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Rumo ao #OcupeBrasília, Contee participa de audiências sobre reformas

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A coordenadora da Secretaria de Relações do Trabalho da Contee, Nara Teixeira de Souza, representou a Confederação hoje (16) na audiência pública realizada pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para debater o projeto da Reforma Trabalhista. A audiência, que contou com a participação de parlamentares, representantes do governo, associações e entidades sindicais, teve o objetivo de ampliar o entendimento sobre os impactos — e prejuízos — do PLS 38/2017.

“Esperamos que com essa audiência, e com as outras que aconteceram e vão acontecer nos estados, a OAB tome uma posição firme contrária à reforma trabalhista”, cobrou a diretora da Contee, destacando a representatividade do encontro. “A grande maioria dos presentes foi praticamente unânime em dizer o quanto essa reforma significa um retrocesso e um atentado aos direitos dos trabalhadores e à Justiça do Trabalho, bem como ao próprio trabalho dos advogados trabalhistas, membros da OAB. Esperamos, então, que a Ordem tome essa decisão urgente de ser contra a reforma.”SINPRO GOIÁS -  AUDIENCIAOAB00001

 

Na abertura da audiência, o presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, criticou o regime de urgência da tramitação da proposta e ponderou que uma reforma que possa implicar em supressão ou precarização de direitos trabalhistas não pode ser aceita. “A OAB tem sido muito enfática no que diz respeito a proposição de urgência para votação desta proposta de reforma trabalhista. Não aceitamos esta ideia da urgência como ela está posta no parlamento e pelo próprio governo.”

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Apesar disso, ele lembrou lembrou que audiências semelhantes foram realizadas nas 27 seccionais da OAB para que a Ordem possa ouvir os dois lados e se debruçar sobre os diversos pontos de vista acerca da reforma. “Estamos exatamente buscando o meio neste processo todo. Entendemos que a ideia do diálogo, uma discussão que seja absolutamente técnica, possa produzir esse resultado que estamos hoje buscando”, afirmou ele.

O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adílson Araújo, que esteve entre os convidados para o debate, alertou, mais uma vez, sobre o enorme retrocesso da Reforma Trabalhista, na qual está embutida também uma tentativa de asfixiar e amordaçar a luta sindical. “A reforma trabalhista/reforma sindical é o casamento perfeito para o patronato. A primeira impõe a destruição de direitos e flexibilização/precarização das relações trabalhistas. A segunda garante a fragmentação do movimento sindical, reduzindo a capacidade de resistência e luta contra o retrocesso. Uma dupla estratégia na retirada de direitos”, denunciou o cetebista.

Já o secretário de Assuntos Jurídicos da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Valeir Ertle, também reivindicou da OAB um rechaço à reforma. “A CUT sempre falou que esse golpe não era contra a democracia, mas contra a classe trabalhadora. Implantaram esse estado de exceção para conseguir fazer uma reforma trabalhista e previdenciária”, denunciou. “No dia 28 de abril fizemos a maior greve da história desse país, no dia 24 de maio faremos o #OcupeBrasília tentando sensibilizar os senadores e deputados para que não passem essas reformas. Além disso, nossa orientação às CUTs estaduais é continuar fazendo um trabalho muito grande nas bases dos deputados. E o pedido que eu faço à OAB é que faça como foi feito com a reforma previdenciária: tirem uma posição contrária à reforma trabalhista.”

Reunião das centrais

A diretora da Contee ainda participou hoje de reunião na Liderança da Minoria na Câmara dos Deputados, com as centrais sindicais, para discutir o movimento #OcupeBrasília, que acontecerá no próximo dia 24. O encontro avaliou as mobilizações e planejou os próximos passos da luta contra a aprovação da Reforma da Previdência na Casa.

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Por Táscia Souza, repórter da Contee, com informações da OAB e do Portal CTB
Fotos: Nara Teixeira de Souza

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SINPRO GOIÁS conclama professores (as) a participar da Marcha para Brasília

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Após a Greve Geral de 28/04, o Sindicato dos Professores do Estado de Goiás – SINPRO GOIÁS conclama a todos os professores e professoras a participar, na próxima quarta-feira, 24/05, feriado em Goiânia, da Marcha para Brasília, contra as Reformas Trabalhistas, da Previdência, e Terceirização, no movimento #OcupeBrasília, organizado por todas as sindicais do país, entre elas Contee e CTB.

A CTB vai disponibilizar, gratuitamente, ônibus que sairão da Praça Universitária às 7h da manhã rumo à Brasília, com retorno para o mesmo dia às 21h. A concentração será no Estádio Nacional Mané Garrincha às 10h. Para atender os participantes, a CTB vai montar uma Tenda no local, com material de apoio e água, a partir desta quarta-feira, 17/05.

O movimento #OcupeBrasília será um grande ato contra as reformas que o Governo Temer que impor para retirar os direitos dos trabalhadores.

Professor(as)! Faça parte deste movimento e vamos para Brasília defender nossos direitos!

 

Inscrição Online:

https://goo.gl/forms/vT7Me7XIMVVe10bP2

 

Inscrição por telefone/email:

(62) 3087-4952
ctbgoias@gmail.com

 

Data: 24/05/2017

Saída às 7h – Praça Universitária

Retorno às 21h – Estádio Nacional (Ginásio Nilson Nelson)

 

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Intensificar a mobilização, preparar a Marcha para Brasília

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A Contee chama todas as entidades filiadas, os professores e professoras, as técnicas e técnicos administrativos para participarem da marcha de trabalhadores para Congresso Nacional no dia 24 de maio, quarta-feira, no movimento #OcupeBrasília, organizado por todas as centrais sindicais.

“Vamos somar mais de 100 mil trabalhadores e trabalhadoras no ato unificado com os movimentos populares em defesa dos direitos sociais, trabalhistas e previdenciários. Temer e os grandes empresários querem acabar com os nossos direitos, querem destruir nossas organizações. O momento é grave e temos que responder com bravura, mostrar nossa força e disposição de garantir as conquistas sociais, trabalhistas e democráticas”, afirma o coordenador-geral da Contee, Gilson Reis.

O debate sobre as reformas deve ser aprofundado nas bases, com os trabalhadores e a população. As filiadas devem organizar, sozinhas ou em conjunto com outras entidades, caravanas que levem a categoria à capital federal. Em Brasília, estão sendo realizados acampamentos para fortalecer o protesto contra as medidas antipopulares do governo ilegítimo.

A Câmara votará a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, de Reforma da Previdência. Para aprovação, Temer precisa de 308 votos, mas a rejeição ao tema, inclusive de parlamentares governistas, pode levar ao adiamento da votação. A Reforma Trabalhista, Projeto de Lei da Câmara (PLC) 38, está em análise no Senado. Na terça, 16, haverá nova sessão temática em plenário e, na quarta, outra sessão conjunta entre comissões de Assuntos Econômicos e Assuntos Sociais. O projeto vai passar também pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania. Se for modificado, será remetido de volta à Câmara.

Durante esta semana, dirigentes sindicais e de movimentos sociais intensificam o corpo a corpo com parlamentares denunciando os malefícios das reformas pretendidas por Temer. Deputados e senadores estão atentos às mobilizações da classe trabalhadora junto às suas bases eleitorais, o que demonstra a eficácia do movimento e a forte possibilidade de aumento de votos contra as reformas e de derrota do governo.

No dia 17, haverá mobilização nacional, com visitas a gabinetes no Congresso e, na semana seguinte, as entidades farão marcha e ocupação na capital federal.

No dia 24, chegada a Brasília e concentração no estacionamento do Estádio Mané Garrincha. No final da tarde, marcha para o Congresso Nacional, onde ocorrerá ato político.

Ao lado de movimentos sociais, entidades de trabalhadores prometem não sair da capital durante tramitação dos projetos.

 

Carlos Pompe, repórter da Contee

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Professores do Colégio Araguaia vencem Copa SINPRO GOIÁS 2017/1

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Após dois vices campeonatos na Copa SINPRO GOIÁS, finalmente o time de professores do Colégio Araguaia soltam o grito de campeão que estava preso na garganta. Numa disputa equilibrada com os professores da Universo, time este que também vem tentando conquistar o título de campeão há um tempo, o corpo docente do Colégio Araguaia conquistou o título com placar final de 2 x 0. Além das medalhas e troféus, houve premiação para o time campeão no valor de R$1.500 reais, R$ 1.000 reais para o vice-campeão, R$250 reais para o artilheiro e R$ 250 reais para o goleiro menos vazado. A premiação foi entregue pelo presidente do SINPRO GOIÁS, Prof. Railton Nascimento Souza, juntamente com Prof. Silvio Costa, ex presidente do sindicato homenageado nesta edição, e sua esposa, a também Profa. Lúcia Rincón.

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Diego Gibran, jogador do Colégio Araguaia, se diz aliviado com a conquista. “Estamos com sensação de dever cumprido. Finalmente nosso time conseguiu ganhar esse campeonato, batemos na trave outras duas vezes e hoje nosso time estava bem concentrado, bem focado pra ser campeão, sem desmerecer o adversário”, explica. Para Diego o jogo foi difícil e o estado psicológico dos jogadores contou muito. “O time estava meio tenso antes da final, de pensar na possibilidade de um vice-campeonato novamente, primeiro tempo foi muito pegado, no segundo tempo conseguimos fazer os gols que precisava e da pra ver no rosto da galera a alegria de todo mundo. Tivemos a melhor campanha do campeonato, fomos o primeiro colocado melhor goleiro, artilheiro, então eu acho que o campeonato foi merecido”, destacou.

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Além do título de campeão, o time também levou os prêmios de artilheiro e goleiro menos vazado do campeonato. Valteurdes Dias, artilheiro da copa comemora sua premiação e principalmente a conquista da sua equipe.  “A sensação é a melhor possível porque ano passado, fomos vice-campeão, mas eu fui artilheiro, essa eu fui artilheiro isolado, mas eu sei que sozinho não ia dar certo”. O jogador reconhece que se não fosse seus companheiros não tinha chegado aonde chegou. “Eu parabenizo meus companheiros que sempre me ajudaram a fazer os gols e alcançar a artilharia com trezes gols, que não é tão fácil igual algumas pessoas pensam. A próxima copa vamos estar juntos, trabalhando, lutando de novo pra ver se consigo ser artilheiro de novo pela terceira vez e quem sabe, pedir música para o fantástico”, brinca.

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Presidente do SINPRO GOIÁS, Prof. Railton Nascimento parabenizou as equipes finalistas ressaltando o empenho de cada uma no campeonato. “Quero, antes de qualquer coisa parabenizar a faculdade Universo pelo esforço e dedicação, pela participação. Parabenizar de maneira especial esse glorioso time do Colégio Araguaia, que foi vice campeão algumas vezes e agora conquista com raça e com determinação essa vitória. Só vocês sabem o valor dessa vitória porque foi suada, foi conquistada e foi construída ao longo de muitos campeonatos”, destacou.

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O presidente também explicou que o momento é de união da categoria docente para lutar em defesa dos direitos contra as medidas do Governo Temer. “Uma reforma da previdência que vai impor sobre nós trabalhadores a condição de ter que trabalhar quase até a morte, com risco de não se aposentar, uma terceirização que pode terceirizar você professor, além de uma reforma trabalhista que vem esmagar o sindicato, a possibilidade do professor acessar a justiça do trabalho, parcelar suas férias, contratar vocês como pessoa jurídica, acabar com seus direitos básicos”, alertou.

Homenageado desta edição, Prof. Silvio Costa agradeceu a homenagem, relatou um pouco a história do SINPRO GOIÁS em sua gestão e parabenizou os times. “É com muita emoção que estou aqui hoje, porque a gente percebe que vale a pena estar na luta e continuar na luta e não sair da luta… Eu lembro muito bem que na mobilização que houve nos anos 80, quando vários jogadores na época se integraram a luta e proclamaram abertamente a favor da luta contra a ditadura militar, vários times e torcidas também passaram a integrar a mobilização, fortaleceu muito”, lembrou.

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Prof. Silvio também direcionou suas felicitações ao time da Universo dizendo que “gostaria de ressaltar que o vice conquistou a vice, ele não perdeu o jogo, ele disputou, lutou com galhardia  com educação e solidariedade e conquistou a vice porque pra chegar até onde chegou teve que vencer uma série de jogos”. Sobre a vitória dos professores do Colégio Araguaia o ex presidente ressaltou que vencer “ é indescritível porque é uma disputa e quando a gente está disputando sempre queremos ir além e chegaram a ir nesse além é um momento único,  de confraternização entre todos que jogaram de forma brilhante”, concluiu.

No segundo semestre acontece a Copa SINPRO GOIÁS 2017/2. Em breve divulgaremos novas informações.

 

Por

Elen Aguiar

Assessora de Comunicação do SINPRO GOIÁS

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Contee pede apoio a parlamentares em defesa da Previdência e do FNE

Uma comissão de diretores da Contee visitou, dia 9, o Congresso Nacional, onde se encontrou com os presidentes das comissões de Educação (CE) do Senado e da Câmara, com o relator da Reforma da Previdência no Senado e com membros do CE do Senado. “Foi uma visita proveitosa, onde os parlamentares nos ouviram e se comprometeram em levar em conta nossas opiniões”, avaliou o coordenador da Secretaria de Comunicação Social da Contee, Alan Francisco de Carvalho.

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Ao senador Helio José (PMDB-DF), relator da CPI da Previdência, a comissão – integrada também por Adércia Bezerra Hostin dos Santos, Nara Teixeira de Souza, Aparecida de Oliveira Pinto, Rodrigo Pereira de Paula, Ribamar Virgolino Barroso e Geraldo Profírio Pessoa – apresentou os argumentos contra a Reforma da Previdência, que estão no documento “O que querem fazer com a aposentadoria?”, a “Nota de repúdio da Contee à dissolução do Fórum Nacional de Educação (FNE)” e as críticas da entidade à Reforma Trabalhista. A CPI irá apurar os números do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e identificar casos de fraude e sonegação. O senador registrou o encontro em sua página no Youtube.

Durante a reunião da Comissão de Educação, Cultura e Esporte, a comissão entregou a nota de repúdio à dissoluão do FNE aos senadores Lúcia Vânia (PSB/GO, presidenta), Fátima Bezerra (PT/RN), Ana Amélia (PP/RS) e Cristovam Buarque (PPS/DF). Fátima e Cristovam ficaram, após a reunião, conversando com os dirigentes da Contee e se comprometeram a intervir para que haja diálogo entre o Ministério da Educação e as entidades excluídas do FNE. Fátima inclusive gravou vídeo com os dirigentes, e disponibilizou-o em sua página no Facebook. Também o senador Paulo Rocha (PT/PA), registrou o encontro da comissão, em seu gabinete, no Facebook.

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Na Câmara, os dirigentes da Contee se encontraram com o presidente da CE, deputado Caio Narcio (PSDB/MG). Entregaram o documento sobre a dissolução do FNE e pediram sua intermidiação para ajudar no diálogo com o MEC. O deputado disse que a Comissão é apartidária e plural e sugeriu que seja feita, a pedido dos parlamentares que a compõem, Audiência Pública sobre o FNE. Comprometeu-se, também, a buscar estabelecer o diálogo direto entre as entidades excluídas do o MEC.

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Carlos Pompe, repórter da Contee

 

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Caso Mateus: Contee pressiona governo goiano e aciona entidades nacionais e internacionais

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O estudante Mateus Ferreira da Silva, de 33 anos, agredido violentamente por um policial militar durante protesto em Goiânia na greve geral do último 28 de abril, ainda se encontra na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgência da capital de Goiás, mas seu quadro apresentou melhora e, de acordo com o informado hoje (3) pela equipe médica, não há mais risco de morte. O caso do estudante, que foi atingido na cabeça por um cassetete e sofreu traumatismo cranioencefálico, provocou uma comoção na sociedade e acendeu o debate sobre a violência policial e o cerceamento ao direito à livre manifestação. Diversas entidades, entre as quais a Contee, estão mobilizadas na exigência de medidas por parte do governo goiano.

O secretário de Segurança Pública de Goiás, Ricardo Balestreri, informou ontem (2), segundo noticiado pelo Portal G1 que acompanhará de perto a Investigação Policial Militar (IPM) que apura a conduta do capitão da PM Augusto Sampaio, afastado das ruas pela agressão ao estudante. Balestreri já havia criticado a ação policial em nota, mas a nova manifestação do titular da pasta — que é historiador, especialista na área de direitos humanos, ex-secretário Nacional de Segurança Pública entre 2008 e 2010 e um dos principais estudiosos sobre políticas públicas de segurança do país — é também uma resposta à cobrança da sociedade por esclarecimentos e providências e à pressão feita por entidades como a Contee.

Ainda ontem, o coordenador da Secretaria de Comunicação Social da Confederação, Alan Francisco de Carvalho, também diretor do Sinpro Goiás, participou de reunião com o delegado de Polícia Civil e assessor especial do secretário de Segurança Pública de Goiás, Eraldo Augusto. No encontro, estavam presentes a deputada estadual Isaura Lemos (PCdoB), o advogado Bruno Pena, representante da Ordem dos Advogados do Brasil de Goiás, o presidente da União de Negros e Negras pela Igualdade (Unegro) no estado, André Luiz do Nascimento, o presidente estadual da União da Juventude Socialista (UJS), Lucas Ribeiro — que é colega de Mateus no curso de Ciências Sociais da Universidade Federal de Goiás (UFG) —, além de representantes do Comitê Goiano de Direitos Humanos Dom Tomás Balduíno.

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“Foi uma conversa muito produtiva. A deputada protocolou um ofício de solicitação de uma audiência pública a ser realizada na Assembleia Legislativa, cujo formato vamos discutir com o assessor e o secretário ao longo desta semana”, relatou o diretor da Contee, que destacou ao representante do governo goiano que a Confederação está tomando todas as providências no sentido de denunciar aos organismos internacionais de direitos humanos, especialmente instituições que atuam no campo da educação, a brutalidade e a violência à qual Mateus foi submetido.

“O assessor nos disse que o secretário não apoia esse tipo de ‘técnica’ para lidar com os movimentos sociais, que ele é contrário a isso, que é um defensor dos direitos humanos e que, se fosse o caso, o Mateus deveria ter sido imobilizado e encaminhado à autoridade, e não receber um golpe covarde”, contou Alan. “Eu disse a ele que, na nossa interpretação, o que houve foi uma tentativa de homicídio. Na verdade, o golpe desferido contra o Mateus foi uma tentativa de assassiná-lo e, portanto, o inquérito e todo tipo de averiguação tem que caminhar necessariamente nesse sentido.”

Essa é justamente a denúncia encaminhada pela Contee às organizações internacionais de educação e direitos humanos — incluindo a Confederação dos Educadores Americanos (CEA), a Federação Nacional de Docentes Universitários da Argentina (Conadu), a Federação Internacional de Sindicatos de Educadores (Fise), a Sindical de Educação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP-SE), a Internacional da Educação (IE), a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a Organização das Nações Unidas — sobre o estado de exceção no Brasil.

A denúncia da Contee sobre a violência exercida contra os manifestantes da greve geral do dia 28 de abril foi imediatamente repassada pela CEA a seus membros afiliados e organizações-irmãs “Uma vez mais, a violência do estado se impõe sobre o legítimo direito de protesto dos povos, sobretudo quando defendem direitos básicos de trabalho e seguridade social”, salientou o presidente da entidade, Fernando Rodal. Solicitamos dar ampla difusão à situação mencionada e convocamos a manter elevada a unidade continental dos trabalhadores da educação!”

A Contee também enviará ofício às entidades que atuam na defesa dos direitos humanos no Brasil, especialmente às comissões da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e à OAB, no sentido de solicitar o acompanhamento da apuração desse crime cometido em Goiás, mas também de todos os outros ocorridos durante as manifestações dos dias 28 de abril e 1° de maio.

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Solidariedade e exigência de apuração

Depois da reunião de ontem na Secretaria de Segurança Pública de Goiás, o coordenador da Secretaria de Comunicação Social da Contee, Alan Francisco de Carvalho, visitou a vigília que amigos e familiares de Mateus fazem na porta no Hospital de Urgência de Goiânia. Hoje (3), por sua vez, chegaram à capital goiana as senadoras Regina Sousa (PT-PI), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Fátima Bezerra (PT-RN) e o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), integrantes da Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal.

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De acordo com o diretor da Contee, eles manifestaram sua solidariedade aos pais e irmãos de Mateus e expressaram que o caso provocou uma comoção nacional contra a truculência, a violência e a covardia em relação ao estudante. O ex-presidente Lula também telefonou à família para prestar solidariedade e sua defesa da livre manifestação e do exercício da cidadania.

Os senadores conversaram com membros da equipe médica, recebendo a informação de que Mateus já não corre risco de morte. Os parlamentares ainda se encontraram com os estudantes em vigília e seguiram para reunião na Secretaria de Segurança Pública, a fim de solicitar medidas imediatas a Ricardo Balestreri.

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Discussão no Senado

Antes da visita de hoje, os senadores discutiram a gravidade do caso Mateus ontem à noite no Senado. “Parece que abriram as portas do Inferno, e este governo tem toda a responsabilidade por esses atos de violência”, disse a senadora Gleisi Hoffmann. Para ela, embora não tenha sido a polícia de Temer que tenha cometido violência contra trabalhadores e índios na semana passada, inclusive durante da greve do dia 28, “o comportamento do governo Temer permite isso. Mais, ele estimula, ao não receber representantes dos movimentos sociais, ao ministro da Justiça não reconhecer as populações indígenas, ao Incra não receber o Movimento dos Sem-Terra, ao não ter diálogo com os movimentos de luta pela moradia. É isso o que acontece”.

O senador Lindbergh Farias e a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) bateram-boca com o senador José Medeiros (PSD-MT), que chamou, na Tribuna, o jovem Mateus de baderneiro. Lindbergh e Vanessa disseram que Medeiros devia respeitar um jovem que estava entre a vida e a morte como consequência do espancamento efetuado por policial, durante manifestação do dia 28. Trata-se do mesmo senador que, no dia 18 de abril, desrespeitou o coordenador-geral da Contee, Gilson Reis, durante audiência na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado. Naquela ocasião, a senadora Regina Sousa, presidenta da Comissão, pediu desculpas, em nome da Casa, pela atitude do senador mato-grossense e solicitou que fosse dado direito de resposta ao sindicalista agredido.

Por Táscia Souza e Carlos Pompe, repórteres da Contee

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28 de abril de 2017: Nós estávamos lá!

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O ano 17, de cada um dos últimos séculos, no Brasil e em muitas outras paragens, tem se mostrado especial, como se fosse iluminado por Cronos — deus do tempo, na mitologia grega —, sendo marcado por acontecimentos sociais que se imortalizam; uns, pelas grandes transformações que provocam; outros, pelo simbolismo, que faz fervilhar os anos que lhe sucedem, gestando o porvir.

Assim o foi em 1817, com a Revolução Pernambucana, que abalou o carcomido domínio colonial e se fez germe da Confederação do Equador de 1824, e das demais vindouras revoltas populares.

Se o ano de 1817 foi, com justa razão, especial, o de 1917, foi muito mais que especial, pois que deu à luz a Constituição Mexicana, de Querétaro, que consagrou direitos fundamentais sociais inapagáveis, como a jornada de oito horas; a Revolução Bolchevique, que representou o alvorecer de ordem social; e a greve geral, em São Paulo, que abriu largos para as grandes mobilizações e conquistas sociais, concretizadas nas décadas posteriores, que ecoam até os dias atuais.

Agora, em 2017, ao se comemorar o centenário desses três vulcões sociais, eis que o Brasil é palco da maior e mais significativa greve geral de sua história, que teve lugar no dia 28 de abril último.

A greve de 2017, que fez tremer os algozes da Ordem Social Democrática, possui, antes de tudo, o magistral significado do reencontro do povo brasileiro com a esperança e com a sua capacidade de fazer a história; não a desenhada pelo consórcio do mal, formado pela Presidência da República, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF), todos a serviço do capital, contra a cidadania; mas sim, aquela profetizada pelo saudoso presidente da Assembleia Nacional Constituinte, Ulisses Guimarães, que tem cheiro de amanhã e não de mofo.

A greve geral do dia 28, já inscrita na eternidade histórica, reveste-se, também, de enorme valor social e político, pelos milhões de brasileiros e brasileiras que a ela acorreram.

Faz-se necessário registrar que, nas centenas de cidades brasileiras onde a greve geral disse presente, os que não aderiram, com a presença física (de corpo), às passeatas e mobilizações, que se espalharam pelas principais avenidas, fizeram-no com pensamentos, palavras e gestos, ou seja, metaforicamente falando, aderiram de alma.

Ao contrário de passeatas recentes, quando os olhares eram de indiferença e/ou de reprovação, não faltando apupos, os de agora foram todos de respeito e aquiescência.

Parafraseando o grande cantor e revolucionário português Zeca Afonso, em sua música, que se tornou o hino e a senha da Revolução dos Cravos, de 1974, “Grândola Vila Morena”; os que tivemos o privilégio de ser partícipes da greve geral de 2017 constatamos que, em cada esquina, havia centenas de amigos, e, em cada rosto, igualdade. Que dia inesquecível.

Por certo, a greve geral de 28 de abril de 2017, por si só, não será bastante para depor o já citado consórcio do mal. Mas, com certeza, plantou a semente de novas grandes mobilizações, com muito mais presença de corpo e de alma.

Essa greve foi especial em tudo, trazendo como fato novo e alvissareiro o explícito, expresso e atuante apoio, para além de todas as centrais sindicais, de entidades e entes que se constituem em esteio da Ordem Democrática, como a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Associação Nacional dos Magistrados Trabalhistas (Anamatra), a Associação dos Procuradores do Ministério Público do Trabalho (ANPMPT), o Procurador-Geral do Ministério Público do Trabalho.

Isto, para os amantes e cultores da cidadania, é digno de louvor e regozijos; e, para os detratores desta, de pavor e de desespero. Aliás, já expressados nas desavergonhadas falas de Temer — o impostor —, do ministro da (In)Justiça, Osmar Serraglio, e do ventríloquo de tirano, João Dória.

Ah! O povo brasileiro, no dia 28 de abril de 2017, fez ecoar o brado do imortal revolucionário poeta Castro Alves, em seu magnifico poema “O Povo ao poder” — que é a sua declaração de amor ao porvir radioso —, na seguinte estrofe:

”Pois bem! Nós que caminhamos
Do futuro para a luz,
Nós que o Calvário escalamos
Levando nos ombros a cruz,
Que do presente no escuro
Só temos fé no futuro,
Como alvorada do bem,
Como Laocoonte esmagado
Morreremos coroado
Erguendo os olhos além”.

Destarte, os que fomos partícipes do imortal dia 28 de abril de 2017, devemos fazer nossa a epopeia do herói do poema “I-Juca Pirama”, de Gonçalves Dias, assim exarada:

“Assim o Timbira, coberto de glória,
Guardava a memória
Do moço guerreiro, do velho Tupi.
E à noite nas tabas, se alguém duvidava
Do que ele contava,
Tornava prudente: “Meninos, eu vi!”.

Podemos e devemos dizer aos que não puderam ou não quiseram participar desse dia ímpar, bem como às futuras gerações: Meninos, nós vimos! Nós estávamos lá!

 

Por

*José Geraldo de Santana Oliveira, consultor jurídico do SINPRO GOIÁS

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MPT divulga nota sobre a greve geral

 

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Brasília – O Ministério Público do Trabalho (MPT) divulgou nesta quarta-feira (26) nota pública sobre a greve geral marcada para a próxima sexta-feira (28)

Confira a íntegra da nota.

NOTA PÚBLICA

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO, considerando a Greve Geral anunciada para o dia 28.04.2017, vem a público:

I – DESTACAR que a Greve é um direito fundamental assegurado pela Constituição Federal, bem como por Tratados Internacionais de Direitos Humanos ratificados pelo Brasil, “competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender” ( art. 9º da CF/88);

II – ENFATIZAR a legitimidade dos interesses que se pretende defender por meio da anunciada Greve Geral como movimento justo e adequado de resistência dos trabalhadores às reformas trabalhista e previdenciária, em trâmite açodado no Congresso Nacional, diante da ausência de consulta efetiva aos representantes dos trabalhadores (Convenção OIT n. 144);

III – REAFIRMAR a posição institucional do Ministério Público do Trabalho – MPT contra as medidas de retirada e enfraquecimento de direitos fundamentais dos trabalhadores contidas no Projeto de Lei que trata da denominada “Reforma Trabalhista”, que violam gravemente a Constituição Federal de 1988 e Convenções Fundamentais da Organização Internacional do Trabalho;

IV – RESSALTAR o compromisso institucional do MPT com a defesa dos Direitos Sociais e com a construção de uma sociedade livre, justa, solidária e menos desigual.

RONALDO CURADO FLEURY
Procurador-Geral do Trabalho

 

Fonte: MPT-GO

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SINPRO GOIÁS solicita apoio do SEPE para paralisação do dia 28

O Sindicato dos Professores do Estado de Goiás – SINPRO GOIÁS,  enviou oficio ao Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino de Goiânia – SEPE pedindo apoio à paralisação do dia 28/04. O objetivo é unir forças contra as reformas propostas pelo Governo Temer.

 

Confira abaixo: 

OFICIO SEPE

 

Oficio SEPE 1