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Previdência: o mito do custo fiscal da aposentadoria por tempo de contribuição

Pedro Paulo Zahluth Bastos, André Luiz Passos Santos, Ricardo Knudsen e Henrique Sá Earp*

Um dos principais argumentos – senão o principal – a favor da reforma do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) proposta pelo governo Jair Bolsonaro é que ela, supostamente, acaba com o custo fiscal e a regressividade distributiva da aposentadoria por tempo de contribuição. O argumento oficial é que os trabalhadores com maiores renda e estabilidade de emprego podem se aposentar mais cedo e que, por receberem a aposentadoria por mais tempo, são privilegiados que oneram o sistema público de aposentadoria de um modo injusto. Esta modalidade de aposentadoria seria regressiva se comparada com a aposentadoria por idade mínima, que atende principalmente trabalhadores com menores renda e estabilidade de emprego.

Esta nota técnica defende que o argumento oficial é, simplesmente, falso, porque omite a redução do valor da aposentadoria por tempo de contribuição (ATC) pelo desconto do Fator Previdenciário (FP). O Fator foi criado em 1999 não para proibir, mas exatamente para punir a aposentadoria por tempo de contribuição e induzir os contribuintes a se aposentarem com a idade mínima ou até mais tarde. A idade mínima exigida nas aposentadorias por idade (AI) é, nas regras atuais, de 60 anos para mulheres e 65 anos para homens. A aposentadoria por idade atende principalmente trabalhadores que, com menores renda e estabilidade de emprego, tem menor capacidade contributiva do que os supostos “privilegiados” da ATC.

O problema é que o fim da aposentadoria por tempo de contribuição pela reforma em discussão no Senado Federal não apenas não vai acabar com privilégios, que não existem. Também vai aumentar a regressividade distributiva do sistema público de aposentadoria (RGPS). Ou seja, uma reforma que promete atacar privilégios vai fazer exatamente o contrário com o fim da ATC e a imposição de uma idade mínima para todas as aposentadorias: vai aumentar a regressividade distributiva e, inclusive, a pobreza. O fim da ATC, tomado isoladamente, também piora e não melhora o equilíbrio financeiro do sistema, de novo ao contrário dos que defendem este ponto da reforma da previdência. Isso ocorre porque, devido ao FP, por exemplo, a aposentadoria de uma mulher/homem aos 55 anos custa menos para o INSS do que aos 60/65 anos.

Para comprovar o ponto, vamos explicar o objetivo da criação do Fator Previdenciário e seus efeitos. Em seguida, vamos apontar o erro de simulações feitas para defender o fim da ATC no debate recente sobre a reforma da previdência e apresentar simulações corretas.

Por que o Fator Previdenciário foi criado pelos parlamentares em 1999?

Os defensores do fim da ATC parecem desconhecer o trabalho dos parlamentares que votaram pela criação do Fator Previdenciário (FP) depois da Emenda Constitucional n. 20/1998. A Lei 9.876/99 que criou o FP complementou e regulou a substituição, pela EC nº 20, da aposentadoria “por tempo de serviço” pela aposentadoria “por tempo de contribuição”.

O FP desconta o valor da aposentadoria por tempo de contribuição que não alcança a soma 86/96 (86 anos para mulheres e 96 para homens). O FP varia diretamente com a idade e o tempo de contribuição, e inversamente à expectativa de sobrevida. O desconto aumenta anualmente de acordo com a expectativa de vida dos brasileiros. Quanto mais novo o aposentado e quanto maior a expectativa de vida, ou quanto maior a expectativa de sobrevida depois do início da ATC, maior é o desconto.

A fórmula de cálculo do FP (ver anexo) que desconta o valor da ATC tem um objetivo explícito: punir a aposentadoria por tempo de contribuição e induzir os contribuintes a se aposentarem com a idade mínima ou até mais tarde. Para isto, o FP é atualizado anualmente de modo que o aumento do tempo de sobrevida com aposentadoria (com idades menores) seja menos que proporcional que o aumento do desconto. Ou seja, o desconto na aposentadoria aumenta proporcionalmente mais que a expectativa de sobrevida depois do início da ATC.

Assim, quem se aposenta por tempo de contribuição tem uma expectativa de sobrevida depois da aposentadoria maior do que se esperasse para se aposentar com a soma 86/96. Mas também tem um desconto ainda maior na aposentadoria recebida. Deste modo, acaba recebendo uma soma menor do que se esperasse para se aposentar com o valor integral, sem desconto, ao alcançar a soma 86/96. É exatamente para induzir aposentadorias mais velhas e punir aposentadorias mais novas que o FP foi criado, com sucesso.

No exemplo da tabela seguinte que toma 35 anos de contribuição para os dois sexos, o Fator Previdenciário cresce de um valor de 0,553 aos 49 anos de idade até alcançar um valor próximo de 1 aos 65 anos de idade, atingindo valores maiores do que 1 à medida que a idade de aposentadoria aumenta, e a expectativa de sobrevida diminui. Ademais, o FP cresce mais que proporcionalmente que a redução da sobrevida. Assim, o produto da sobrevida pelo FP é função crescente da idade e função decrescente da sobrevida, punindo aposentadorias com maior sobrevida. O valor da aposentadoria é calculado tomando o salário de referência e multiplicando-o pelo Fator Previdenciário.

O Fator é fixo depois da aposentadoria, mas varia de acordo com a idade na qual a aposentadoria se inicia, descontando o benefício antes do alcance de 65 anos e o elevando depois. Logo, o FP pune a ATC que ocorre sem atingir a regra 86/96 progressiva.

Ao punir a ATC com idades menores, o FP não apenas diminui o custo financeiro da ATC para o sistema, isto é, não somente economiza recursos do INSS. Além disso, o desconto do FP aumenta a contribuição financeira da ATC para o equilíbrio financeiro do sistema, pois a soma das contribuições feitas ao longo da vida de trabalho tende a ser, atuarialmente nas regras atuais, maior do que as aposentadorias recebidas quanto mais novo for o aposentado, como veremos.

Em geral, a aposentadoria por tempo de contribuição com desconto do fator previdenciário gera mais recursos líquidos para o sistema, ou seja, resulta atuarialmente em receitas maiores que despesas se comparada com a aposentadoria que cumpre a idade mínima. Usando este critério (que é típico das críticas enganosas da ATC), se fosse possível falar em “privilégios” com a aposentadoria no INSS (e não é possível), eles seriam exatamente dos aposentados por idade mínima, e não dos aposentados por tempo de contribuição.

Ou seja, a ATC não apenas é sustentável financeiramente, como contribui para a sustentabilidade financeira do RGPS. Assim, acabar com a ATC, isoladamente, não melhora e sim piora o equilíbrio atuarial do sistema, e não melhora e sim piora a progressividade distributiva do sistema, ao contrário daquilo que é afirmado por quem desconhece ou pelo menos aparenta desconhecer o assunto.

As simulações atuariais

O conceito fundamental para entender as simulações é o de justiça atuarial. Com base na ciência atuarial, ele é usado ao comparar a soma de contribuições previdenciárias com a soma das aposentadorias recebidas, evidentemente depois de trazê-las a valor presente (dada uma taxa de desconto). Quando, a valor presente, a soma de contribuições é diferente da soma de aposentadorias recebidas, há injustiça atuarial. Se as contribuições forem maiores, o aposentado contribui para o equilíbrio atuarial do sistema, e vice-versa.

O ponto fundamental é que o Fator Previdenciário tende a gerar um desconto maior do que o atuarialmente justo, ou seja, torna a soma de contribuições maior que a soma de aposentadorias recebidas. Se o desconto da aposentadoria é maior do que o atuarialmente justo, as ATC são progressivas do ponto de vista da distribuição de renda entre aqueles que têm mais capacidade contributiva (mais renda e estabilidade de emprego) e aqueles que têm menos renda e estabilidade de emprego. Com isso, as ATC tendem a contribuir para sustentabilidade financeira do Regime Geral de Previdência. Isso é conhecido na bibliografia especializada que faz simulações atuariais informadas.

*Os autores são, respectivamente: Professor Associado do Instituto de Economia e pesquisador do Cecon-UNICAMP, ex-professor visitante na UC Berkeley; Mestre em História Econômica (USP), ex-analista bancário aposentado; Doutor em Química (USP), especialista em Design de Experimentos e Proprietário da KnudZen Consulting (Itália); Professor Doutor do Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica da Unicamp, Mestre em Física (University of Cambridge) e PhD em Matemática (Imperial College London).

Ver a íntegra da nota aqui.

Brasil Debate

http://brasildebate.com.br/previdencia-o-mito-do-custo-fiscal-da-aposentadoria-por-tempo-de-contribuicao/

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Confira as estreias de 22 a 28 de agosto nos cinemas de Goiânia

Fonte: A Redação
Goiânia – Confira as estreias e a programação completa dos filmes que estão em cartaz de 22 a 28 de agosto nos cinemas de Goiânia.

A Rede Cinépolis, com salas no Shopping Cerrado não encaminhou os horários de suas sessões até o fechamento desta programação.

PRÉ-ESTREIA

BACURAU

Kinoplex 6 (Nac) 18h40 (Sexta e sábado)
Flamboyant 2 (Nac) 22h15 (sábado e domingo)

ANNA – O PERIGO TEM NOME

Kinoplex 6 (Leg) 21h20 (de sexta a domingo)
Passeio das Águas 2 (Dub) 20h10 (sexta), 22h15 (sábado e domingo)

ESTREIAS

BRINQUEDO ASSASSINO

Kinoplex 3 (Dub) 14h20 (sábado e domingo), 16h30 e 18h30
Kinoplex 3 (Leg) 20h40
Flamboyant 4 (Dub) 16h50 e 19h15
Flamboyant 5 (Dub) 19h45 e 22h
Flamboyant 6 (Dub) 13h30 (exceto sábado e domingo), 15h30 (sábado e domingo), 15h50 (exceto sábado e domingo)
Passeio das Águas 1 (Dub) 17h30, 19h40 e 21h50
Passeio das Águas 3 (Leg) 21h20
Passeio das Águas 4 (Dub) 17h, 19h05 (exceto sábado e domingo), 19h30 (sábado e domingo)
Araguaia 3 (Dub) 15h, 17h, 19h e 21h
Portal 3 (Dub) 15h, 17h, 19h e 21h
Portal Sul 1 (Dub) 15h, 17h, 19h e 21h
Banana 4 (Dub) 15h, 17h, 19h e 21h

OS BRINQUEDOS MÁGICOS

Passeio das Águas 1 (Dub) 12h50 e 15h10
Araguaia 2 (Dub) 14h, 16h, 18h e 20h

EM CARTAZ

ERA UMA VEZ EM… HOLLYWOOD

Kinoplex 4 (Leg) 14h30, 17h40 e 20h50
Kinoplex 5 (Leg) 13h40 (sábado e domingo), 16h50 e 20h
Flamboyant 1 (Leg) 13h20, 16h40, 20h05 (sábado), 20h15 (exceto sábado), 23h25 (sábado)
Flamboyant 6 (Leg) 18h20 e 21h50
Passeio das Águas 4 (Leg) 21h30 (exceto sábado e domingo), 21h45 (sábado e domingo)
Passeio das Águas 4 (Dub) 13h15 (sábado e domingo), 13h20 (exceto sábado e domingo)
Banana 5 (Leg) 14h, 17h15 e 20h30

NADA A PERDER 2

Flamboyant 3 (Nac) 18h (sábado e domingo)
Flamboyant 6 (Nac) 15h30 (sábado e domingo)
Flamboyant 7 (Nac) 13h15, 15h30, 18h e 20h30
Flamboyant 8 (Nac) 20h30 (sexta e sábado)
Passeio das Águas 5 (Nac) 13h, 15h30, 18h, 20h30
Araguaia 1 (Nac) 14h15, 16h30, 18h45 e 21h
Portal 2 (Nac) 14h, 16h10, 18h20 e 20h30
Portal Sul 4 (Nac) 14h, 16h10, 18h20 e 20h30
Banana 1 (Nac) 14h15, 16h30, 18h45 e 21h

EU SOU BRASILEIRO

Flamboyant 3 (Nac) 19h (exceto sábado e domingo)

MEU AMIGO ENZO
Flamboyant 6 (Dub)  12h50 (sábado e domingo)
Araguaia 4 (Dub) 14h10

HISTÓRIAS ASSUSTADORAS PARA CONTAR NO ESCURO

Kinoplex 6 (Leg) 18h40 (exceto de sexta a domingo) e 19h (domingo)
Araguaia 4 (Dub) 16h20
Portal Sul 3 (Dub) 14h10 e 16h20

VELOZES E FURIOSOS – HOBBS & SHAW
Kinoplex 2 (Leg) 21h10 (exceto terça)
Kinoplex 2 (Dub) 15h20 e 18h20
Flamboyant 3 (Dub) 12h (sábado e domingo), 13h (exceto sábado e domingo), 15h (sábado e domingo), 16h (exceto sábado e domingo), 21h15 (exceto terça)
Passeio das Águas 6 (Dub) 12h20 (sábado e domingo), 13h15 (exceto sábado e domingo), 15h15 (sábado e domingo), 16h15 (exceto sábado e domingo), 18h30 (sábado e domingo), 19h15 (exceto sábado e domingo), 21h30 (sábado e domingo), 22h15 (exceto sábado e domingo)
Passeio das Águas 7 (Dub) 15h45 (exceto sábado e domingo), 16h15 (sábado e domingo), 21h45 (exceto sábado e domingo), 22h (sáabdo e domingo)
Araguaia 4 (Dub) 18h30 e 21h10
Portal 1 (Dub) 14h (sábado) e 21h (exceto sábado)
Portal Sul 3 (Dub) 18h30 e 21h10
Banana 3 (Dub) 21h10

O REI LEÃO 

Kinoplex 1 (Dub) 13h (sábado e domingo), 15h30, 18h e 20h30 (exceto de sexta a domingo)
Kinoplex 1 (Leg) 20h30 (de sexta a domingo)
Kinoplex 6 (Leg) 21h (exceto de sexta a domingo)
Flamboyant 2 (Leg) 13h15, 16h30, 19h30 e 22h15 (exceto sábado e domingo)Flamboyant 4 [3D] (Dub) 13h e 21h30
Flamboyant 5 (Dub) 14h15 e 17h
Flamboyant 8 [3D] (Dub) 12h05 (sábado e domingo), 14h50 (sábado e domingo), 15h (exceto sábado e domingo), 17h45, 20h45 (de domingo a quarta), 23h (sábado)
Passeio das Águas 2 (Dub) 14h (sábado e domingo), 14h30 (exceto sábado e domingo),  16h45 (sábado e domingo), 17h15 (exceto sábado e domingo), 19h40 (sábado e domingo), 20h10 exceto de sexta a domingo)
Passeio das Águas 3 [3D] (Dub) 18h30
Passeio das Águas 3 (Dub) 13h e 15h45
Passeio das Águas 7 [3D] (Dub) 13h (exceto sábado e domingo), 13h30 (sábado e domingo), 18h45 (exceto sábado e domingo), 19h10 (sábado e domingo)
Araguaia 5 (Dub) 14h, 16h20, 18h40 e 21h
Portal 1 (Dub) 14h (exceto sábado), 16h20 (exceto sábado), 16h40 (sábado), 18h40 (exceto sábado), 19h (sábado) e 21h15 (sábado)
Portal Sul 2 (Dub)  14h, 16h20, 18h40 e 21h
Banana 3 (Dub) 14h, 16h20, 18h40
HOMEM-ARANHA: LONGE DE CASA
Kinoplex  (Dub) 16h

PETS 2

Kinoplex 2 (Dub) 13h30 (sábado e domingo)

TOY STORY 4 

Kinoplex 6 (Dub) 13h50 (sábado e domingo)

IT – A COISA

Kinoplex 2 (Leg) 21h10 (terça)
Flamboyant 3 (Leg) 21h15 (terça)
INGRESSOS
 
Cine Cultura
Praça Cívica, nº 2.
Preço único – R$ 8 (inteira) e R$ 4 (meia)
 
Cine Ritz – (62) 3222-9700
Rua 8, Setor Central
Seg e qua – R$ 6,00 (Preço único)
Ter e qui – R$ 10,00 (Inteira)
Sex, sáb, dom e feriados – R$ 12,00 (Inteira)
Sessão Pipoca aos domingos – R$ 6,00 (Preço único com pipoca grátis)
 
Kinoplex Goiânia Shopping – (62) 3222-9900
Goiânia Shopping – Av. T-10, Setor Bueno
2D
2ª e  – R$ 24 (inteira) – até 16h59 – R$ 25 (inteira) a partir das 17h
4ª – R$ 22 (inteira) – o dia todo
5ª a dom. e feriado – R$ 29 (inteira) até 17hs / R$ 30 (inteira) após 17hs
 
3D
2ª e 3ª – R$ 30 (inteira) – até 16h59 – R$ 31 (inteira) a partir das 17hs
4ª – R$ 29 (inteira) – o dia todo
5ª a dom. e feriado – R$ 36 (inteira) até 16h59 – R$ 38 (inteira) a partir das 17hs
 
 
Lumière Araguaia – (62) 3222-9480
Araguaia Shopping – Terminal Rodoviário de Goiânia
Seg, ter, qua, qui – R$ 16,00 (inteira)
Sex, sáb, dom e feriados – R$ 18,00 (inteira)
 
Lumière Bouganville – (62) 3222-9480
Shopping Bougainville – Rua 9, nº 1885, 3º Piso, SetorMarista
INGRESSO COMUM
Seg, ter, qua, qui – R$ 16,00 (inteira)
Sex, sáb, dom e feriados – R$ 18,00 (inteira)
 
INGRESSO 3D
Seg, ter, qua, qui – R$ 24,00 (inteira)
Sex, sáb, dom e feriados – R$ 26,00 (inteira)
 
Lumière Portal Shopping Norte – (62) 3222-9480
Portal Shopping – Av. Anhangüera, nº 14.404, Capuava
Seg, ter, qua, qui – R$ 16,00 (inteira)
Sex, sáb, dom e feriados – R$ 18,00 (inteira)
 
Lumière Portal Shopping Sul – (62) 3222-9480
Portal Shopping – Av. Anhangüera, nº 14.404, Capuava
Seg, ter, qua, qui – R$ 16,00 (inteira)
Sex, sáb, dom e feriados – R$ 18,00 (inteira)
 
Lumière Banana Shopping – (62) 3222-9115
Banana Shopping – Rua 21, n 66, Piso 2
De segunda a quinta – R$ 18 (inteira) e R$ 9 (meia)
Sexta, sábado, domingo e feriados – R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)
 
Cinemark Flamboyant – (62) 3515-1001
Shopping Flamboyant – Piso 3
Qua – R$ 9,00 (inteira)
Seg, ter, qui – R$ 11,00 (inteira, até 17h)
Seg, ter, qui – R$ 13,00 (inteira, pós 17h)
Sex, sáb, dom e feriados – R$ 14,00 (inteira, até 17h)
 
Cinemark Passeio das Águas
Inteira
2ª,3ª e 5ª: R$ 13,00 (matinê) – R$ 15,00 (noite)
4ª: R$ 9,00 o dia todo
6ª,Sab.,Dom. e Feriados: R$ 14,00 (matinê) – R$ 16,00 (noite)
 
Cinemark 3D
2ª,3ª e 5ª: R$ 18,00 o dia todo
4ª: R$ 14,00 o dia todo
6ª,Sab.,Dom. e Feriados: R$ 20,00 o dia todo
 
Cinemark XD / 2D
2ª,3ª e 5ª: R$ 18,00 o dia todo
4ª: R$ 14,00 o dia todo
6ª,Sab.,Dom. e Feriados: R$ 20,00 o dia todo
 
Cinemark XD / 3D
2ª,3ª e 5ª: R$ 18,00 o dia todo
 
Matinê: Sessões iniciadas até as 17h.
Sessão Desconto: De segunda a sexta, uma sessão às 14h por apenas R$ 6,00.
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Centrais sindicais se reúnem em São Paulo para debater desafios e ações unitárias

As pautas que impactam a vida e o trabalho de grande parte da população e do movimento sindical, que estão em tramitação no Congresso Nacional ou que já foram anunciadas pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL), foram os eixos do debate que a as centrais sindicais – CGTB, CSB, CSP Conlutas, CTB, CUT, Força Sindical, Intersindical, Nova Central Sindical e UGT – realizaram na manhã desta quarta-feira (21), no Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), no centro de São Paulo.

O objetivo do encontro foi propor ações unificadas de luta em defesa dos trabalhadores e das trabalhadoras que vêm sendo atacados pelo governo com pautas bombas, como a reforma da Previdência, a MP 881 da Liberdade Econômica ou minirreforma Trabalhista, desconto sindical, demissão de servidores públicos, regulamentação do direito de greve dos servidores, MP FGTS, salário mínimo e a revisão das Normas Regulamentadoras (NRs). Além disso, os dirigentes discutiram também a reforma Tributária, novas leis de Licitação e mudanças nas regras do orçamento da União.

“A proposta aqui é para tomarmos conhecimento do que está acontecendo e saber o tamanho dos nossos desafios”, afirmou o Secretário-Geral da CUT, Sérgio Nobre, que complementou: “A gente teria motivo de sobra para anunciar uma greve geral, mas não é simples assim porque ainda estamos colhendo os efeitos da última greve no dia 14 de junho, como demissões e multas milionárias, mas temos que dar respostas ao que está colocado para a classe trabalhadora”.

O dirigente propôs um calendário de lutas e os representantes das centrais sindicais levarão para suas entidades e discutirão democraticamente se apoiam ou não. Na próxima segunda-feira (26), a CUT e demais centrais voltarão a se reunir e bater martelo quanto às datas de mobilizações nacionais unificadas.

Roberto Parizotti (Sapão)Roberto Parizotti (Sapão)

A luta contra a reforma da Previdência

Além de denunciar os ataques deste governo contra a classe trabalhadora aos quatros cantos do mundo, a ideia é de que a CUT e demais centrais continuem pressionando os senadores e as senadoras em seus estados contra a reforma da Previdência, potencializem as mobilizações do Grito dos Excluídos no dia 7 de setembro e organizem uma grande mobilização nacional num fim de semana de setembro.

“Muitos dirigentes sindicais de várias centrais têm ouvido dos trabalhadores e das trabalhadoras que é importante uma mobilização nacional no fim de semana porque traz setores que não estão nas centrais, mas que também têm motivos para ir para rua”, disse Sérgio Nobre ao justificar a sugestão de um ato no fim de semana.

Os representantes das centrais indicaram concordância com o calendário proposto, mas precisam consultar suas bases.

Os dirigentes destacaram a importância da unidade das centrais na luta por direitos e das parcerias com as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo nas lutas nacionais.

Conjuntura que estamos vivendo

Antes de começar os debates da CUT e demais centrais sindicais sobre os desafios da classe trabalhadora, a coordenadora de pesquisas do Dieese, Patrícia Pelatieri, apresentou rapidamente cada pauta contra os trabalhadores e também sobre a real situação do país nos últimos anos.

“Dados inéditos mostram que 3,3 milhões de pessoas procuram trabalho há mais de dois anos, em neste mesmo período o Brasil passou a ter mais de 6,2 milhões de pessoas vivendo com menos de R$ 233 por mês. Isso significa que milhões de pessoas estão abaixo da linha da pobreza e sem empregos”, afirmou Patrícia.

Segundo ela, enquanto os investimentos públicos em infraestrutura são os menores desde 2008, o lucro líquido dos bancos subiu 22% só no primeiro semestre deste ano. Já o rendimento real do trabalhador caiu e a desigualdade de renda no país está aumentando há 17 trimestres consecutivos.

“Isso se dá devido ao choque ideológico deste governo que reduz o tamanho e o papel do Estado, privatiza estatais, desregulamenta o mercado de trabalho, elimina as instâncias de participação social, criminaliza os movimentos sindical e social, ataca à soberania nacional, destrói a Constituição Federal de 1988 e bombardeia de medidas, desinformação e Fake News”, explicou a coordenadora de pesquisas do Dieese.

CUT

 

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COMUNICADO | REAJUSTAMENTO SALARIAL 2019 PARA PROFESSORES DO ENSINO SUPERIOR

Depois de nove meses de negociação, o Sinpro Goiás e o Semest (sindicato patronal) pactuaram em mesa no Ministério Público do Trabalho, no dia 09/08/2019, o reajustamento salarial para 2019.
O índice a ser aplicado é 5,07% nos salários de agosto (a ser pago até o quinto dia útil de setembro) com acréscimo do reajuste retroativo ao mês de maio (data base) que não foi reajustado. Ou seja, se o salário do professor é R$ 2000,00 ele receberá no início de setembro R$2202,8 (o salário com acréscimo de R$101,4 de reajuste aplicado em agosto acrescido do reajuste de maio que não foi aplicado naquele mês no mesmo valor de R$ 101,4).

Nos meses de setembro e outubro repete-se o mesmo acréscimo de reajuste mais retroativo do reajuste de junho e julho que não foram pagamos naqueles meses.

A partir de novembro o professor receberá normalmente R$2101,4 (salário com reajuste de 5,07%).

O reajuste salarial foi pactuado e as cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho em sua maioria já foram acordadas, mas para finalizar as negociações e homologá-las ainda há dois pontos em discussão sem acordo entre Sinpro Goiás e Semesg. São as cláusulas que versam sobre Regime de Tempo Integral, Inter e Intrajornada, rejeitadas pelo Sinpro Goiás. Devido a esse impasse o Procurador José Marcos do MPT propôs um DISSÍDIO COLETIVO específico, de comum acordo, para julgar esses dois pontos em dissenso no processo negocial. Foi designada nova audiência no Ministério Público do Trabalho para dia 27/09 quando as duas entidades responderão formalmente ao Procurador se aceitam ou não o Dissídio Coletivo a ser julgado Pelo TRT da 18a Região.

O Sinpro Goiás convocou Assembleia Geral da Categoria dos Professores Universitários para dia 22/08, na sede do Sinpro, com segunda chamada prevista para as 16h(quando normalmente se inicia a assembleia). Nela os professores decidirão pelo ajuizamento ou não do Dissídio Coletivo. Vejam logo abaixo a redação proposta pelos patrões para as duas cláusulas, rejeitadas integralmente pelo Sinpro Goiás por considerá-las não benéficas aos docentes.

1) INTRA E INTERJORNADA:

“Poderá ser flexibilizada a carga horária do PROFESSOR entre jornadas no exercício da função
docente e/ou concomitante com a atividade administrativa, não havendo assim pagamento, no
intervalo, de horas aulas e salários, se o professor não tiver trabalhado no referido intervalo de um dia
para outro, ou entre jornadas não continuas, desde que aceitas livremente pelo PROFESSOR.”

2) REGIME DE TEMPO INTEGRAL:

“Cláusula …..: O professor de regime de -tempo integral (TI’), contratualmente trabalha até 40 horas semanais na mesma Instituição, sendo que 50% do tempo contratado será em sala de aula e os outros 50% do tempo contratado será destinado a atividades de estudo, pesquisa, extensão,
planejamento e avaliáção.’-
(fonte: Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação, instituído pelo Ministério da Educação – Instituto’ Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), de 15/12/2017).


Parágrafo Primeiro: Visando promover condições para a manutenção do emprego, na hipótese de redução do número de alunos e, consequentemente,
de turmas, impossibilitando a alocação da carga horária prevista no contrato de trabalho, o empregador está autorizado a atribuir ao docente carga horária conforme o número de turmas disponíveis, respeitada a proporção de 50%
da carga horária em sala de aula e os outros 50% em atividades de estudo, pesquisa, extensão, planejamento e avaliação, pagando o salário mensal
proporcionalmente ao total de horas efetivamente atribuídas, evitando o ócio forçado e o prejuízo para o empregado e empregador.
Parágrafo-Segundo: Na hipótese de não formação de nenhuma turma, com a consequente extinção do respectivo período ou turno do curso, o empregador fica autorizado a dispensar sem justa causa os docentes do período ou turno que restar extinto, evitando-se assim o ócio forçado e o prejuízo para o empregado e empregador.”

Atenciosamente,

Railton Nascimento Souza
Presidente do Sinpro Goiás

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CONVOCAÇÃO| ASSEMBLEIA EXTRAORDINÁRIA GERAL AOS PROFESSORES DO ENSINO SUPERIOR PRIVADO

O Sindicato dos Professores do Estado de Goiás CONVOCA todos os PROFESSORES EMPREGADOS EM INSTITUIÇÕES PRIVADAS DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO ESTADO DE GOIÁS, inclusive SENAC SESI, SENAI e SESC, de graduação propedêutica, tecnológico e pós-graduação, e ainda, de fundações para a Assembleia Geral Extraordinária, a realizar-se na sede do Sinpro Goiás, às 16h, no dia 22 de agosto de 2019 (quinta-feira).

Na oportunidade serão discutidos:

A) avaliação do processo negocial com o Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos da Educação Superior do Estado de Goiás (SEMES), com autorização para a Entidade assinar a convenção coletivade trabalho CCT, para viger de 1º de maio de 2019 a 30 de abril de 2020, caso os seus termos negociados, sob a mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da 18ª Região, tenham sido acordados.

b) autorização para instauração do dissidio coletivo de natureza econômica, se o acordo amigável não for possível.

O Sinpro Goiás se coloca à disposição de todos os professores pelo telefone (62) 3261-5455 ou pessoalmente, em sua sede.

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Comunicado aos professores do ensino superior                   

Há mais de 9 (nove) meses, a Federação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino do Brasil Central (Fitrae-BC) e os sindicatos a ela filiados, Sindicato dos Professores do Estado de Goiás (Sinpro Goiás), Sindicato dos Professores de Anápolis e Região (Sinpror), Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Anápolis (Sinteea) e Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Rio Verde (Sinteerv) têm envidados todos os esforços, com vistas à renovação das convenções coletivas de trabalho (CCTs), por eles firmadas com o Sindicato das Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior do Estado de Goiás (Semesg), representante das instituições de ensino superior (IES) do Estado.

Após várias reuniões de negociação, ao longo dos meses, sendo as últimas sob a mediação do Procurador do Ministério Público do Trabalho, José Marcos Abreu, as partes acordaram a renovação das CCTS anteriores, sem alterações, e o reajuste salarial de 5,07% (cinco inteiros, virgula zero sete por cento), retroativo ao dia 1º de maio de 2019, em até três parcelas, a serem concluídas, no máximo, em outubro próximo vindouro.

Frise-se que apesar de as pautas de reivindicações se limitarem a esses dois pontos, ou seja, renovação das CCTs anteriores e reajuste salarial, no mínimo, pelo INPC de 1º de maio de 2018 a 30 de abril de 2019, as negociações não foram concluídas nem assinadas as CCTS, pelo o fato de os sindicatos profissionais não concordarem com o conteúdo proposto para  duas reivindicações do Semesg, ainda remanescentes, que tratam, respectivamente, de contrato de professores por tempo integral e a redução de intervalos para repouso e alimentação, intrajornada (na mesma jornada).

A próxima reunião de negociação, sob a medição do MPT, foi agendada para o dia 27 de agosto corrente, quando o Semesg responderá à proposta de ajuizamento de dissídio coletivo de natureza econômica, que lhe foi apresentada na reunião do dia 9 último, pelo Procurador José Marcos Abreu, para que as partes deixem o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) decidir as duas questões que se constituem em objeto de litígio entre elas; sendo, desde logo, firmadas as CCTs, quanto aos pontos que já foram acordados.

CONFIRA O COMUNICADO DO SEMESG AOS MANTENEDORES:

037 Oficio Antecipação Salarial – Docentes

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Um chamado pela saúde do professor

Dia após dia temos verificado o crescimento do adoecimento docente no trabalho e apesar do trabalho de discussão e cobrança do sindicato aos empregadores e ao Estado, poucas ações são desenvolvidas em relação às legislações e políticas específicas que privilegiam a saúde do professor, apesar do elevado número de estudos ressaltando agravos à saúde docente. Para combater isso, convidamos o professor a voltar os olhos para a sua saúde (física e mental), antes que este número aumente.

O contexto de precarização e intensificação do trabalho docente iniciado em 1990 e atingindo seu maior pico em 2019, com a recente reforma trabalhista e os ataques à reforma da previdência, deixa uma alerta importante à categoria: É PRECISO SE CUIDAR!

O Sinpro Goiás dispões de convênios importantes para que você comece a fazer isso, professor(a).

Veja abaixo alguns dos convênios voltados à saúde:

LUMINA CENTRO MÉDICO E DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
Exame por Imagem, Densitometria óssea, Duplex Scam, Mamografia, Ultrassom,
Tomografia Computadorizada, Ressonância Magnética, Rx-DIGITAL.

CLÍNICA MED SUL
Ultrassonografias, Consultas e Procedimentos, Raio X e Exames Laboratoriais.

CLÍNICA MÉDICA DIAGNÓSTICO – CMD
Consultas, Ecografias, Doppler Vascular, Eco Cardiograma Transtorácico, Eletrocardiograma, Mapa, Holter, Tomografias e Exames Laboratoriais.

CLÍNICA SAÚDE EXPRESS
Odontologia, Clínico Geral, Dermatologista, Endocrinologista, Gastroenterologista, Nutricionista, Ortopedista, Pediatra, Psicóloga, Exames Laboratoriais, Raio X, Ultrassonografia e Tomografia.

LABORATÓRIO PADRÃO
Exames Laboratoriais

REDE DE PSICOLOGIA
Atendimento psicoterápico para todas as faixas etárias e todo os tipo de público, avaliação psicológica, psicodiagnóstico, orientação profissional, desenvolvimento pessoal, cursos de capacitação.

Mais informações sobre os convênios AQUI

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Nota de Pesar | Clinton Marciel Rodrigues

É com profundo pesar que o Sindicato dos Professores do Estado de Goiás comunica a morte do professor Clinton Marciel Rodrigues. Clinton lecionava em várias escolas, entre elas Colégio Visão e Medicina. Ele se dedicava com zelo à construção de uma sociedade mais justa, a partir da democratização da educação e da formação de cidadãos dedicados ao bem comum.

O velório se iniciará às 20h, no Cemitério Jardim das Palmeiras. O sepultamento será às 10h do sábado (10/08), no mesmo local.

Entristecidos, lamentamos profundamente a perda de um colega de profissão. Agradecemos ao Professor Clinton Marciel por sua árdua dedicação profissional que contribuiu para a realização de inúmeros sonhos e futuros de tantos jovens. Nos despedimos de um amigo que vai, uma estrela que se ilumina pra sempre no céu de nossa alma. Nossos mais sinceros sentimentos aos amigos, alunos e familiares.

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UNE quer derrotar Future-se nas ruas e no Congresso

Activists march during a protest against Brazil’s government reforms related with education and pension system in Brasilia, Brazil, on July 12, 2019. (Photo by Sergio LIMA / AFP)

A União Nacional dos Estudantes (UNE) detona em agosto uma uma agenda de mobilizações sociais e institucionais para impedir que o governo federal consiga implantar nas universidades o programa Future-se, iniciativa de caráter privatista lançada no mês passado pelo Ministério d Educação (MEC).

Para o presidente da UNE, Iago Montalvão, não há como melhorar o projeto governista.

“A essência dele já ataca a universidade pública, em especial no que diz respeito às organizações sociais (OSs)”, argumenta Montalvão, que é aluno de economia da Universidade de São Paulo.

“O mais importante para nós seria derrotar no Congresso, porque, se a legislação passa, o governo pode começar a pressionar os reitores, fazer chantagem, e até indicar reitores para conseguir implementar o projeto”, diz o presidente Montalvão.

Ele lembra que algumas universidades já estão mobilizando assembleias e reuniões de seus conselhos superiores, e afirma que a UNE pretende seguir nas ruas:

“A nossa estratégia é, primeiro, manter a mobilização nas ruas pela reversão dos cortes [no orçamento federal da Educação], mas também vamos organizar a mobilização junto aos parlamentares e movimentos sociais, sindicatos de professores, associação de reitores. Tudo isso faz parte do processo de organização”, diz ele.

Dúvidas

Apresentado no dia 17 de julho pelo ministro da Educação Abraham Weintraub e ainda cercado de dúvidas, o programa prevê que as OSs poderão atuar na administração direta das universidades, inclusive na gestão de recursos e de pessoal.

Segundo texto publicado no site do MEC, um comitê gestor vai “definir o critério para aceitação das certificações, para fins de participação no processo eleitoral dos reitores”. Para alguns, isso significa que as OSs poderiam até atuar na escolha de reitores e pró-reitores, uma questão que o governo ainda não esclareceu.

Aderindo ao Future-se, as instituições federais também poderiam “emprestar” professores para atuarem nas OSs e ceder a ocupação ou vender o nome de prédios (naming righs) para essas instituições, como já é feito em estádios de futebol.

O anúncio do Future-se gerou reações negativas por parte de reitores e associações de docentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes), e agora será pauta de uma Greve Geral da Educação, convocada para o dia 13 de agosto por entidades do setor, entre elas a UNE.

Perigo

Gabryel Henrici, aluno de história na UFRJ e 1º vice-presidente da UNE, classifica o Future-se como um projeto “perigoso” que pode acabar com a autonomia universitária.

“Você entrega o patrimônio físico, científico, cria um fundo à disposição dos grandes bancos privados e empresas de capital privado e coloca em risco o próprio caráter público das universidades”, afirma.

Para Henrici, o governo cai em contradição ao cortar verbas das universidades e depois apresentar uma “solução” que prevê a captação de recursos privados.

Ele também defende que a pressão no Congresso será importante, mas considera que esta não é a luta fundamental

“Nós precisamos ganhar a sociedade para defender esse projeto de universidade pública com o qual eles tanto querem acabar. Essa pressão é fundamental, porque se só pautar na correlação de forças do Congresso, a tendência é que a gente perca”, conclui ele.

No último domingo, a UNE e outras 186 entidades estudantis lançaram nota contra o Future-se, em que classificam o projeto como uma tentativa velada de privatizar o ensino público.

O texto acusa o governo de “perseguição ideológica e disseminação de ódio e mentiras contra as universidades, institutos federais, escolas, professores e estudantes”.

Confira abaixo o documento na íntegra:

Nota da União Nacional dos Estudantes (UNE), das Uniões Estaduais dos Estudantes (UEEs) e dos diretórios centrais dos estudantes sobre o programa “Future-se”

A cada dia que passa tem ficado mais nítido para a população brasileira que o Governo Bolsonaro tem colocado a Educação no centro de seus ataques. Desde o início do ano nenhuma proposta concreta de política pública para o avanço da educação e a solução dos problemas nessa área foi proposto, pelo contrário, há uma perseguição ideológica, a disseminação de ódio e mentiras contra as universidades, institutos federais, escolas, professores e estudantes, e verbas foram cortadas, tanto do ensino superior quanto do básico.

Mas foi também, a partir do setor da educação, especialmente dos estudantes, que se levantaram as principais manifestações de oposição às medidas do governo e sobretudo em defesa da nossa educação, de mais investimentos, de maior cuidado com nossas instituições, e de um projeto educacional que possa garantir um futuro de desenvolvimento social a nossa nação com formação de qualidade, ciência e tecnologia para um país soberano.

É nesse cenário que recebemos com grande indignação e repudiamos a proposta do programa “Future-se” apresentado pelo Ministério da Educação no último dia 17 de Julho, estamos elaborando estudos mais apurados e detalhados acerca de todos os pontos desse projeto, mas inicialmente podemos destacar alguns motivos em geral que nos levam a essa posição:

1- O governo nem sequer dá respostas sobre o problema imediato das universidades e institutos federais e quer criar um programa para o futuro (qual futuro?). Ao apresentar esse projeto, o MEC pretende jogar para as universidades e institutos federais a responsabilidade de captação via setor privado, reduzindo as responsabilidades do financiamento público, em um momento que essas instituições sofreram um corte de 30% em seu orçamento e correm sérios riscos de terem suas atividades paralisadas no próximo semestre, além de diversas pesquisas que já estão paradas por falta de bolsas para que os estudantes continuem trabalhando.

2- O programa “Future-se” foi construído sem nenhum debate prévio com os setores que compõem a universidade: estudantes, professores, técnico-administrativos, reitores e pró-reitores. Fala-se em discussões com especialistas e empresários, mas em nenhum lugar se explícita quem são. Isso demonstra a que interesses servem a implementação desse projeto, certamente não são os da educação e do povo brasileiro. A criação da consulta virtual é, portanto, uma mera formalidade para apresentar um caráter democrático, mas que é notoriamente uma ferramenta superficial e insuficiente para esse debate, inclusive porque não se explica como será a análise das opiniões coletadas.

3- Não há transparência no debate público do projeto. Na apresentação feita aos reitores, à imprensa e também no documento disponível para a consulta pública, faltam alguns elementos importantes que constam na minuta do projeto de lei do “Future-se” e outros que o próprio ministro só expôs depois através de entrevistas à imprensa, como por exemplo a possibilidade de contratação de professores sem concurso público e por regime da CLT.

4- Um dos principais elementos omitidos é referente às responsabilidades das Organizações Sociais. O que não fica claro nas apresentações do MEC e no documento do “Future-se” é como as OSs poderão exercer atividades fim nas universidades, como contratação de professores, e gestão nas áreas de ensino, pesquisa e extensão, e não só na gestão de serviços como energia, água, limpeza, etc. como se apontava inicialmente. Essa é a principal característica de uma verdadeira terceirização com rumo à privatização da universidade pública brasileira, pois cria uma verdadeira organização paralela dentro das instituições que atende a outros interesses, é o fim da autonomia universitária.

5- A proposta de captação própria é uma entrega das universidades à uma dependência do setor privado e uma desresponsabilização do governo de financiamento público à educação superior. Isso também significa retirar a autonomia didático-científica e administrativa das universidades, para ficarem cada vez mais à mercê de interesses privados que buscarão retornos de seus investimentos, acabando com a base de financiamento público da universidade. O que pode reduzir as áreas de pesquisa, ensino e extensão somente àquelas que agradem mais aos mercados que tenham interesse em financiar determinadas universidades.

6- É o fim da expansão das universidades e pode significar o desaparecimento das federais no interior. Justamente porque uma dependência do setor privado irá forçar a concentração dessas instituições próximas dos grandes centros industriais e financeiros, criando inclusive grandes distorções regionais.

Por fim, entendemos que esse projeto se apresenta com uma máscara de muitas complexidades, entupida de conceitos empresariais, mas vazio de qualquer citação à projetos pedagógicos, categorias científicas e outros elementos fundamentais para uma universidade forte e que sirva ao povo brasileiro. Mas primeiro, por ignorância, repete uma série de atividades que já existem nessas instituições, como os reitores tem insistido, e em segundo propõe descaradamente, embora o ministério tente esconder, um projeto liberal e privatizante para a universidade brasileira, que inverte a lógica que seguimos em toda história da educação brasileira e que tem feito, com investimento público, das nossas universidades federais as melhores do país, responsáveis por grande parte da pesquisa brasileira e referências no mundo todo.

Seguiremos exigindo a devolução imediata das verbas da nossa educação e em defesa da universidade pública e gratuita, com garantia do tripé do ensino, pesquisa e extensão e que tenha um profundo enraizamento com a sociedade na garantia de melhorias para o nosso povo e a soberania do nosso país.

Veja aqui a lista de entidades que assinam.

Brasil de Fato