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Campanha Vacina, Arte e Solidariedade

Na manhã de hoje (22), o Presidente do Sindicato dos Professores do Estado de Goiás, Railton Nascimento, e a Diretora de Comunicação do Sindicato, Nara Rúbia, estiveram presentes na Câmara Municipal de Goiânia, juntamente com os vereadores Aava Santiago e Mauro Rubem, presidenta e vice-presidente da Comissão de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia.

O encontro teve como objetivo fortalecer a Campanha Vacina, Arte e Solidariedade, que surgiu como possibilidade de ampliação das ações da Frente Parlamentar em resposta às demandas por apoio material e socioassistencial a crianças e adolescentes, mulheres, idosos, pessoas com deficiência, pessoas em situação de rua, famílias e grupos em situação de risco social por conta do agravamento da pandemia e da perda de emprego e renda.

Para doar: Banco do Brasil, agência 1242-4, conta corrente 47789-3, CNPJ: 015177500001/06. Nome: Fundação Rádio e Televisão Educativa e Cultural – Fundação RTVE.

Pontos de arrecadação:

  • Câmara Municipal de Goiânia.
  • SindSaúde.
  • Centro de Cultura e Eventos Prof. Ricardo Freua Bufáiçal – UFG.

Contribua nesta campanha!

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Nota de pesar: Carlos Passos

É com estarrecimento e profundo pesar que o Sindicato dos Professores do Estado de Goiás comunica a todos/as que perdemos nosso grande e querido companheiro Carlos Passos. Vítima de complicações da Covid-19.

Carlinhos, como era chamado carinhosamente pelos amigos, era Presidente e Dirigente Sindical no Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar do Estado de Goiás – SINAAE/GO. O Sinpro Goiás recebe essa notícia em choque e está em luto.

Manifestamos nossa solidariedade a toda família e aos/às amigos/as neste momento de imensa dor.

Diretoria do Sinpro Goiás

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Nota Pública Contra a Nomeação do Coronel Urzêda

Senhor Rogério Cruz, Prefeito de Goiânia,

O Comitê Goiano de Direitos Humanos Dom Tomás Balduíno, articulação composta por mais de 70 entidades de movimentos sociais e sociedade civil, vem a público repudiar a nomeação do Coronel Wellington de Urzêda Mota, ocorrida na data de 13 de abril de 2021, para o cargo de Secretario Executivo para Assuntos Sociais do Escritório de Prioridades Estratégicas da Prefeitura de Goiânia.

Conforme se verifica na Lei Municipal nº 335/2021, que redefine a estrutura administrativa do Poder Executivo Municipal, aprovada no primeiro dia dessa nova gestão, o Escritório de Prioridades Estratégicas possui importância fundamental por ser responsável pelo planejamento e gerenciamento dos projetos considerados de maior relevância no campo social para esta capital.

Para coordenar tal pasta, bem como as demais secretarias, Vossa Senhoria tem se pronunciado publicamente no sentido de que escolherá perfis técnicos. Entretanto, não é o caso do citado Coronel, já que ele não possui experiências anteriores no campo da ação social, seja de cunho acadêmico, na formulação de políticas públicas ou no desenvolvimento de projetos sociais reconhecidos nesta área.

Além de não possuir capacitação técnica, o citado Coronel é relacionado a escândalos públicos e processos judiciais estaduais e federais relacionados à violência policial, que envolveram a Rotam – Rondas Ostensivas Táticas Metropolitana, da qual foi comandante. A população socialmente vulnerável é justamente a que mais sofre com a violência policial, sendo o grupo a ser atingido pelas políticas públicas desenvolvidas pela pasta que agora é ocupada pelo Coronel Urzêda.

Em suas manifestações públicas, o Coronel defende o armamentismo, o punitivismo e o encarceramento como solução para a criminalidade, posição que esvazia tanto a postura de compreensão crítica dos problemas sociais, quanto as ações políticas centradas no diálogo e na construção de alternativas sócioeducacionais para efetivamente promover transformações sociais e empoderar as populações periféricas, que hoje enfrentam uma severa crise humanitária.

Deste modo, compreendemos que existem em Goiânia inúmeras pessoas que possuem perfil técnico na área social e experiência política agregadora para tal função, sem a mácula de um passado que em tantos ainda gera dor, intimidação e descrédito na ação do Poder Público.

Por entendermos que não é esta a mensagem que a nova gestão da Prefeitura pretende transmitir aos cidadãos goianienses, pedimos que o Coronel seja retirado de tão simbólico cargo.

Goiânia, 14 de abril de 2021.

Assinam esta Nota:

– COMITÊ GOIANO DE DIREITOS HUMANOS DOM TOMÁS BALDUÍNO
– COMISSÃO DOMINICANA DE JUSTIÇA E PAZ DO BRASIL
– PROVÍNCIA FREI BARTOLOMEU DE LAS CASAS – FRADES DOMINICANOS NO BRASIL
– MOVIMENTO NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS (MNDH)
– NÚCLEO DE DIREITOS HUMANOS, EDUCAÇÃO E MOVIMENTOS SOCIAIS (NUDHEM)
– NÚCLEO DE DIREITOS HUMANOS UFG (NDH – UFG)
– SINDIJOR-GOIAS – SINDICATO DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS NO ESTADO DE GOIÁS
– MOVIMENTO POLICIAIS ANTIFASCISMO
– #SOLIDARIZAGOIANIA
– BRCIDADES
– ASSOCIAÇÃO MULHERES NA COMUNICAÇÃO
– BLOCO NÃO É NÃO
– ABREPAZ – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA ESPÍRITA DE DIREITOS HUMANOS E CULTURA DE PAZ
– SINDICOM – SINDICATO DOS TRABALHADORES EM COMUNICAÇÃO NO ESTADO DE GOIÁS
– NÚCLEO DE ASSESSORIA JURÍDICA UNIVERSITÁRIA POPULAR PEDRO NASCIMENTO (NAJUP PEDRO NASCIMENTO)
– SINDICATO INTERMUNICIPAL DOS TRABALHADORES NO TRANSPORTE COLETIVO URBANO DE GOIÂNIA E REGIÃO METROPOLITANA – SINDCOLETIVO
– ASSOCIAÇÃO GOIANA DA ADVOCACIA SINDICAL OBREIRA – ASIND
– MOVIMENTO DE MENINOS E MENINAS DE RUA DE GOIÁS
– FREI MARCOS SASSATELI – COMISSÃO DOMINICANA DE JUSTIÇA E PAZ
– MOVIMENTO CAMPONÊS POPULAR – MCP
– MOVIMENTO SEM TERRA – MST
– INSTITUTO ANJOS DA LIBERDADE
– DEVIR SOCIAL
– GRUPO ELES POR ELES
– COLETIVO MENTE SATIVA
– INTERSINDICAL – CENTRAL DA CLASSE TRABALHADORA
– MARINA SANT’ANNA, EX-DEPUTADA FEDERAL (PT-GO) E VEREADORA EM GOIÂNIA
– MOVIMENTO ESMERALDINO ANTIFASCISMO
– MOVIMENTO VILA NOVA ANTIFASCISMO
– MOVIMENTO POPULAR TERRA LIVRE
– MOVIMENTO NOSSO GOIÁS
– CAMINHOS DO BEM GOIÁS
– CORRENTE SOLIDÁRIA GO
– CENTRO BRASILEIRO DE ESTUDOS EM SAÚDE GOIÂNIA
– #PARTIDA GOIÂNIA
– COLETIVO CONEXÃO FEMINISTA
– SUBVERTA GOIÁS
– IBRACE – INSTITUTO BRASIL CENTRAL
– CENTRO DE FORMAÇÃO, ASSESSORIA E PESQUISA EM JUVENTUDE – CAJUEIRO
– PONTO DE CULTURA A CASA DE VIDRO
– SINDICATO DOS TRABALHADORES NO SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL NO ESTADO DE GOIÁS
– ARCA – ASSOCIAÇÃO PARA RECUPERAÇÃO E CONSERVAÇÃO DO AMBIENTE
– MANDATO POPULAR VEREADOR MAURO RUBEM
– STIUEG – SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS URBANAS NO ESTADO DE GOIÁS
– SINDICATO DOS TRABALHADORES DAS INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE GOIÁS – SINTEF-GO
– CENTRO CULTURAL CARAVIDEO
– JORNALISTAS LIVRES
– CSA – COMUNIDADE QUE SUSTENTA A AGRICULTURA
– ARTIGO QUINTO
– ARCA – ASSOCIAÇÃO PARA RECUPERAÇÃO DO MEIO AMBIENTE
– MÃES DE MAIO DO CERRADO
– INSTITUTO MEMÓRIA E RESISTÊNCIA
-MÃES PELA PAZ
-SINDSAÚDE – SINDICATO DOS TRABALHADORES DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE DO ESTADO DE GOIÁS
– PEDRO WILSON- EX-PREFEITO DE GOIÂNIA E EX-DEPUTADO FEDERAL (PT-GO)
– PE. GERALDO MARCOS LABARRERE NASCIMENTO, JESUÍTA
– CENTRO CULTURAL ELDORADO CARAJÁS
– CURSO DE VERÃO
– PASTORAL CARCERÁRIA DO ESTADO DE GOIÁS
– PARÓQUIA ANGLIANA SÃO FELIPE, DIOCESE ANGLICANA DE BRASILIA, IGREJA EPISCOPAL ANGLICANA DO BRASIL
– MANDATO POPULAR DEPUTADO FEDERAL RUBENS OTONI (PT-GO)
– COLETIVO DE ADVOGADOS E ADVOGADAS POPULARES LUIZ GAMA
– PASTORAL DA JUVENTUDE DO MEIO POPULAR
– DESENCARCERA GOIÁS
– CENTRO DE ESTUDOS BÍBLICOS- CEBI
– BLOCO ANTICAPITALISTA
– CONSELHO REGIONAL DE SERVIÇO SOCIAL – CRESS GOIÁS
– FÓRUM GOIANO EM DEFESA DOS DIREITOS DA DEMOCRACIA E DA SOBERANIA
– NUCLEO DE ESTUDOS E PESQUISAS SOBRE CRIMINALIDADE E VIOLÊNCIA DA UFG – NECRIVI
– MANDATO DO DEPUTADO ANTÔNIO GOMIDE
– FÓRUM DE DEFESA DOS DIREITOS DAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES DE GOIÁS
– MANDATO POPULAR DEPUTADA DELEGADA ADRIANA ACCORSI
– ASSIBGE SN GOIÁS – SINDICATO NACIONAL DOS TRABALHADORES DO IBGE EM GOIÁS
– OBSERVATÓRIO JUVENTUDES NA CONTEMPORANEIDADE
– CTB GOIÁS
– MANDATO VEREADORA AAVA SANTIAGO (PSDB)
– SOCIEDADE MARANHENSE DE DIREITOS HUMANOS – SMDH
– SINDICATO DOS TRABALHADORES FEDERAIS EM SAÚDE E PREVIDÊNCIA SOCIAL NOS ESTADOS DE GOIÁS E TOCANTINS – SINTFESP-GO/TO
– MOVIMENTO NACIONAL DA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA – GO
– CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE DE GOIÂNIA – CMS
– SINDICATO DOS PROFESSORES DO ESTADO DE GOIÁS – SINPRO GOIÁS

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Entrega de relatórios contendo dados detalhados a respeito do atual número de profissionais de educação ativos no setor privado de ensino do Estado de Goiás

O Sindicato dos Professores do Estado de Goiás (Sinpro Goiás), formalizou, na tarde de ontem (13), por meio de ofícios direcionados à Secretária de Educação do estado, senhora Fátima Gravioli, e ao Presidente do Conselho Estadual de Educação, senhor Flávio de Castro, a entrega de relatórios contendo dados detalhados a respeito do atual número de profissionais de educação ativos no setor privado de ensino do Estado de Goiás.

Estes relatórios, elaborados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE – regional Goiás), têm o intuito de servirem de ferramenta para a elaboração do plano estratégico de vacinação dos professores e administrativos escolares de nosso estado.

O Sinpro ainda reiterou o pedido de urgente e prioritário da vacinação contra a COVID- 19, dos destacados profissionais de educação, em razão dos graves números da pandemia sustentados em nosso estado, amplamente divulgados diariamente pelas autoridades em saúde.

Reafirmamos que é evidente não haver segurança do ponto de vista epidemiológico para a manutenção de atividades escolares presencias, sem que essa vacinação se concretize de forma integral entre os destacados profissionais, que merecem ser priorizados por conta da imprescindibilidade das atividades que exercem.

 

Leia os ofícios na íntegra abaixo:

Emprego Formal – Ensino Privado – Por Faixa Etária – Goiás – 2019
Emprego Formal – Ensino Privado – Goiás – 2019
Ofício Sinpro Goiás N 99-2021 – Conselho Estadual de Educação
Ofício Sinpro Goiás N 98-2021 – Secretaria de Estado da Educação

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Prioridade para profissionais da educação na vacinação!

O decreto da Prefeitura de Goiânia que entrou em vigor no dia 31 de março, liberou o retorno às aulas presenciais nas escolas da capital do estado. No entanto, apenas nas escolas particulares da capital, ao passo que as instituições públicas seguem com atividades remotas. É sabido que essa situação não ocorre apenas na capital, mas em diversas cidades de todo o estado de Goiás.

O aparente paradoxo escancara duas covardias. A primeira é que não há protocolo seguro para a volta às atividades escolares presenciais neste momento de alarmante recrudescimento da pandemia de Covid-19, uma vez que, se houvesse, ele valeria para todas as redes. A segunda é que a decisão está longe de expressar uma preocupação, como argumentam, com o direito à educação. Pelo contrário, o decreto é motivado pela pressão de donos de escolas, que colocam seus interesses econômicos acima de todos os direitos: à educação, mas também à saúde, à segurança e à vida.

Pela Constituição, tanto educação quanto saúde são deveres do Estado. Desamparar os estudantes da rede pública e jogar a responsabilidade sobre os do setor privado apenas para a decisão individual de suas famílias fere a garantia constitucional à educação como direito de todos. Submeter professores, auxiliares, estudantes das escolas particulares, bem como toda a comunidade escolar, a um alto risco de contágio e de morte, por sua vez, afronta diretamente o direito à saúde, também assegurado na Constituição.

É por causa desses dois direitos que o Sindicato dos Professores do Estado de Goiás – SINPRO GOIÁS defende e reivindica a vacinação imediata de todos os profissionais de educação escolar, da rede pública e do setor privado. Nenhum retorno às aulas presenciais é possível enquanto não houver vacina e condições sanitárias para assegurar a preservação da saúde de todos, sem que os lucros importem mais do que as vidas.

 

Participe do abaixo-assinado:

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Nota de pesar: Vanilza Batista Araújo

É com muita tristeza e imensa saudade que o Sindicato dos Professores do Estado de Goiás informa a todos/as que perdemos a nossa querida Vanilza Batista Araújo. Ela que estava internada, em estado gravíssimo, lutando pela sua vida e não resistiu. Foi informado pelo hospital que ela faleceu pelas consequências da Covid-19.

A história do Sinpro Goiás se confunde com a história da Vanilza. Uma pessoa incomparavelmente forte, zelosa, digna e amiga que o Sinpro Goiás teve a felicidade de ter no seu quadro cuidando de todos e todas, com amor inigualável, durante 40 anos. O Sinpro Goiás está em luto.

Manifestamos nossa solidariedade à Wanessa Batista Araújo e ao Frederico Batista Araújo, seus filhos, à toda família e aos/às amigos/as neste momento de imensa dor.

 

Diretoria do Sinpro Goiás.

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Assembleia Geral Extraordinária dia 09 de abril

Professora/Professor,

Espero que esteja bem e com saúde!

O momento atual pede união e ação! Por isso, no dia 09/04, próxima sexta-feira, às 16h, o SINPRO-GO convoca toda a categoria docente para participar de assembleia que tratará da seguinte pauta:

a) aprovação de medidas políticas e jurídicas a serem adotadas pelo Sinpro Goiás em caso de negativa das entidades patronais em renovar as convenções coletivas de trabalho (CCTs) e de assegurar reajustamento salarial até 1º de maio de 2021, data-base da categoria.

b) discussão e decisão acerca da paralisação das atividades docentes (greve), como último recurso, após esgotadas todas as medidas e alternativas de mediação judicial, política e administrativa, com o fim de garantir a incolumidade física e mental da categoria, exposta aos graves riscos de contaminação pelo Coronavírus.

c) discussão e aprovação de medidas políticas e jurídicas, a serem adotadas em defesa da vida plena, do emprego, e pela vacinação imediata dos professores.

O acesso à sala virtual se dará por meio de link de participação na Assembleia, o qual será encaminhado por e-mail, após o devido preenchimento de formulário disponibilizado neste endereço:

https://forms.gle/LXVyAoDikUsAuwKY6.

Sua participação é muito importante! Inscreva-se e ajude-nos a construir o debate e as melhores decisões.

Juntas e juntos somos muito mais fortes! Sinpro na luta com você!

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MANIFESTO EM DEFESA DA VIDA NAS ESCOLAS PRIVADAS DO ESTADO DE GOIÁS

No estado de Goiás, a desrazão e a cegueira voluntária, notadamente entre os proprietários e dirigentes de escolas particulares de nível básico, crescem na mesma proporção da pandemia do coronavírus. Lamentavelmente, aquelas e estas caminham- — melhor seria dizer galopam — de mãos dadas. Os dados e os fatos não deixam dúvidas.

O número de infectados pela Covid-19 chega a quase meio milhão, sendo 479 mil até o dia de hoje, ao passo que o número de óbitos dela decorrente ultrapassa 11 mil e a taxa de ocupação hospitalar em UTIs, nos hospitais públicos e privados, é de 95%. O mais desalentador é que esses números catastróficos não dão sinais de arrefecimentos. Ao contrário, sinalizam crescimento vertiginoso.

Com exceção daqueles que voluntariamente optaram pelo que se convencionou chamar de negacionismo, há consenso, fundado na ciência, e não nas trevas, sobre a absoluta necessidade de não se permitir aglomerações de pessoas e de se manter e ampliar o isolamento social, até que toda a população esteja imunizada, com duas doses de vacina; — o que, no ritmo atual, somente será alcançado daqui a muitos meses, pois o percentual de vacinados no estado de Goiás não chega a 7% da população de 6,5 milhões de habitantes.

Pois bem! É nesse cenário de calamidade crescente que a insensatez, a estupidez e a ganância das escolas privadas de nível básico ecoam, ganhando dimensão dramática, uma vez que, de costas para ele, propositadamente insistem na retomada das atividades pedagógicas presenciais, pouco se importando com a tragédia que dela poderá advir.

Esse voo cego — parafraseando o governador de Goiás, médico Ronaldo Caiado, sobre a nova onda da Covid-19 —, segundo o censo escolar de 2018, representa a circulação e a aglomeração de nada menos que 281.686 alunos; 15.921 professores; e 1.136 estabelecimentos de ensino, se todas retornarem. Isso sem sequer se saber qual o percentual, dentre professores, que tomou ao menos a primeira dose da vacina, se é que algum já a tomou.

Importa dizer: essa aventura, que tem todo potencial para se converter em gigantesca desventura, reveste-se da condição de colossal disseminadora do vírus e, portanto, de contaminação e óbitos.

À luz da ciência, mostra-se impertinente o surrado argumento de que todos estabelecimentos de ensino seguem à risca o protocolo de biossegurança, posto que, mesmo que seja verdadeira essa assertiva, o que é de duvidosa veracidade, isso, muito embora imprescindível, não é bastante para impedir a disseminação do vírus — o que, repita-se, só se dá pelo isolamento social e pela vacinação em massa.

A Fitrae-BC, o Sinpro Goiás, o Sinpror, o Sinteea e o Sinterv, em defesa da incolumidade física, mental e do bem-estar dos trabalhadores a quem têm o dever de bem representar, vêm envidando todos os esforços ao seu alcance, com vistas a assegurar a suspensão das atividades pedagógicas presenciais, até que haja o mínimo de segurança para todos quantos integram o ambiente escolar. Infelizmente, até agora, sem nenhum êxito, por absoluta indisposição dos proprietários, dirigentes e representantes de escolas.

Com esse objetivo, ajuizaram, ao final de fevereiro último, o dissídio coletivo de natureza jurídica — processo N. 00144-75.2021.5.18.0000 —, que já ensejou três audiências de conciliação, nos dias 9,18 e 29 de março corrente.

Nessas audiências, não obstante o empenho e a insistência do vice-presidente do TRT 18, desembargador Geraldo Rodrigues do Nascimento, e do procurador do MPT, José Marcos Abreu Rocha, os representantes das escolas, de nível básico e superior, sequer se dispuseram a abrir o diálogo com esse propósito. Fecharam-se em copas, por assim dizer, nada admitindo que não fosse o retorno às aulas presenciais.

Diante de tudo isso, e ante a perspectiva de algum surto de bom-senso das escolas, a vacinação imediata de todos os profissionais de educação escolar é medida sanitária que se impõe e que não comporta qualquer postergação, sem que isso se configure qualquer corporativismo e/ou contorno da fila de prioridade.

Com essa sadia finalidade, conclamamos todos quantos defendem a vida saudável a cerrarem fileira conosco, na busca da imediata consecução dessa bandeira, de longo espectro social.

Frise-se, desde logo, que essa emergencial campanha não importará a desistência das entidades de buscar a suspensão das atividades pedagógicas presenciais até que haja o mínimo de segurança social, seja pela via negocial, seja pela judicial, ou mesmo por outros instrumentos legítimos de luta das entidades sindicais.

Confira a nota na íntegra:

Manifesto em Defesa da Vida nas Escolas Privadas do estado de Goiás

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Brasil está longe de volta segura às aulas, diz epidemiologista

A coordenadora do Laboratório de Epidemiologia da Universidade Federal do Espírito Santo, Ethel Maciel, afirmou, nesta segunda-feira, 29, que estudos científicos apontam que as crianças têm uma carga viral de coronavírus semelhante à dos adultos e que lockdown (bloqueio total ou confinamento) com escolas fechadas é o meio mais eficiente de conter o avanço da pandemia. A afirmação foi feita durante Audiência Pública Extraordinária da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.

Ela citou estudo publicado na revista Science, que analisou a resposta de 41 países à pandemia. O lockdown com escolas fechadas ou salas com menos de 10 pessoas foram as medidas mais eficientes para deter a Covid-19.

Ethel, que também preside a Rede Brasileira de Pesquisa em Tuberculose (REDE-TB), informou sobre o inquérito sorológico feito no Espírito Santo com 1.693 crianças e jovens de até 22 anos que mostrou que a incidência do vírus nesta amostra aleatória foi de 6%, pouco menor que a verificada em adultos, de 9%. O levantamento apontou que 35,3% dos estudantes estavam assintomáticos. Os sintomas de maior relevância foram a tosse e a perda de olfato. “Ou seja, a medição da temperatura não se mostra uma barreira eficaz porque apenas 26% tinham este sintoma”, analisou.

A especialista considera que a medida mais eficaz é o distanciamento físico seguido de barreiras técnicas como filtros de ar. “A gente precisa mensurar o CO2 desta sala. Porque pode ser que numa sala eu possa colocar 30 e em outra eu não posso colocar nem 10. Isso varia dependendo da ventilação e do tamanho da sala”, alertou.

O governo brasileiro, segundo ela, não investiu nessa tecnologia, apostando mais em medidas que viriam depois na escala de prevenção, como os protocolos de segurança e os equipamentos de proteção individuais. Considerou que o país está longe de uma volta segura às aulas de acordo com critérios divulgados pela própria Fiocruz. Um deles é o índice de transmissão de até 0,5 (cada 100 infectados transmitindo para menos de 50 outras pessoas). Hoje esse índice é maior que 1.

Na audiência, o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo, culpou o governo pelo descontrole no combate à pandemia no Brasil. “Estamos perdendo colegas professores, funcionários da Educação, dirigentes sindicais, por conta dessa imposição de retorno às atividades presenciais sem a segurança necessária.” Ele criticou o veto do presidente Jair Bolsonaro ao projeto de lei que garantia acesso à internet aos alunos e professores das escolas públicas (PL 3.477/20).

Falaram também na audiência o diretor da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (empresarial), Paulino Pereira; Rozana Barroso, presidenta da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes); Jerônimo Rodrigues, secretário da Educação da Bahia e representante do Conselho Nacional de Secretários de Educação (CONSED); Stella Magaly Salomão Correa, secretária de Articulação da União Nacional dos Dirigentes Muncipais de Educação (UNDIME) e presidente da UNDIME/RJ, além de parlamentares (Professora Rosa Neide, PT-MT; Alice Portugal, PCdoB-BA; Danilo Cabral, PSB-PE; Reginaldo Lopes, PT-MG; General Peternelli, PSL-SP; Luciani Carminatti, PT-SC).

Carlos Pompe com Agência Câmara de Notícias.

Íntegra da reunião:

https://www.camara.leg.br/evento-legislativo/60770