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Reforma trabalhista tem impacto nefasto sobre a economia

 

SINPROGOIAS- REFORMATRABALHISTA0001Sugerem que assim as empresas serão encorajadas a investir, tornando-se mais competitivas e, ao final, ampliando o volume de emprego. É um raciocínio da profundidade de um pires, pois descuidam do problema principal (o comportamento instável da demanda) para apegarem-se ao secundário (as condições de oferta), o qual obviamente é dependente do primeiro.

Esquecem que ao se generalizarem as relações de trabalho flexíveis e precárias (emprego sem jornada definida, contratos temporários, contratos como pessoa jurídica, terceirização de atividades-fim, entre outros) serão transferidos para a massa de trabalhadores os riscos e incertezas que costumam ser a dor e a delícia dos donos do capital.

Um dos problema dessa operação política é que, enquanto os capitalistas têm lastro (bufunfa, pataca, capim, etc.) para enfrentar os momentos de frustração das receitas, os trabalhadores e suas famílias não têm onde se escorar e, portanto, se estiverem constantemente ameaçados pela falta de grana e sujeitos a um horizonte carregado de incertezas, tenderão a diminuir fortemente seu padrão de gastos e – principalmente – evitar obrigações financeiras de prazo mais largo (alugueis, prestações, contrato de serviços, etc.).

Ou seja, analisando pela ótica da demanda, as inovações liberalizantes da reforma trabalhistas serão contraproducentes e deverão a um só tempo diminuir a intensidade do consumo da massa trabalhadora e tornar os ciclos econômicos ainda mais instáveis e voláteis. Consequentemente, em tais circunstâncias, acaba-se desencorajando os investimentos capitalistas, o que derruba o uso geral da força de trabalho e mantém a atividade econômica no rés-do-chão.

Fonte: Fundação Perseu Abramo

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Você tem um minuto pra falar sobre o suicídio?

SINPROGOIAS- SUICIDIO00001

Por

Jaqueline Olina de Oliveira

Psicóloga

 

O suicídio é a segunda maior causa de mortes no planeta! E mais, sabia que Brasil é o oitavo país com maior número de suicídios no mundo?

Esses dados chocam um pouco, não é mesmo? Por isso está na hora de pararmos de tratar esse assunto como tabu e olharmos para esta realidade, só ganhando a devida atenção ela poderá ser transformada. Para conscientizar a população da gravidade da situação esta campanha, Setembro Amarelo, está sendo realizada no Brasil desde 2015.

Você sabe identificar a diferença entre uma tristeza prolongada, uma depressão e indícios de que alguém verdadeiramente está pensando em suicídio? O objetivo deste texto é trazer este esclarecimento e dar algumas dicas de ação.

A tristeza é uma emoção saudável e importante para termos um tempo de adaptação à perda de algo ou alguém que fazia parte da nossa vida. Em geral ela faz parte do luto e cada um tem seu tempo para vivenciá-la, também pode vir de outras vivências como abandono e solidão. Essa é uma emoção naturalmente mais introspectiva e quando encarada com consciência e paciência leva ao autoconhecimento, crescimento pessoal e pode encerrar com grandes aprendizados. Não precisamos ter medo de ficarmos tristes, pelo contrário, a tristeza que negamos pode gerar consequências a longo prazo como depressão se a pessoa já não conseguir mais esconder o que dói. Apenas fique atento para evitar que você mesmo não crie a repetição da sua tristeza. Se isso acontecer procure um psicólogo, ele vai te ajudar a mudar estes pensamentos.

A depressão é um transtorno mental grave caracterizado pela tristeza profunda e prolongada, marcada pela impotência e dificuldade em lidar com questões simples na vida como acordar, tomar banho, comer e sair de casa, conversa. Na depressão a pessoa tem pensamentos rígidos predominantemente negativos e repetitivos em relação a si mesmo, aos outros ou à vida. É o transtorno mental mais comum e incapacitante do mundo e uma das maiores causas de afastamento do trabalho. Você sabia que 1 em cada 4 pessoas passa por depressão no mundo? Essa doença não é frescura!

Ela pode ser motivada pela acúmulo de situações de perda em que a pessoa não parou para se restabelecer ou também sem motivo aparente, porém independente da causa, ela é uma doença séria que precisa de tratamento adequado e contínuo. É necessário ficar atento, ter compreensão com quem estiver nesta situação, acolher os sentimentos do outro e  incentivá-lo a buscar ajuda profissional. Psicólogo não é para doido e sim para quem quer ficar melhor!

Casos graves de depressão podem levar ao suicídio, principalmente se a pessoa não busca ajuda ou não se abre com os mais próximos. Segundo pesquisas a tentativa prévia de suicídio é o maior indicativo de risco. Outro grande risco é a ideação suicida, ou seja, falas que indicam que a pessoa tem pensado nisso. Por tanto se alguém te disse algo do tipo, não ignore: dê atenção de qualidade a quem precisa conversar. Demonstre estar disponível para ajudar e ouvir quando possível. Lembre-se, você não é um psicólogo. Esta pessoa precisa de ajuda especializada, mas você pode ajudá-la a se sentir um pouco melhor e tomar atitudes para sair dessa.

Se você está passando por um momento de desilusão e desespero, algumas dicas que podem te ajudar:

  • Busque tratamento adequado através de psicólogos, terapeutas e médicos de confiança.
  • Respire profundamente várias vezes sempre que estiver se sentindo mal ou ansioso. Isso ajuda a renovar os pensamentos e oxigena o cérebro. Uma boa ajuda são os aplicativos que auxiliam a meditar e ensinam a respirar corretamente.
  • Inicie exercícios físicos para diminuir a sobrecarga da mente e liberar hormônios do prazer no corpo. Pode ser algo simples e frequente como caminhadas ao sol no começo da manhã ou fim da tarde.
  • Aprenda a pedir ajuda, carinho, atenção quando precisa e aprenda a aceitar mais carinho dos que te cercam do jeito que eles conseguem oferecer. Cada um tem um jeito único de gostar e demonstrar!
  • Expresse mais suas opiniões e sentimentos àqueles que te querem bem ou podem te ajudar de algum modo.
  • Use seu tempo para cuidar mais de você e do seu bem estar fazendo coisas simples que você gosta e talvez tenha abandonado.

A vida é mesmo cheia de incertezas, desafios, frustrações, diante disso você pode buscar forças, recursos, ajuda. Deixe o orgulho de lado, sua vida vale mais que ele. Todo mundo conhece alguém que já passou por esta situação. A depressão é o segredo que compartilhamos e o suicídio um grito mudo de socorro. Vamos abrir nossos ouvidos, nosso coração e nossa boca pra falar dessa realidade e nos apoiarmos, pois não estamos sozinhos!

 

Jaqueline Olina de Oliveira é psicóloga conveniada ao SINPRO GOIÁS

Foto: site psiconlinews.com

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Relatório da OCDE expõe contradições da educação no Brasil

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Por Tory Oliveira*

 

Divulgado na terça-feira 12 , o último relatório Education At Glance da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que compara dados educacionais de 45 países, mostra, mais uma vez, que apesar dos avanços obtidos na última década, os resultados brasileiros para a educação continuam insatisfatórios.

Um dos dados que chamaram mais atenção foi a informação de que, em 2015, mais da metade dos adultos entre 25 e 64 anos não concluíram o Ensino Médio – outros 17% não concluíram o Ensino Fundamental. Tais índices estão abaixo da média observada nos outros países analisados pela OCDE, na qual 22% dos adultos não chegaram ao Médio e 2% concluíram as etapas do Ensino Fundamental.

Outro avanço observado, por outro lado, foi o aumento do percentual de adultos (25 a 34 anos) que completou a última etapa da Educação Básica de 53% em 2010 para 64% em 2015.

Mesmo que poucos consigam chegar ao final do percurso educacional, aqueles que cruzam a linha de chegada ganham mais e tem mais condições de empregabilidade do que os demais – mantendo o fosso de desigualdade social no País. Outro dado é que o percentual do PIB destinado à educação é 4,9%, próximo da média dos países, mas que o investimento por aluno está abaixo do aplicado pelas demais nações que participam do estudo.

Para o coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, não é possível analisar os dados educacionais brasileiros sem olhar para o quadro maior de falta estrutural de investimentos no setor no Brasil. “A verdade é que desde 2010 não temos uma evolução real nos indicadores educacionais, pois não houve políticas públicas para que isso acontecesse”, explica.

“No caso da Educação Básica, o Brasil deu uma acertada de rumo nos últimos anos, tudo o que poderia ser corrigido ou aprimorado em termos de gestão foi feito. Mas, agora, é preciso uma política estrutural. A ideia era que tal política fosse o Plano Nacional de Educação (PNE), mas ele não foi implementado por Dilma e muito menos por Michel Temer”, critica.

Outro ponto levantado pelo relatório da OCDE foi o baixo salário pago aos professores brasileiros. Identificados pelo próprio documento como “espinha dorsal do sistema educacional”, o texto afirma que os salários são baixos em comparação com o de outros trabalhadores em tempo integral com nível educacional similar – o que, consequentemente, precariza e torna menos atraente a profissão.

“Esse é um grande obstáculo para atrair jovens para o ensino. Embora os salários aumentem de acordo com o nível de educação prestado, eles ainda estão entre 78% e 94% dos salários dos trabalhadores com formação universitária em tempo integral”, diz o relatório Education At Glance.

“Nos últimos dias, foi anunciado um novo programa de formação de professores pelo Ministério da Educação em que apresentam-se alternativas, mas dizendo que o problema da carreira docente é a formação, e não o salário. Assim, o professor vai continuar ganhando mal e tendo uma formação, que, sinceramente, talvez seja pior do que aquela que ele já recebeu”, critica Cara.

Diante do cenário de desmonte dos investimentos públicos em educação, porém, é pouco provável que tal quadro mude. A maior barreira atual é a aprovação da proposta de emenda constitucional que limita os gastos públicos pelos próximos 20 anos, que ficou conhecida como “PEC dos Gastos”.

“Não existe milagre. É preciso melhorar a educação aumentando a cobertura e a qualidade. Para isso, é preciso recurso”, afirma Cara.

*Na Carta Capital

Foto: Beto Barata

 

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Projeto Esquina Musical recebe Laércio Correntina

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Com 32 anos de carreira, um vinil e dois CDs lançados, Laércio Correntina é atração no projeto Esquina Musical, que acontece nesta segunda-feira, 04, até quarta-feira 06/09, com direção artística de Itamar Correia Viana Filho e divulgação de Iza Valentim, no Bar & Restaurante Chapéu de Javali.

Com produções fonográficas como “Break Tupiniquim” de seu vinil, gravada em 1992, “Eu Canto”, CD de 2002 e “Esteta” CD de 2007, Laércio salienta que seu estilo pode ser considerado MPB e que gosta de gravar e cantar canções que são expressivas de sua maneira de ver o mundo.

Em entrevista concedida ao jornal Diário da Manhã, Laércio Correntina, que nasceu em Goiânia, diz que possui um mix de influências que vão de Quinteto Violado, Luiz Gonzaga e João do Vale, a Caetano Veloso, Gonzaguinha, Chico Buarque, Milton Nascimento, Djavan, Raul Seixas, até Bob Marley, Paul Simon e James Taylor. O cantou ainda ressalta que essa salada musical tem um teor filosófico, resultado da sua formação acadêmica em Filosofia na Universidade Federal de Goiás, onde cursou também seu mestrado e cursa doutorado.

O projeto Esquina Musical foi criado por Heberts Ataídes, proprietário do Bar & Restaurante Chapéu de Javali, com o objetivo de ressaltar exclusivamente a boa música e os artistas, diferentemente do que acontece em muitos estabelecimentos de Goiânia onde a música é apenas um elemento que compõe o ambiente.

 

Com informações Diário da Manhã

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PEC 287/16 segue sem avanços na Câmara; prioridade dos parlamentares é reforma política

SINPROGOIAS- PEC 287-16 00001

 

A PEC da reforma previdenciária segue sem avanços no Plenário da Câmara dos Deputados, apesar do esforço da base governista para aprovar a proposta ainda este mês de setembro. Em luta para barrar a reforma, a oposição acredita que o governo não obterá os 308 votos favoráveis nos dois turnos de votação em plenário.

A temida PEC287/2016, aprovada em maio por uma comissão especial da Câmara, prevê, entre outros pontos polêmicos, idades mínimas de aposentadoria de 62 anos para as mulheres e de 65 anos para os homens. Também será elevado gradualmente o tempo mínimo de contribuição de 15 para 25 anos.

Após a Câmara ter rejeitado a denúncia contra o presidente Michel Temer por corrupção passiva, os governistas se articulam para recompor a base aliada e aprovar a reforma.

O deputado Paulo Teixeira (PT-SP), vice-líder da bancada de oposição, reafirmou esta sempre que o governo Michel Temer não tem legitimidade para conduzir uma mudança  tão profunda. Ele lembrou que a Câmara deve receber, em breve, uma nova denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Temer, desta vez por obstrução de justiça.

Quanto ao conteúdo da reforma da Previdência, Paulo Teixeira o classifica de “injusto do ponto de vista social” e com regras de transição “muito bruscas”. Segundo ele, a oposição só admite negociar o tema se for criada uma taxa sobre ganhos de lucro no sistema financeiro para financiar a seguridade social.

“Eles [governistas] não têm votos. Essa bravata de que eles saíram de uma disputa acirrada dizendo que têm condições de reformar a Previdência, isso é para falar para o sistema financeiro, que é quem os sustenta. Nós não aceitamos medidas injustas que onerem os mais pobres. Se nós temos de fazer uma mudança na Previdência, vamos fazer. Mas vamos pensar em reonerar os setores que ganham muito e o sistema financeiro. Vamos pensar em criar um imposto sobre grandes heranças maiores do que R$ 10 milhões. Aí, nós topamos”, disse Teixeira.

Reforma Política 
A reforma político-eleitoral, no momento, é a prioridade dos Deputados, tendo em vista que o tempo está se esgotando para que eventuais mudanças valham já para o pleito de 2018. Portanto,  o objetivo dos parlamentares, principalmente dos que pensam numa reeleição,  é escolher uma proposta viável,  que lhes garantam mais facilmente esse caminho. Na próxima semana, o Plenário pode votar o fim de coligações em eleições proporcionais e criação de cláusula de desempenho.

A proposta que integra a reforma política, PEC 282/2016, será o item único da sessão de segunda-feira (4). Na terça-feira (5), a pauta também inclui outra PEC sobre o tema, que cria um fundo com recursos públicos para financiar as campanhas eleitorais e muda o sistema eleitoral.

A PEC 282 será o item único da sessão de segunda-feira, marcada para as 16 horas. Na terça, estão previstas sessões desde as 9 horas, com pauta que inclui mais de 30 itens.
Também está na pauta de terça-feira a PEC 77/03, do Senado, que cria um fundo com recursos públicos para financiar as campanhas eleitorais para todos os cargos; e muda o sistema eleitoral de escolha dos deputados. Para os pleitos de 2018 (eleições gerais) e de 2020 (municipais), o sistema será o majoritário, já aplicado para os mandatos de cargos executivos (prefeito, governador e vice-presidente) e senadores.

Assim, elegem-se apenas aqueles com mais votos em cada estado e no Distrito Federal e, nas eleições municipais, em cada cidade. Daí o apelido que esse sistema de escolha ganhou, de “distritão”, porque o estado será transformado em um único grande “distrito”.

De 2024 em diante, deputados passam a ser eleitos pelo sistema distrital misto, pelo qual os eleitores poderão dar dois votos: um para o candidato registrado no distrito eleitoral que abrangerá sua cidade; e outro em uma lista de candidatos preordenada pelos partidos.

Os partidos têm tido dificuldades, entretanto, de chegar a um consenso sobre a matéria, que precisa obter, no mínimo, 308 votos favoráveis para aprovação, em dois turnos de votação.

 

De Brasília,  Ruth Helena de Souza – Portal CTB (com informações da Agência Câmara). Foto: Agência Câmara

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Na mira da PGR, Reforma Trabalhista pode ser derrubada

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Marcelo Camargo / Agência Brasil Janot afirma que as normas aprovadas “violam princípios constitucionais”

Encaminhada ao STF pelo procurador nesta semana, a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) evidencia, em suas 72 páginas, a violação do direito fundamental dos trabalhadores pobres à gratuidade judiciária, como pressuposto de acesso à jurisdição trabalhista. Consta no texto que “as normas violam os princípios constitucionais (art. 5º, XXXV) da isonomia (art. 5º, caput), da ampla defesa (art. 5, LV), do devido processo legal (art. 5º, LIV) e da inafastabilidade da jurisdição”.

“Sem medida cautelar, os prejuízos serão ainda maiores para trabalhadores que necessitem demandar direitos sujeitos a perícia técnica, geralmente referentes a descumprimento de medidas de higiene, saúde e segurança do trabalho, em face do alto custo da atividade pericial”, ressalta Janot.

A presidente nacional do PCdoB, deputada Luciana Santos (PE), salienta que a reforma trabalhista é “absurda”. “Na prática, é jogar fora a carteira de trabalho quando o empregado não tem direito a férias, décimo terceiro, nem sequer uma carga horária pré-determinada. Você desconsidera conquistas caras para os trabalhadores. Desequilibra de vez a relação entre patrão e empregado que já é desigual e que com as leis trabalhistas eram de respeito mútuo”, aponta a parlamentar.

Quanto à justiça gratuita, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) permite aos juízes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder esse benefício a quem ganha até dois salários mínimos – ou a quem declarar não estar em condições de pagar os custos do processo sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família.

A Justiça do Trabalho recebeu, em 2015, 3.401.510 novas demandas, segundo o estudo “Justiça em Números 2016”. O total de demandas no Poder Judiciário é de mais de seis milhões. Os dados fazem parte de um relatório anual produzido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e constam na peça apresentada por Janot ao Supremo.

“Esse levantamento, representa a necessidade de garantir o acesso de forma gratuita”, afirma o deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA). Para ele, a gratuidade da assistência jurídica é um preceito fundamental. “Tudo isso será questionado nos tribunais. A reforma foi um grande golpe, uma violência à nossa CLT”.

O texto aprovado pelo Congresso promove “intensa desregulamentação da proteção social do trabalho. A Lei 13.467/17 inseriu 96 disposições na Consolidação das Leis do Trabalho, a maior parte delas com redução de direitos materiais dos trabalhadores”, aponta o chefe do Ministério Público.

Em audiência pública realizada no Senado Federal, nesta semana, o coordenador nacional de Promoção da Liberdade Sindical (Conalis) e procurador do Trabalho (Ministério Público do Trabalho), João Carlos Teixeira, disse que “a tendência, pela reforma, é que haja cada vez menos contratos de emprego”. “A reforma afastará o vínculo de emprego e, consequentemente, elidirá todos os direitos sociais previstos no artigo 7º da Constituição”, denunciou.

Sobre a possibilidade de reversão da Reforma Trabalhista na Justiça, o presidente da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP) na Câmara, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), ironiza: “Que ‘Reforma’ Trabalhista?!”.

A proposta passou no final de abril pelo Plenário da Câmara, alterando também as regras relativas a honorários de perícia e de sucumbência. Outros pontos relativos a processos trabalhistas também foram desconstruídos pelo projeto (PL 6787/16). Para o parlamentar, as inconstitucionalidades são evidentes.

“Eu creio que a PGR acerta, quando entra com uma Adin contra aspectos da reforma. Além de inconstitucional, ela é cruel e injusta, porque retira direitos num momento tão difícil da vida dos trabalhadores. Num momento de desemprego você vai ter uma precarização ainda maior do trabalho no Brasil”, afirma Orlando.

O que preocupa Rodrigo Janot é o perigo evidente na demora processual, já que a legislação entrará em vigor no dia 11 de novembro de 2017, 120 dias após a publicação.

O STF recebeu a Medida Cautelar na ADI 5766, questionando o art. 1º da Lei 13.467/17, que aprovou a Reforma Trabalhista. Conforme decisão do Ministro Luís Roberto Barroso, as restrições na nova lei violam as garantias constitucionais de amplo acesso à jurisdição e a assistência judiciária integral aos necessitados.

No despacho do ministro Barroso ele pede as manifestações, num prazo de cinco dias, da Advocacia Geral da União (AGU), da Presidência da República e do Congresso Nacional para só depois, se for o caso, conceder liminar.

Reflexo da crise no desemprego

O Brasil tinha, no segundo trimestre deste ano, 15,2 milhões de lares em que toda a família estava sem emprego. Isso representa um aumento de 2,8 milhões, se comparado ao mesmo período de 2014. Um em cada cinco domicílios (21,8% do total) não tinha renda fruto do trabalho, conforme pesquisa encomendada pelo jornal Valor.

O estudo foi realizado pelo Instituto de Estudos de Trabalho e Sociedade (Iets) e pela Oportunidades, Pesquisa e Estudos Sociais (OPE Sociais), com base em microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Fonte: PCdoB na Câmara

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Câmara realiza audiência só com defensores da reforma do ensino médio e do mercado

SINPRO GOIÁS - ENSINO MÉDIO00001

 

Não houve o contraditório. Os quatro convidados, os deputados e demais participantes da Audiência Pública da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, realizada dia 31 de agosto, defenderam a reforma do ensino médio feita pelo Governo Temer. Não foi por acaso: ela foi realizada a pedido do deputado Giuseppe Vecci (PSDB-GO). Ele é empresário do Centro Tecnológico Cambury de Goiás, e somente governistas e representantes do mercado foram chamados a participar. Com exceção da representante do governo, que não tocou no assunto, todos defenderam a substituição de professores por “profissionais de notório saber em seu ramo de atividade”.

Eline Neves Braga Nascimento representou o Ministério da Educação (MEC) e afirmou que a reforma ajuda a contribuir para que os jovens ampliem as possibilidades de escolha na vida profissional. Disse que agora o MEC busca formatar a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do ensino médio. Afirmou que o debate ainda está em fase inicial e apenas 8% dos jovens fazem ensino médio técnico.

O diretor de Educação e Tecnologia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), diretor geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e superintendente do Serviço Social da Indústria (Sesi), Rafael Lucchesi, disse que o Brasil tem “uma escola do século XIX, professores do século XX e alunos do século XXI”, mas que a reforma pode ajudar a colocar o país dentro de uma realidade global, em que a educação profissionalizante seja valorizada. Segundo ele, “na média dos países ricos, mais da metade dos jovens faz a educação profissional com a educação média – chamam-na de educação vocacional. No Brasil, temos lógica de castas, com desprezo por atividades profissionais. Precisamos modernizar a legislação de aprendizagem profissional, que foi inspirada no modelo alemão e está parada no tempo”.

Para o professor Francisco Aparecido Cordão, da Confederação Nacional do Comércio (CNC), um dos desafios da reforma do Ensino Médio é a “coragem para colocar o ensino médio e a educação profissional na pauta do debate nacional da sociedade em redes sociais e noticiários”. Para ele, o MEC “deve ser indutor da educação a serviço do mercado”.

O representante do Conselho Nacional de Secretários de Educação (CONSED), Alessio Trindade de Barros, reforçou a fala da representante do MEC e informou que, na Áustria, de cada 100 estudantes, 70 estão no ensino técnico profissional.

 

Carlos Pompe da Contee

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Abertas as inscrições para Copa SINPRO GOIÁS 2017/2

Copa-Sinpro-1O Sindicato dos Professores do Estado de Goiás – SINPRO GOIÁS, por meio do Departamento de esportes informa que as inscrições para a Copa SINPRO GOIÁS 2017/2- Taça: José Geraldo Santana de Oliveira estão abertas.  O formulário de inscrição está disponível no site para impressão e deverá ser entregue no Congresso Técnico dia 15/09, às 16h30, na sede do Sinpro Goiás.  As competições estão previstas para começar em 23 de setembro.

Com o tema “Esporte e Meio Ambiente”, o objetivo desta edição é, além da prática esportiva oferecida a associados (as) em diversas modalidades, informar e sensibilizar todos a respeito da vida sustentável, dando ênfase especial ao bioma cerrado, o segundo maior bioma da América do Sul. Atualmente 30 milhões de pessoas têm sua fonte de renda ligada diretamente a esse bioma.

Sabe-se que o esporte é ferramenta fundamental na integração e socialização entre as pessoas, em especial  os professores, que são aqueles que sofrem as consequências de uma vida corrida, submetidos a uma carga de trabalho intensa diariamente, e que muitas vezes não têm  tempo para cuidar da sua saúde e bem estar. O SINPRO GOIÁS ao longo de seus 54 anos de existência busca proporcionar a seus (sua) filiados (as) oportunidades de esporte e de lazer que favoreçam a melhora da qualidade de vida.

 

Obs: Para participar das modalidades esportivas é necessário estar com a carteirinha de filiação em dia.

 

Formulário Futebol Soçaite

Regulamento Copa Sinpro Goiás

 

 

Confira o calendário de ações para a realização desta edição da Copa SINPRO GOIÁS:

Inscrições: 11/08 a 15/09/2017

Horário: Das 8h às 18h

Local: SINPRO GOIÁS

 

Congresso Técnico: 15/09/2017

Horário: 16h30

Local: SINPRO GOIÁS

 

Início das Competições: 23/09/2017

Horário: a definir

Local: Campus II da Universo

 

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Dirigente da CTB-ES é atacada por integrantes da Escola Sem Partido nas redes sociais

SINPRO GOIÁS - CTB ESPÍRITO SANTO00001

 

A diretora de Educação e Cultura da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil no Espírito Santo (CTB-ES), Josandra Rupf, foi atacada por integrantes do projeto Escola Sem Partido após conversar com um grupo de estudantes para falar sobre a atuação da mulher no movimento sindical na sede do Sindicato dos (as) Trabalhadores (as) em Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes).

“As meninas vieram ao sindicato para conversar sobre a luta emancipacionista. Queriam saber sobre as conquistas das mulheres e como atuamos no movimento sindical”, conta Rupf, que também é secretária de Gênero do Sindiupes.

Ela afirma ainda que as estudantes perguntaram sobre a violência, cultura do estupro e diversos temas que atingem tristemente a vida das mulheres. “Aí falei sobre o feminicídio, o alto número de estupros, o assédio sexual e tudo o que nos oprime cotidianamente”, diz.

As alunas da Escola Estadual de Ensino Médio Ormanda Gonçalves, de Cobilândia em Vila Velha (ES), visitaram o Sindiupes na quarta-feira (23). De acordo com informações de Rupf, o trabalho faz parte de um projeto da disciplina de Sociologia.

Após os comentários da cetebista serem publicados no site do Sindiupes, defensores da Escola Sem Partido usaram as redes sociais para atacar a sindicalista. Um post teve o seguinte título “Lavagem cerebral e cooptação política numa única tacada”.

O texto dessa postagem afirma que “professora de Sociologia de escola pública do Espírito Santo leva alunos para dentro de sindicato ligado à CUT, para ouvir pregação sobre gênero, patriarcado, feminicídio, movimento social e sindical, reforma da Previdência etc”.

Outro integrante do projeto repressor afirma que “doutrinação é crime. Graças a ‘professores’ como a senhora, que a educação vai de mal a pior”. E os ataques não param. “Essa conduta pode render ao professor um inquérito e um processo criminal, uma condenação a até 6 meses de detenção, a perda do cargo e a inabilitação para o exercício de qualquer outra função pública por prazo de até 3 anos”, afirma outra publicação.

“A tática dos defensores da chamada Escola Sem Partido é a tentativa de intimidação de qualquer pensamento contrário ao deles”, realça Rupf. De qualquer forma, complementa, “não vão me intimidar porque o Brasil precisa de educação para a diversidade”.

Portal CTB – Marcos Aurélio Ruy