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Carta aberta: solidariedade internacional aos pesquisadores e cientistas no Brasil e ao povo brasileiro

Carta reúne pesquisadores do mundo inteiro, entre eles três ganhadores do Nobel, e pede a responsabilização sobre a crise sanitária no País. Leia na íntegra

 

Pesquisadore(a)s do mundo todo,

O Brasil registra 4.195 mortes pela covid. Ao todo, são mais de 340 mil óbitos contabilizados desde o começo da pandemia. Se o coronavírus afeta todos os países do globo, a amplitude da catástrofe sanitária que acomete o País não pode ser dissociada da gestão desastrosa do presidente Jair Bolsonaro. O presidente deve ser responsabilizado pela condução da crise sanitária no Brasil, que não somente fez explodir o número de mortes mas acentuou as desigualdades no País.

Em inúmeros momentos, o dirigente da república brasileira se referiu à covid-19 como « gripezinha», minimizando a gravidade da doença. Bolsonaro criticou as medidas preventivas, como o isolamento físico e o uso de máscaras, e por diversas vezes provocou aglomerações. Chegou a propagar o uso da cloroquina, embora cientistas alertassem para os efeitos tóxicos do uso do fármaco para combater a covid. Pesquisadores que publicaram estudos que demonstravam que o uso do medicamento aumentava o risco de morte em pacientes com covid chegaram a ser ameaçados no Brasil.

Bolsonaro desencorajou ainda a vacinação, chegando a sugerir, por exemplo, que as pessoas poderiam se transformar em «jacaré». Em meio ao negacionismo, proliferação de falsas informações e ataques à ciência, em plena crise sanitária, o presidente chegou a mudar quatro vezes de ministro da Saúde.

A ciência brasileira está sofrendo diversos ataques: cortes e mais cortes orçamentários que ameaçam pesquisas e colocam o trabalho de cientistas em xeque ; instrumentalização da ciência a fins eleitoreiros, como bem mostram as declarações do presidente descredibilizando o trabalho de cientistas durante a crise sanitária. Esses ataques, no entanto, vão além do contexto da covid-19. Basta lembrar os ataques feitos por Bolsonaro ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) em um contexto alarmante diante dos níveis de desmatamento da Amazônia.

Ao desmentir a ciência, Bolsonaro não somente fere a comunidade científica, mas toda a sociedade brasileira: são diários os recordes de mortes pela covid, dados da Fiocruz indicam, por exemplo, a circulação de 92 cepas do coronavírus no Brasil, o que torna o país uma gigantesca fábrica de variantes; para além temos ainda os impactos sobre o meio ambiente, povos tradicionais da Amazônia e no clima global.

Em um contexto de crise sanitária, de agravamento das desigualdades, de mudanças climáticas, este tipo de conduta é inaceitável e o autor deve ser responsabilizado. Nós nos preocupamos com o agravamento da crise sanitária no Brasil, com os ataques à ciência, e por meio desta carta aberta nós, acadêmico(a)s de todo o mundo, demonstramos nossa solidariedade com os/as colegas no Brasil, cujas liberdades estão ameaçadas e com a população brasileira que é afetada diariamente por essa política destrutiva.

• Glenda Santana de Andrade – ATER em Ciências Políticas na Université Paris-Nanterre & doutoranda no Centro de Pesquisas sociológicas e políticas de Paris (CRESPPA-GTM), Université Paris 8, França
• Sylvie Chiousse – Diretora científica da revista Esprit critique, França
• Juliana Kiyomura Moreno – Doutoranda em cotutela Université Paris 8/Universidade de São Paulo-USP, Brasil/França
• Michelle Franco Redondo – Membro do Laboratoire d’Études de Genre et de Sexualité (Legs), França
• Pierre Veltz – Professor Emérito, École des Ponts ParisTech, França
• Angelo Soares – Professor titular, Université du Québec à Montréal, Canadá
• Alladatin Judicaël – Professor, Université Mohammed VI Polytechnique, Marrocos
• Zoé Tinturier – Doutoranda IEP de Bordeaux, França
• Eddine Bouyahi – Doutorando, Northwestern University/SciencesPo, França
• Soma Rostampour – Doutoranda, CRESPPA-GTM, França
• Sevilla Ariel – Mestre de conferências, Université de Reims, França
• David Dumoulin – Professor Sociologia, Université Sorbonne Nouvelle – IHEAL, França
• Papa Sakho – Professor, diretor do Laboratoire de Géographie Humaine, Université Cheikh Anta Diop, Dakar, Senegal
• Momar Diongue – Mestre de conferências, Université Cheikh Anta Diop de Dakar, Senegal
• Pierre Salama – Professor Emérito, Université Sorbonne-Paris Nord, França
• Solène Marié – Chefe de Cooperação Internacional, CNRS-InSHS, França
• Francisco Alambert – Professor, USP, Brasil
• Evelyn Nakano Glenn – Professora, Universidade da Califórnia, Berkeley, Estados Unidos
• Paola Diaz – Socióloga, COES-CEMS, França
• Maria Montanez – Pesquisadora, Bélgica
• Jean-Pierre Durand – Professor, Universidade de Evry Paris-Saclay, França
• Valeria Ribeiro Corossacz – Università di Modena e Reggio Emilia, Itália
• Isabelle Charpentier – Professora universitária em Sociologia – Universidade da Picardia – Júlio Verne, Amiens – França
• Maria Vicenta Haro Matas – Doutora, EHESS, Paris, França
• Yasmine Siblot – Professora de sociologia, Universidade de Paris 8, França
• François Boureau – Doutorando em sociologia, Universidade de Paris 8, França
• Antoine Guégan – Doutorando, Universidade de Lyon, França
• Emmanuelle Picard – Mestre de conferências, ENS de Lyon, França
• Cornelia Moser – Pesquisadora, CNRS, França
• Samantha Joeck – Doutoranda, EHESS, França
• Brigitte Chamak – Pesquisador, Universidade de Paris, França
• Mirjana Morokvasic Muller – Diretora de Pesquisa Emérita, CNRS, França
• Wenceslas Lizé – Sociólogo, Universidade de Poitiers, França
• Juan Felipe Duque – Doutorando, Sciences Po Grenoble, França
• Monish Bhatia – Professor de Criminologia e Justiça Criminal, Birkbeck, Universidade de Londres, Reino Unido
• Victoria Canning – Mestre de conferências, University of Bristol, Reino Unido
• Francesca Esposito – Pesquisadora, Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, Portugal
• Danielle Ranciere – Filósofa, Educação Nacional, França
• Daniel Altmann – Professor, Faculdade de Medicina, Imperial College London, Reino Unido
• Carolina Adaros – Doutoranda, Birmingham City University, Reino Unido
• Jacques Rancière – Professor honorário, Universidade de Paris 8, França
• Catherine Marry – Sociólogo, CNRS, França
• Jules Falquet – Professor de Sociologia, Universidade de Paris, França
• Felipe Kaiser Fernandes – Doutorando (IIAC EHESS) – CEFRES, França
• Marie-Laure Basilien-Gainche – Professora de Direito, Jean Moulin Lyon 3 University, França
• Danièle Linhart – Socióloga, diretora de Pesquisa Emérita, CNRS, França
• Angeliki Drongiti – Doutor em sociologia, Cresppa-CSU, França
• Leandro França – Doutorando, Universidade Nova de Lisboa, Portugal
• Johann Cailhol – Universidade Paris 13, UR3412, França
• Anaenza Freire Marescs – Médico de doenças infecciosas APHP Paris, França
• Yannis Papadopoulos – Pesquisador, IMS-FORTH, Grécia
• Izadora Xavier – Doutora, Freie Universität, Alemanha
• Odile Henry – Professora universitária, Paris 8, França
• Helena Hirata – Diretora Emérita de Pesquisa, CRESPPA-GTM-CNRS, França
• Gustavo Beritognolo – Professor, Universidade de Ottawa, Canadá
• Luc Bouganim – Pesquisador, Inria, França
• Mariana Ramos Pitta Lima – Doutoranda em Saúde Pública, Universidade Federal da Bahia, Brasil
• Valeria Ingenito – Doutoranda, Università di Napoli L’Orientale, Itália
• Fanny Jedlicki – Mestre de conferências, Rennes 2 University, França
• María Mercedes Di Virgilio – Pesquisadora, Universidade de Buenos Aires / CONICET, Argentina
• Gaide Aden – ATER em sociologia, Université de Tours, França
• Blandine Destremau – Diretora de Pesquisa, CNRS, França
• Hélène Nicolas – Professora associada, Universidade de Paris 8, França
• Emilie Blanc – ATER, Universidade de Lyon 2, França
• K. Mariquian Ahouansou – Professor, American University of Paris, França
• Sara Garbagnoli – Pesquisador em estudos de gênero, Legs, França
• Soraya Silveira Simões – Professora, UFRJ, Brasil
• Engin Isin – Professor, Mary University of London, Reino Unido
• Atenea Rosado – Doutorando, Universidade da Pensilvânia, Estados Unidos
• Bruno Dupeyron – Professor, University of Regina, Canadá
• Helen Hintjens – Mestre de conferências, Instituto Internacional de Estudos Sociais (Universidade Erasmus), Haia, Holanda
• Emmanuel Bellanger – Diretor de Pesquisa, CNRS, França
• Susan McGrath C.M. – Professora Emérita, York University, Canadá
• Richard Toppo – Doutorando, ISS, Haia, Holanda
• Yukari Sekine – Doutorando, Instituto Internacional de Estudos Sociais, Holanda
• Ana Carolina Maciel – Pesquisadora, UNICAMP, Brasil
• João Ribeiro Medeiros – Doutorando, CBPF, Brasil
• Federica de Cordova – Pesquisadora, Università di Verona, Itália
• Benjamin Leclercq – Doutorando, Paris 8 University, França
• Nouria Ouali – Professora da Universidade Livre de Bruxelas, Bélgica
• Florent Pasquier – Mestre de conferências, Université Sorbonne, França
• Patricia Lambert – Professora, Ecole Normale Supérieure de Lyon, França
• Mathilde Moaty – Doutorando em LATTS, Universidade Gustave Eiffel, França
• Nadia Vargaftig – Professora associada, Universidade de Reims, França
• Marie Segonne – Doutoranda, Paris 8 University, França
• Odile Hoffmann – Diretora de Pesquisa, Instituto IRD de Pesquisa para o Desenvolvimento, França
• Daniela Andrade – Doutoranda, Instituto de Estudos Sociais, Holanda
• Nina Gren – Mestre de conferências, Lund University, Suécia
• Doi Ra – Doutorando, Instituto de Estudos Sociais, Mianmar
• Romain Gallart – Pesquisador associado, Universidade Paris Nanterre, França
• Marie-Pierre Julien – Professora associada, Universidade de Lorraine – Nancy – França
• Laurine Sézérat – Pesquisador, Universidade Paris 8, França
• Laura Madrid Sartoretto – Professora, UFRGS, Brasil
• Diego Lasio – Pesquisador, Universidade de Cagliari, Itália
• Marie Walter-Franke – Doutoranda, Universidade Livre de Berlim, Alemanha
• Julianna Colonna – Doutoranda, Universidade de Pau, França
• Renata Cavalcanti Muniz – Doutoranda, ISS – Erasmus University Rotterdam, Holanda
• K Cheney – Mestre de conferências, Inst. Internacional de Estudos Sociais, Haia, Holanda
• Armelle Jacquemot – Professora-pesquisadora, Universidade de Poitiers, França
• Luin Goldring – Professor de Sociologia, York University, Canadá
• Anne Sauvagnargues – Professora de Filosofia, Universidade de Paris Nanterre, França
• Alexandra Mirowski Rabelo de Souza – Doutoranda, York University, Canadá
• João Villaverde – Doutorando em Administração Pública e Governo, EAESP-FGV, Brasil
• Leonardo Bueno – Pesquisador, FGV-EAESP, Brasil
• Mi Medrado – Doutoranda, Ucla, Estados Unidos
• Octavio de Barros – Economista, fundador da associação República do Amanhã-Brasil, Brasil
• Grace Barakat – Doutoranda, York University, Canadá
• Luana da Silva Ribeiro – Doutoranda em Economia, UNESP – Brasil
• Marcos Roberto dos Santos – Professor, FAMP, Brasil
• Virginie Baby-Collin – Professora de Geografia, Universidade de Aix-Marseille, França
• Oane Visser – Mestre de conferências, ISS da Erasmus University Rotterdam, Holanda
• Brian C.J. Singer – Professor, Glendon College, York University, Canadá
• Fabio Pucci – Doutorando, UFSCar, Brasil
• Barbara Poggio – Professor, Universidade de Trento, Itália
• Amber-Lee Varadi – Doutoranda, York University, Canadá
• Roberto Leher – Professor, UFRJ, Brasil
• Jean-Marc Pétillon – Pesquisador, CNRS, França
• Georges Flexor – Doutor, UFRRJ, Brasil
• Liliana Petrilli Segnini – Professora de Sociologia, Unicamp, Brasil
• José Artur dos Santos Ferreira – Professor, UFOP, Brasil
• Herb Arst – Professor Emérito de Genética Microbiana, Imperial College London, Reino Unido
• Laura Corradi – Socióloga, Università della Calabria, Itália
• Nicolas Bautes – Professor-pesquisador, geógrafo, França
• Stéphanie Deboeuf – Pesquisadora, CNRS, França
• Martinet Gilles – ATER na UPEC, França
• Georges Benguigui – Pesquisador, CNRS, França
• Christophe Baticle – Socioantropólogo, UPJV, França
• Anny King – Fellow, Churchill College, University of Cambridge, Reino Unido
• Benvindo Manima – Mestre, Universidade Federal Fluminense, Brasil
• Héloïse Nez – Professora de Sociologia, University of Tours, França
• Tulio Matencio – Professor Titular, Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil
• Luís Carlos Moro – Secretário-geral / American Association of Jurists / Continental
• Laurent Gil – Professor, UFOP, Brasil
• Michel Mayor – Professor Emérito, Universidade de Genebra, Suíça / Nobel de Física 2019
• Cecile Lefevre – Professora, Universidade de Paris, França
• Claudio Luis Donnici – Professor, UFMG, Brasil
• Sophie Pène – Professora, Universidade de Paris, França
• Marilia Oliveira Fonseca Goulart – Professora da Universidade Federal de Alagoas, Brasil
• Sandra Sawaya – Professora, USP, Brasil
• Charles Rice – Professor, The Rockefeller University, Estados Unidos / Nobel de Fisiologia ou Medicina de 2020
• Cristiane Maria Cornelia Gottschalk – Professora, USP, Brasil
• Danièle Kergoat – Socióloga, CNRS, Paris
• Ricardo Olimpio de Moura – Professor, Universidade Estadual da Paraíba, Brasil
• Luciana dos Santos Duarte – Doutoranda, Universidade Federal de Minas Gerais / Instituto Internacional de Estudos Sociais – Brasil / Holanda
• Steffen Fischer – Pesquisador, Greenside Design Centre (Johannesburg), África do Sul
• Janaína Vieira – Mestranda, USP, Brasil
• Marco Bacio – Doutorando, Universidade de Milão, Itália
• Heike Drotbohm – Professora de Antropologia, Universidade de Mainz, Alemanha
• Luc Bonte – Presidente do FONCABA asbl, Bélgica
• Peter Wagner – Professor-pesquisador, ICREA e Universidade de Barcelona, Espanha
• Christian Lavault – Professor Emérito, Sorbonne University Paris 12, França
• Simonne Teixeira – Professora, Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, Brasil
• Renee Sylvain – Professora, Universidade de Guelph, Canadá
• Paulina Garcia Del Moral – Mestre de conferências, Universidade de Guelph, Canadá
• Marie Chenet – Mestre de conferências, Université Panthéon-Sorbonne, França
• Marina Cadaval – Doutoranda, ISS-EUR Holanda, Holanda
• Romain Busnel – Doutor em Ciências Políticas, Universidade de Lille, França
• Artemisa Flores Espinola – Mestre de conferências em sociologia, Universidade Paris-Est Créteil, França
• Daniela Cherubini – Pesquisadora, Università Degli Studi di Milano Bicocca, Itália
• Yolande Benarrosh – Professora de Sociologia, Universidade de Aix-Marseille, França
• Vicente Martínez Barrios – Professor associado, Universidade de Brasília, Brasil
• Daniel Cefai – Diretor de estudos da EHESS, França
• Gianmaria Colpani – Doutor, Universidade de Utrecht, Holanda
• Stefania Voli – Pesquisadora, Università di Milano Bicocca, Itália
• Carlos Corredor – Reitor, Universidad Simón Bolívar, Colômbia
• Aurélie Damamme – Professora, Universidade Paris 8, França
• MF Deligne – IE / CNRS / França
• Chantal François – Pesquisador, INSERM, Paris, França
• Matteo Botto – Doutorando, Universidade de Gênova, Itália
• Rita Monticelli – Professora, Universidade de Bolonha, Itália
• Carmela Ferrara – Doutoranda, Universidade de Napoli Federico II, Itália
• Maria Peixoto – Doutoranda, OntarioTech University, Canadá
• Chiara Paglialonga – Doutoranda, Universidade de Pádua, Itália
• Yazid Ben Hounet – Pesquisador do CNRS, Laboratoire d’Anthropologie Sociale, Paris, França
• Claude Calame – Professor. dr., Escola de Estudos Superiores em Ciências Sociais, Paris, França
• Rose-Marie Lagrave – Diretora de estudos da EHESS, Paris, França
• Christelle Rabier – Mestre de conferências, EHESS (Marselha), França
• Sophie Bobbé – Antropóloga, Escola de Estudos Superiores em Ciências Sociais, França
• Carmen Lucia Soares – Professora, UNICAMP, Brasil
• Angela Aisenstein – Professora, Universidad Nacional de Luján, Argentina
• Rocio Guadarrama Olivera – Professora-pesquisadora, Universidad Autónoma Metropolitana, México
• Geraldine Jourdain – Doutoranda, Universal Technical Institute, Japão
• Giuseppe Burgio – Professor, Università “Kore” di Enna, Itália
• Zeynep Kaşlı – Mestre de conferências, Instituto Internacional de Estudos Sociais, Holanda
• Manuel Moreno – Professor, Universidad Nacional de Luján, Argentina
• Brigitte Morand – Professora-pesquisadora, Clermont Auvergne University, França
• Vincenza Perilli – Pesquisador precário – Itália
• Fernando Bomfim Mariana – Professor, Universidade de Brasília, Brasil
• Maria Arminda do Nascimento Arruda – Professora titular de Sociologia, USP, Brasil
• Conor Douglas – Mestre de conferências, York University, Canadá
• Julie Sedel – Professora, Université de Strasbourg, França
• Laura Lucia Parolin – Mestre de conferências, University of Southern Denmark, Dinamarca
• Yolaine Gassier – Doutoranda, Universidade de Aix-Marseille, França
• Sharie Neira Rios – Doutoranda, Universidade de Paris, França
• Pierre Bataille – Mestre de conferências, UGA , França
• Frédéric Lebaron – Professor de Sociologia ENS Paris-Saclay, França
• Inês Bragança – Professora, UNICAMP, Brasil
• Kaja Antlej – Mestre de conferências, Deakin University, Austrália
• Alberica Bazzoni – Pesquisadora, ICI Berlin Institute for Cultural Inquirt, Alemanha
• Peter Ratcliffe – Diretor de Pesquisa Clínica, The Francis Crick Institute, Londres, Reino Unido / Nobel de Fisiologia ou Medicina de 2019
• Sandra Challin – Pesquisadora, CNRS, Paris, França
• Romain Leclercq – Doutorando, Université Paris 8, França
• Maira Abreu – Pós-doutoranda USP/Cresppa, Brasil/França
• Elodie Picard – CNRS / OpenEdition – France
• Urbano Nojosa – Professor de Jornalismo, PUC/SP, Brasil
• Simonne Teixeira – Docente, Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, Brasil

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Campanha Vacina, Arte e Solidariedade

Na manhã de hoje (22), o Presidente do Sindicato dos Professores do Estado de Goiás, Railton Nascimento, e a Diretora de Comunicação do Sindicato, Nara Rúbia, estiveram presentes na Câmara Municipal de Goiânia, juntamente com os vereadores Aava Santiago e Mauro Rubem, presidenta e vice-presidente da Comissão de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia.

O encontro teve como objetivo fortalecer a Campanha Vacina, Arte e Solidariedade, que surgiu como possibilidade de ampliação das ações da Frente Parlamentar em resposta às demandas por apoio material e socioassistencial a crianças e adolescentes, mulheres, idosos, pessoas com deficiência, pessoas em situação de rua, famílias e grupos em situação de risco social por conta do agravamento da pandemia e da perda de emprego e renda.

Para doar: Banco do Brasil, agência 1242-4, conta corrente 47789-3, CNPJ: 015177500001/06. Nome: Fundação Rádio e Televisão Educativa e Cultural – Fundação RTVE.

Pontos de arrecadação:

  • Câmara Municipal de Goiânia.
  • SindSaúde.
  • Centro de Cultura e Eventos Prof. Ricardo Freua Bufáiçal – UFG.

Contribua nesta campanha!

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Prioridade para profissionais da educação na vacinação!

O decreto da Prefeitura de Goiânia que entrou em vigor no dia 31 de março, liberou o retorno às aulas presenciais nas escolas da capital do estado. No entanto, apenas nas escolas particulares da capital, ao passo que as instituições públicas seguem com atividades remotas. É sabido que essa situação não ocorre apenas na capital, mas em diversas cidades de todo o estado de Goiás.

O aparente paradoxo escancara duas covardias. A primeira é que não há protocolo seguro para a volta às atividades escolares presenciais neste momento de alarmante recrudescimento da pandemia de Covid-19, uma vez que, se houvesse, ele valeria para todas as redes. A segunda é que a decisão está longe de expressar uma preocupação, como argumentam, com o direito à educação. Pelo contrário, o decreto é motivado pela pressão de donos de escolas, que colocam seus interesses econômicos acima de todos os direitos: à educação, mas também à saúde, à segurança e à vida.

Pela Constituição, tanto educação quanto saúde são deveres do Estado. Desamparar os estudantes da rede pública e jogar a responsabilidade sobre os do setor privado apenas para a decisão individual de suas famílias fere a garantia constitucional à educação como direito de todos. Submeter professores, auxiliares, estudantes das escolas particulares, bem como toda a comunidade escolar, a um alto risco de contágio e de morte, por sua vez, afronta diretamente o direito à saúde, também assegurado na Constituição.

É por causa desses dois direitos que o Sindicato dos Professores do Estado de Goiás – SINPRO GOIÁS defende e reivindica a vacinação imediata de todos os profissionais de educação escolar, da rede pública e do setor privado. Nenhum retorno às aulas presenciais é possível enquanto não houver vacina e condições sanitárias para assegurar a preservação da saúde de todos, sem que os lucros importem mais do que as vidas.

 

Participe do abaixo-assinado:

Assine aqui!

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Nota de pesar: Vanilza Batista Araújo

É com muita tristeza e imensa saudade que o Sindicato dos Professores do Estado de Goiás informa a todos/as que perdemos a nossa querida Vanilza Batista Araújo. Ela que estava internada, em estado gravíssimo, lutando pela sua vida e não resistiu. Foi informado pelo hospital que ela faleceu pelas consequências da Covid-19.

A história do Sinpro Goiás se confunde com a história da Vanilza. Uma pessoa incomparavelmente forte, zelosa, digna e amiga que o Sinpro Goiás teve a felicidade de ter no seu quadro cuidando de todos e todas, com amor inigualável, durante 40 anos. O Sinpro Goiás está em luto.

Manifestamos nossa solidariedade à Wanessa Batista Araújo e ao Frederico Batista Araújo, seus filhos, à toda família e aos/às amigos/as neste momento de imensa dor.

 

Diretoria do Sinpro Goiás.

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Assembleia Geral Extraordinária dia 09 de abril

Professora/Professor,

Espero que esteja bem e com saúde!

O momento atual pede união e ação! Por isso, no dia 09/04, próxima sexta-feira, às 16h, o SINPRO-GO convoca toda a categoria docente para participar de assembleia que tratará da seguinte pauta:

a) aprovação de medidas políticas e jurídicas a serem adotadas pelo Sinpro Goiás em caso de negativa das entidades patronais em renovar as convenções coletivas de trabalho (CCTs) e de assegurar reajustamento salarial até 1º de maio de 2021, data-base da categoria.

b) discussão e decisão acerca da paralisação das atividades docentes (greve), como último recurso, após esgotadas todas as medidas e alternativas de mediação judicial, política e administrativa, com o fim de garantir a incolumidade física e mental da categoria, exposta aos graves riscos de contaminação pelo Coronavírus.

c) discussão e aprovação de medidas políticas e jurídicas, a serem adotadas em defesa da vida plena, do emprego, e pela vacinação imediata dos professores.

O acesso à sala virtual se dará por meio de link de participação na Assembleia, o qual será encaminhado por e-mail, após o devido preenchimento de formulário disponibilizado neste endereço:

https://forms.gle/LXVyAoDikUsAuwKY6.

Sua participação é muito importante! Inscreva-se e ajude-nos a construir o debate e as melhores decisões.

Juntas e juntos somos muito mais fortes! Sinpro na luta com você!

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MANIFESTO EM DEFESA DA VIDA NAS ESCOLAS PRIVADAS DO ESTADO DE GOIÁS

No estado de Goiás, a desrazão e a cegueira voluntária, notadamente entre os proprietários e dirigentes de escolas particulares de nível básico, crescem na mesma proporção da pandemia do coronavírus. Lamentavelmente, aquelas e estas caminham- — melhor seria dizer galopam — de mãos dadas. Os dados e os fatos não deixam dúvidas.

O número de infectados pela Covid-19 chega a quase meio milhão, sendo 479 mil até o dia de hoje, ao passo que o número de óbitos dela decorrente ultrapassa 11 mil e a taxa de ocupação hospitalar em UTIs, nos hospitais públicos e privados, é de 95%. O mais desalentador é que esses números catastróficos não dão sinais de arrefecimentos. Ao contrário, sinalizam crescimento vertiginoso.

Com exceção daqueles que voluntariamente optaram pelo que se convencionou chamar de negacionismo, há consenso, fundado na ciência, e não nas trevas, sobre a absoluta necessidade de não se permitir aglomerações de pessoas e de se manter e ampliar o isolamento social, até que toda a população esteja imunizada, com duas doses de vacina; — o que, no ritmo atual, somente será alcançado daqui a muitos meses, pois o percentual de vacinados no estado de Goiás não chega a 7% da população de 6,5 milhões de habitantes.

Pois bem! É nesse cenário de calamidade crescente que a insensatez, a estupidez e a ganância das escolas privadas de nível básico ecoam, ganhando dimensão dramática, uma vez que, de costas para ele, propositadamente insistem na retomada das atividades pedagógicas presenciais, pouco se importando com a tragédia que dela poderá advir.

Esse voo cego — parafraseando o governador de Goiás, médico Ronaldo Caiado, sobre a nova onda da Covid-19 —, segundo o censo escolar de 2018, representa a circulação e a aglomeração de nada menos que 281.686 alunos; 15.921 professores; e 1.136 estabelecimentos de ensino, se todas retornarem. Isso sem sequer se saber qual o percentual, dentre professores, que tomou ao menos a primeira dose da vacina, se é que algum já a tomou.

Importa dizer: essa aventura, que tem todo potencial para se converter em gigantesca desventura, reveste-se da condição de colossal disseminadora do vírus e, portanto, de contaminação e óbitos.

À luz da ciência, mostra-se impertinente o surrado argumento de que todos estabelecimentos de ensino seguem à risca o protocolo de biossegurança, posto que, mesmo que seja verdadeira essa assertiva, o que é de duvidosa veracidade, isso, muito embora imprescindível, não é bastante para impedir a disseminação do vírus — o que, repita-se, só se dá pelo isolamento social e pela vacinação em massa.

A Fitrae-BC, o Sinpro Goiás, o Sinpror, o Sinteea e o Sinterv, em defesa da incolumidade física, mental e do bem-estar dos trabalhadores a quem têm o dever de bem representar, vêm envidando todos os esforços ao seu alcance, com vistas a assegurar a suspensão das atividades pedagógicas presenciais, até que haja o mínimo de segurança para todos quantos integram o ambiente escolar. Infelizmente, até agora, sem nenhum êxito, por absoluta indisposição dos proprietários, dirigentes e representantes de escolas.

Com esse objetivo, ajuizaram, ao final de fevereiro último, o dissídio coletivo de natureza jurídica — processo N. 00144-75.2021.5.18.0000 —, que já ensejou três audiências de conciliação, nos dias 9,18 e 29 de março corrente.

Nessas audiências, não obstante o empenho e a insistência do vice-presidente do TRT 18, desembargador Geraldo Rodrigues do Nascimento, e do procurador do MPT, José Marcos Abreu Rocha, os representantes das escolas, de nível básico e superior, sequer se dispuseram a abrir o diálogo com esse propósito. Fecharam-se em copas, por assim dizer, nada admitindo que não fosse o retorno às aulas presenciais.

Diante de tudo isso, e ante a perspectiva de algum surto de bom-senso das escolas, a vacinação imediata de todos os profissionais de educação escolar é medida sanitária que se impõe e que não comporta qualquer postergação, sem que isso se configure qualquer corporativismo e/ou contorno da fila de prioridade.

Com essa sadia finalidade, conclamamos todos quantos defendem a vida saudável a cerrarem fileira conosco, na busca da imediata consecução dessa bandeira, de longo espectro social.

Frise-se, desde logo, que essa emergencial campanha não importará a desistência das entidades de buscar a suspensão das atividades pedagógicas presenciais até que haja o mínimo de segurança social, seja pela via negocial, seja pela judicial, ou mesmo por outros instrumentos legítimos de luta das entidades sindicais.

Confira a nota na íntegra:

Manifesto em Defesa da Vida nas Escolas Privadas do estado de Goiás

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Brasil está longe de volta segura às aulas, diz epidemiologista

A coordenadora do Laboratório de Epidemiologia da Universidade Federal do Espírito Santo, Ethel Maciel, afirmou, nesta segunda-feira, 29, que estudos científicos apontam que as crianças têm uma carga viral de coronavírus semelhante à dos adultos e que lockdown (bloqueio total ou confinamento) com escolas fechadas é o meio mais eficiente de conter o avanço da pandemia. A afirmação foi feita durante Audiência Pública Extraordinária da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.

Ela citou estudo publicado na revista Science, que analisou a resposta de 41 países à pandemia. O lockdown com escolas fechadas ou salas com menos de 10 pessoas foram as medidas mais eficientes para deter a Covid-19.

Ethel, que também preside a Rede Brasileira de Pesquisa em Tuberculose (REDE-TB), informou sobre o inquérito sorológico feito no Espírito Santo com 1.693 crianças e jovens de até 22 anos que mostrou que a incidência do vírus nesta amostra aleatória foi de 6%, pouco menor que a verificada em adultos, de 9%. O levantamento apontou que 35,3% dos estudantes estavam assintomáticos. Os sintomas de maior relevância foram a tosse e a perda de olfato. “Ou seja, a medição da temperatura não se mostra uma barreira eficaz porque apenas 26% tinham este sintoma”, analisou.

A especialista considera que a medida mais eficaz é o distanciamento físico seguido de barreiras técnicas como filtros de ar. “A gente precisa mensurar o CO2 desta sala. Porque pode ser que numa sala eu possa colocar 30 e em outra eu não posso colocar nem 10. Isso varia dependendo da ventilação e do tamanho da sala”, alertou.

O governo brasileiro, segundo ela, não investiu nessa tecnologia, apostando mais em medidas que viriam depois na escala de prevenção, como os protocolos de segurança e os equipamentos de proteção individuais. Considerou que o país está longe de uma volta segura às aulas de acordo com critérios divulgados pela própria Fiocruz. Um deles é o índice de transmissão de até 0,5 (cada 100 infectados transmitindo para menos de 50 outras pessoas). Hoje esse índice é maior que 1.

Na audiência, o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo, culpou o governo pelo descontrole no combate à pandemia no Brasil. “Estamos perdendo colegas professores, funcionários da Educação, dirigentes sindicais, por conta dessa imposição de retorno às atividades presenciais sem a segurança necessária.” Ele criticou o veto do presidente Jair Bolsonaro ao projeto de lei que garantia acesso à internet aos alunos e professores das escolas públicas (PL 3.477/20).

Falaram também na audiência o diretor da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (empresarial), Paulino Pereira; Rozana Barroso, presidenta da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes); Jerônimo Rodrigues, secretário da Educação da Bahia e representante do Conselho Nacional de Secretários de Educação (CONSED); Stella Magaly Salomão Correa, secretária de Articulação da União Nacional dos Dirigentes Muncipais de Educação (UNDIME) e presidente da UNDIME/RJ, além de parlamentares (Professora Rosa Neide, PT-MT; Alice Portugal, PCdoB-BA; Danilo Cabral, PSB-PE; Reginaldo Lopes, PT-MG; General Peternelli, PSL-SP; Luciani Carminatti, PT-SC).

Carlos Pompe com Agência Câmara de Notícias.

Íntegra da reunião:

https://www.camara.leg.br/evento-legislativo/60770

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Sinpro exige que categoria docente seja vacinada antes da retomada das aulas presenciais

O Sindicato dos Professores do Estado de Goiás notificou esta semana a Secretaria Municipal e Estadual de Educação e os poderes executivos municipal e estadual tratando da importância da completa vacinação da categoria docente antes da retomada das aulas presenciais.

Confira o ofícios abaixo:

Ofício Sinpro Goiás N 89-2021 – Secretário Estatual de Saúde

Ofício Sinpro Goiás N 81-2021 – Prefeito de Goiânia

Ofício Sinpro Goiás N 87-2021 – Secretario de Saúde de Goiânia

Ofício Sinpro Goiás N 88-2021 – Governador do Estado

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FE/UFG realiza ciclo de palestras em março e abril com o tema “Matutando Diálogos Formativos: entre a vida e a economia”

A FE/UFG realizará um ciclo de palestras em março e abril, intitulado “Matutando Diálogos Formativos: entre a vida e a economia.

As palestras irão circular o tema educação e Pandemia, e as questões sanitárias, nos dias 19/03, 26/03, 02/04, 09/04 e 16/04.

Para participar, acesse o link de inscrição abaixo:

Link: https://forms.gle/XgmHLvierDxmnxiP9