabar com um patamar mínimo de condições de trabalho aceitáveis para o trabalhador. “A ganância patronal é para precarizar. Antes da reforma você não poderia reduzir intervalo de refeição, não poderia receber hora extra inferior a 50% e já tem convenções que garantem o pagamento de 100% da hora extra. A reforma veio para assegurar que esses direitos sejam retirados do trabalhador”, exemplificou.

Em Minas Gerais, o Sindicato dos Professores da rede privada do Estado (Sinpro-MG) foi surpreendido com uma contraproposta patronal que retira direitos como adicional extra-classe, adicional por tempo de serviço e também retira os 15 minutos de descanso que o professor tem no recreio. “Eles desfazem completamente a convenção anterior, retirando todos os direitos e fazem um outro contrato”, afirmou Valéria Morato, presidenta da entidade (foto).

Segundo ela, a proposta patronal foi recusada em assembleia dos professores realizada no dia 7 de abril. A categoria também aprovaou uma paralisação de um dia, que acontecerá nesta quinta-feira (19). “Faremos neste dia assembleia para decidir os caminhos da nossa negociação mas não vamos aceitar nenhum direito a menos”, disse Valéria.

A proposta do Sinpro-MG de convenção coletiva está baseada em premissas que incluem a ultratividade (renovação automática dos acordos anteriores até que seja assinada nova convenção), homologação trabalhista nos sindicatos e a inclusão da contribuição sindical nos moldes da antiga Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Retrocesso civilizatório

Magnus Farkatt enfatizou que a reforma trabalhista é o instrumento que sustenta um dos mais graves ataques à classe trabalhadora e aos direitos conquistados desde a criação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) até os dias de hoje.

“É um retrocesso civilizatório. Atingimos um patamar de conquistas compatíveis com direitos mínimos para a sobrevivência do trabalhador que agora se quer rebaixar. A consequência inevitável é prejudicar as condições de sobrevivência do trabalhador”, avaliou o advogado.

Lopes reiterou que a organização do trabalhador no sindicato é um dos caminhos para combater a retirada de direitos. Ele comemorou o fato de que trabalhadores de 220 empresas que tem relação direta com o sindicato autorizaram o desconto da contribuição sindical.

Fortalecer os sindicatos

“Com o impasse na convenção coletiva, fechamos acordos individuais com 110 empresas garantindo conquistas da convenção coletiva anterior. Sem o sindicato o trabalhador fica refém do patrão principalmente neste cenário que exclui o sindicato da negociação e da homologação, por exemplo”, argumentou o dirigente dos marceneiros.

Ele orientou que o trabalhador mesmo com a reforma trabalhista em prática procure o sindicato para conferir a homologação. “Praticamente todos os casos de homologação que vem ao sindicato apresentam falhas que deixam de pagar algum direito ao trabalhador”, orientou Lopes.

“É o pior ataque sem nenhuma dúvida. Nem na ditadura o governo ousou se aprofundar tanto na retirada dos direitos. A intenção é prejudicar o trabalhador e beneficiar as empresas. Não há um item que fale dos trabalhadores. A expectativa que temos é que as eleições de 2018 para presidente da República traga uma esperança e que, dependendo de quem for eleito, podemos mudar algo na reforma trabalhista”, completou o sindicalista.

Brasil Metalúrgico

Marcelino da Rocha (foto) lembrou que o empregador se aproveita do cenário de crise e alto desemprego para avançar sobre os direitos adquiridos no passado. “Com o desemprego violento, a consequência é a redução da média salarial já que uma grande parcela dos empregos são informais e precários. É o pior momento para o trabalhador que vê o empregador avançar sobre seus direitos“, avaliou.

De acordo com ele, em última instância talvez o melhor seja não tem acordo e nem convenção coletiva. “Nesse caso as empresas vão ter que constituir comissão de empregados para fazer valer o desejo de cortar direitos. O trabalhador pode perder direitos elementares a que está acostumado como ticket-alimentação e refeição, por exemplo”, disse Marcelino.

O dirigente informou que nesta sexta-feira (20) o movimento Brasil Metalúrgico se reunirá para avaliar os resultados das campanhas salariais do segmento. O Brasil Metalúrgico é uma iniciativa contrária a reforma trabalhista e que reúne entidades sindicais ligadas a todas as centrais trabalhistas do país. Na data será aprovada um calendário de ações para o próximo período em defesa dos direitos dos trabalhadores.

 

Por Railídia Carvalho do Portal Vermelho

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Em defesa da liberdade de Lula e do Estado Democrático de Direito

 

A negação do habeas corpus ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela maioria do Supremo Tribunal Federal (STF) representa mais um rasgo na Constituição Federal e o apequenamento da Corte neste grande acordo nacional “com o Supremo, com tudo” que tem conduzido o Brasil ao abismo a partir do golpe de 2016. O resultado do julgamento, encerrado no início da madrugada deste 5 de abril de 2018, afronta diretamente o inciso 57 do artigo 5º da Carta Magna que determina que “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”.

O STF perdeu, nas mais de dez horas do julgamento, a chance de reafirmar seu papel de guardião da Constituição. Não se trata apenas de ter cedido ao clima de chantagem midiática, especialmente da Rede Globo, e à pressão de setores reacionários e comprometidos com as elites dento do Ministério Público, do próprio Judiciários e das Forças Armadas, por meio da manifestação inconstitucional do comandante-geral do Exército, general Eduardo Villas Bôas. O Supremo não foi acuado, mas conivente com o desprezo pelo Estado Democrático de Direito e com a escalada do autoritarismo e aprofundamento do Estado de exceção no país.

A iminente prisão de Lula, num processo sem provas que em muito lembra um enredo kafkiano, é uma violência jurídica e uma afirmação de uma sentença política não somente contra a pessoa do ex-presidente, mas contra os avanços sociais promovidos por seu governo, contra as intenções de voto que o colocam como primeiro colocado nas pesquisas eleitorais e contra tudo aquilo que ele representa no campo nacional e popular.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino — Contee se une aos que se revoltam contra essa injustiça e a repudiam. A decisão do STF amplia em níveis inimagináveis a instabilidade política no país e a insegurança de todos os cidadãos e cidadãs, que, podem, a qualquer momento, ser submetidos ao mesmo estado policial que muitos, desavisada ou complacentemente — ou, ainda, de forma cúmplice — agora aplaudem.

A Contee manifesta sua solidariedade ao ex-presidente e reafirma sua luta em defesa da liberdade de Lula, da preservação de seus direitos políticos, da realização de eleições livres e do próprio Estado Democrático de Direito.

 

Brasília, 5 de abril de 2018.

Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino — Contee

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Representantes dos trabalhadores em estabelecimentos de ensino discutem plano de carreira com administração de Anápolis

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Anápolis (SINTEEA), Aroldo Divino, esteve reunido com o prefeito Roberto Naves e os dirigentes da secretaria de Educação do município, na sede da entidade, para debater o projeto de plano de carreira, vencimentos e outras demandas dos servidores locais.
Na ocasião estiveram presentes o presidente da CTB-Goiás/Sinpro Goiás, Railton Nascimento e o Secretário de Formação da central no estado, Geraldo Profirio.
Para Aroldo Divino, o encontro “visa o reconhecimento da luta sindical em defesa dos técnicos-administrativos da Educação”.
Railton Nascimento destacou que “os sindicatos da base da CTB-Goiás iniciaram o ano de 2018 em luta na defesa dos trabalhadores, e o SINTEEA, desde do início do ano, vem obtendo conquistas para os trabalhadores da base”.
Ruth de Souza  – Portal CTB 
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Adilson Araújo: A mobilização e resistência devem continuar

 

Há 21 meses está em curso no Brasil uma agenda ultraliberal que impõe ao nosso povo graves retrocessos, que ganham sua maior expressão na aprovação da terceirização, da Emenda à Constituição 95 [a chamada PEC dos gastos] e da reforma trabalhista.

Nesta segunda-feira (19), fruto de ampla mobilização, resistência, unidade e luta, a classe trabalhadora alcançou importante vitória ao inviabilizar a votação da proposta enviada pelo presidente ilegítimo Michel Temer de “reforma” da Previdência Social.

Mas, a luta deve seguir vigilante e resistente na batalha contra a gestão neoliberal de Temer que vigora no Brasil de hoje.  Nossa mobilização não pode parar. A qualquer momento eles podem dar mais um golpe e tentar aprovar o fim da Previdência Social Pública.

Nesta luta, além da defesa dos direitos, também é tarefa da classe trabalhadora a defesa e concepção de um projeto de Brasil soberano e inclusivo.

As ações já realizadas em 2018 revelam a dimensão do embate que enfrentaremos este ano. E a nossa estratégia não deve ter outro caminho senão o da reconstrução do país a partir da luta pela retomada do crescimento, com valorização do trabalho e distribuição de renda.

 

Adilson Araújo
Presidente Nacional da CTB

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CTB, sindicatos e movimentos sociais protestam na porta do INSS contra a Reforma da Previdência em Goiânia

Em Goiânia, neste 19/02, aconteceu o manifesto contra a Reforma da Previdência. A concentração, começou às 8h30, na porta do INSS, na Av. Goiás c/ rua 03. Em seguida houve uma caminhada pela Av.Goiás, seguindo pela rua 02 em direção à Assembleia Legislativa.

 

 

Em seu discurso, o presidente da CTB GO/Sinpro Goiás, Prof. Railton Nascimento Souza ressaltou as artimanhas executadas pelo governo golpista para a derrubada de direitos. “Esse presidente que ascendeu ao poder através de um golpe, que derrubou uma presidente eleita pelo voto direto, para colocar o compromisso com os banqueiros, com o grande capital em prática, para impor esse programa de reformas neoliberais. Esse programa de reformas que visa rasgar os fundamentos sociais da cidadania do povo brasileiro. Por isso hoje a CTB, os sindicatos e os movimentos sociais saem pelo Brasil para dizer nós não aceitamos esse presidente golpista, esse inimigo da classe trabalhadora, que todos os dias retira direitos dos trabalhadores”, enfatizou. Na oportunidade, também destacou os ataques contra a categoria docente, principalmente às mulher que são maioria e que muitas não terão o direito de se aposentar.

 

 

Confira as imagens do manifesto:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Elen Aguiar do Sinpro Goiás