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Adilson Araújo: Classe trabalhadora na berlinda, a degola começou

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Com menos de uma semana da aprovação da Reforma Trabalhista, milhares de brasileiros e brasileiras se encontram no fio da navalha com a onda de lançamento de planos de demissão voluntária em diversos ramos de trabalho pelo país.

 

Por Adilson Araújo*

O que empresários chamam de primeiras ações do pacote da reforma trabalhista conta a crise é uma releitura do que aconteceu nos anos 1990, “demissões voluntárias”. Um tipo de demissão velada que coloca na berlinda a classe trabalhadora. E como isso funciona?

O empresário determina ou você “adere” ao desligamento da empresa. E para camuflar ao trabalhador é oferecido um prêmio: peça pra sair e ganhe 1 salário adicional.

A façanha de Temer com a reforma trabalhista indica que até o final deste ano acumularemos 20 milhões de brasileiros desempregados.

À Delfim Netto, o governo interpreta os números a seu favor. Os mais recentes dados sobre o mercado de trabalho mostram que o desemprego parou de aumentar. Boa notícia? Nem tanto.

Já que nesta conta o governo não coloca os números da precarização e a desistência da busca por trabalho. E isso pode ficar pior. O projeto de Temer pode tirar o país de um cenário de crise conjuntural e conduzi-lo a um cenário de crise estrutural.

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) são claros, em junho, houve forte desaceleração na geração de emprego em relação a maio, quando a criação de vagas com carteira assinada superou as demissões em 34.253 em postos.

A conta é simples. O Brasil encerrou o primeiro semestre deste ano com um saldo 67.358 mil vagas, uma expansão de 0,18% em relação a dezembro de 2016. Apesar disso, entre junho de 2016 e junho de 2017 o saldo para o mercado de trabalho é negativo, com a demissão de 749.060 trabalhadores com carteira assinada.

Dos que defenderam a proposta de reforma com o discurso que seriam gerados mais empregos, já anunciaram pacotes de milhares de demissões: BRADESCO, CAIXA, PETROBRÁS, ELETRONORTE e CORREIOS.

Somente, em junho, o setor industrial em São Paulo podou 9,5 mil empregos. Outros setores como a construção civil (menos 8.963 postos); a indústria de Transformação (menos 7.887 postos); Serviços (menos 7.273 postos); e Comércio (menos 2.747 postos). Um recuo de 37.370 mil postos de trabalho em todo o país.

Ou seja, o resultado comemorado pela gestão Temer e que encontra eco em análises falaciosas da imprensa nacional é pura interpretação cosmética da realidade difícil que se instala no Brasil, sobretudo após a aprovação da reforma trabalhista.

*Adilson Araújo é presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) 

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Horário de Funcionamento nas Férias de Julho/17 – SINPRO GOIÁS

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Prezados Professores (as), Contabilidades e Escolas,

Comunicamos que, durante este mês de JULHO/2017, o horário de funcionamento do Sindicato dos Professores do Estado de Goiás, será das 08:00 às 17:00.

Maiores informações, entrar em contato pelo telefone: (62) 3261-5455.

Boas Férias!!!!

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Merecido descanso

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Salão de festas

As férias estão chegando e muitos (as) professores (as) por um motivo ou outro não poderão viajar e por que não curtir o Clube Campestre? Com uma estrutura completa e aconchegante o clube conta com piscinas para adultos e crianças, saunas, quadra de esportes, churrasqueira, parquinho e cozinha coletiva.

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Parte interna do salão de festas

 Localizado na saída para Inhumas, com entrada exatamente no Km 6 da Rodovia GO 070, na Rua São Geraldo, Parque Maracanã, em Goiânia, o clube está à disposição de seus associados, de quinta a domingo, das 8h às 17h.

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Cozinha coletiva

Convidados também podem usufruir de sua estrutura desde que esteja acompanhado por um sócio. A taxa cobrada para visitantes é de 10 reais. Os associados poderão levar até cinco convidados, incluindo crianças de até 10 anos, podendo permanecer no local enquanto estiverem acompanhados de seu anfitrião.

 

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Piscinas (adulto e infantil)

Para aqueles sócios que desejam promover alguma comemoração no ambiente, informamos que os eventos podem acontecer somente nos fins de semana (um por vez). Para isso é necessário o agendamento com pelo menos cinco dias de antecedência. A lista deve conter no máximo 40 convidados e pode ser fornecida na portaria do clube antes do evento.

 

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Piscina adulto

Atendendo a recomendações da Vigilância Sanitária informamos também que não fornecemos utensílios de cozinha, portanto é necessário levar de casa. Também não é permitida a entrada com bebidas, já que podem ser adquiridas no local.

Jor: ELEN AGUIAR

Assessoria de Comunic. e Marketing Sinpro Goiás

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Cinismo patronal e denúncia de sindicalistas marcam debate sobre Reforma Trabalhista

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Enquanto representantes do patronato e dos trabalhadores debatiam o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 38/2017, da Reforma Trabalhista, dia 27, em Audiência Pública, o presidente do Senado recebeu uma comissão patronal favorável à reforma. No mesmo dia, foram apresentados mais dois votos em separados contra a reforma e um favorável, mas propondo modificações – o que o leva de volta à Câmara.

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), recebeu o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e coordenador da União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs), Honório Pinheiro, acompanhado de representantes do setor, que pediu a aprovação da Reforma Trabalhista. A Unecs é formada por sete entidades que, juntas, respondem por mais de 15% do PIB brasileiro, 22 milhões de empregos formais, um faturamento de R$ 1 trilhão, 65% das operações de cartões de crédito e débito e 83,7% das vendas da indústria de alimentos e bebidas.

Eunicio adiantou que espera que o projeto seja aprovado na CCJ nesta quarta-feira, 28, e siga em regime de urgência para o Plenário do Senado, onde ele tem o compromisso de pautar a matéria para votação até o fim deste semestre. Defendendo o que parece ser uma fachada democrática para a imposição dos ditames patronais, disse que “democraticamente, garanti o debate da reforma em três comissões do Senado e fiz duas sessões temáticas no Plenário para que todos pudessem manifestar sua opinião. Agora, a pauta do Plenário sou eu quem faço”.

Como escreveu certa vez Machado de Assis: “Pode ser que haja nesta confissão uma ou duas gramas de cinismo”. O Bruxo do Cosme Velho considerava o cinismo “a sinceridade dos patifes”, que pode contaminar uma consciência “do mesmo modo que o bicho pode roer os mais sublimes livros do mundo”.

 

Os argumentos não ouvidos

A oposição conseguiu garantir a realização de duas audiências públicas no dia 27, onde foram expostos argumentos favoráveis e contrários à Reforma Trabalhista.

O relator do projeto na Câmara, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), considerou “a rigidez” da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) responsável pela existência de 90 milhões de trabalhadores que não conseguem formalização no mercado. Ele propõe como solução a regulamentação do home office (trabalho em casa) e do trabalho intermitente, incluídos do PLC. Recorreu à defesa que do trabalho intermitente fazem os patrões da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, mas silenciou sobre as críticas dos sindicalistas do setor.

Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembrou que a livre negociação só pode ser concebida num ambiente de equilíbrio das forças que negociam, numa conjuntura de pleno emprego, estabilidade econômica e política. “Tudo o que não existe hoje”, disse. Denunciou que, na construção da Reforma Trabalhista, “os trabalhadores – parte fundamental no projeto – não têm voz, quanto mais negociação”.

A advogada Christina Aires Correa, falando pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), disse que o argumento de que as relações de trabalho (entre patrões e empregados) são desiguais não é reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e que a Constituição garante força para os sindicatos (que  têm sua ação e base de sustentação golpeados pelo projeto).

Também o juiz do Trabalho Rodrigo Dias considerou que a CLT “penaliza” o trabalhador. Mas o procurador-geral do Trabalho Ronaldo Fleury refutou que texto da Reforma torna o trabalhador uma espécie de “ser humano de segunda classe”, justamente por retirar direitos previstos pela CLT.

Sobre o trabalho intermitente, Fleury disse poderá resultar em nenhum pagamento ao trabalhador, ao condicioná-lo à necessidade do serviço efetivar-se ou não nos termos previamente contratados. Ele informou que a primeira empresa a contratar trabalhadores no Brasil com base na jornada intermitente foi o McDonalds, o que depois caiu judicialmente, e agora essa companhia busca por meio da reforma trabalhista legalizar esta forma de contratação.

Outra voz que se levantou enfaticamente contrária ao projeto foi a da ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Delaide Alves Arantes, que começou sua fala resgatando sua própria biografia, de mulher que começou sua vida profissional como empregada doméstica e há 7 anos chegou ao posto de ministra do Trabalho. Ela destacou diversos pontos em que a proposta fere a constitucionalidade, mas grifou que a principal questão é a criação de dispositivos que dificultam o acesso à Justiça do Trabalho.

Adilson Gonçalves de Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil (CTB) disse não aceitar que “direitos da classe trabalhadora sejam anulados e que isso seja tratado como uma normalidade. Precisamos de um pacto para salvar o país, e não será destruindo direitos e a Previdência  que faremos isso. A defesa de uma matéria tão restritiva, tão nociva, que acaba com o pacto social de 1988, não oferecerá outra coisa senão um futuro de escravidão”.

Ângelo Fabiano Farias da Costa, presidente da Associação Nacional do Procuradores do Trabalho (ANPT), afirmou que a reforma “é frontalmente inconstitucional”. Segundo ele, gestantes e lactantes trabalharem em ambientes insalubres “é uma grosseria, um atentado à Constituição, é uma perversidade”.

Antônio Galvão Peres, professor da Fundação Armando Álvarez Penteado (FAAP – SP), considerou estar havendo um “debate pelos extremos” e afirmou que o projeto não fere a Constituição. Admitiu que “pode haver fraude no trabalho intermitente”, mas que confia que isso não ocorrerá. Segundo ele, o tempo médio de permanência do trabalhador no emprego é de, em média, apenas 2 anos. “Isso é bom, funciona? Por isso é necessário este projeto, que traz segurança jurídica”. Defendeu que a análise seja feita “por suas intenções, e não pela possível fraude”.

Ulisses Borges de Resende, representando o Partido Socialista Brasileiro (PSB), anunciou o posicionamento de seu Partido contrário à Reforma Trabalhista. “Ela é uma ponte para o passado, leva ao caos social, à livre negociação entre partes desiguais”, disse.

Marlos Augusto Melek, juiz do Trabalho da 9ª Região (Curitiba-PR), defendeu a reforma, afirmando que serão beneficiados pequenos e médios empresários e contrapôs, como exemplo, que todo caminhoeiro contratado gostaria de ser autônomo, “e ter o seu caminhãozinho, mas a legislação trabalhista o impede”. Considerou o trabalho intermitente “uma porta de entrada para o registro em carteira”. Citou a si mesmo como exemplo: “Comecei a trabalhar com 14 anos, comprei minha empresa com 20 e a vendi com 30”, quando entrou no serviço público. Considerou o “trabalho em tempo especial, em meio expediente, uma maravilha”.

O presidente da Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra), Guilherme Guimarães Feliciano, disse que o projeto tem dispositivos que contrariam frontalmente o art. 7º da Constituição, que trata dos direitos sociais dos trabalhadores urbanos e rurais. Para o juiz, a flexibilização de direitos prevista no projeto vai ser negociada sempre em prejuízo do trabalhador.

 

Votos em separado

A CCJ recebeu mais três votos em separado (relatórios alternativos) ao PLC 38/2017. Dois deles, das senadoras Lídice da Mata (PSB-BA) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), defendem a rejeição completa do projeto. O terceiro, do senador Lasier Martins (PSD-RS), é favorável, porém remove dispositivos do texto. Já estavam na comissão os votos dos senadores Eduardo Braga (PMDB-AM) e Paulo Paim (PT-RS), ambos contrários à proposta.

Todos os votos em separado serão lidos na sessão desta quarta-feira antes da votação do projeto. Após receber o parecer da comissão, ele seguirá para o Plenário do Senado.

O líder do PMDB, Renan Calheiros (PDMB-AL), disse que o governo não pode obrigar o Senado a votar “da noite para o dia” a reforma trabalhista. “Precisamos de uma reforma trabalhista que atualize a legislação e de uma reforma das aposentadorias que viabilize a Previdência Social para a próxima geração”, afirmou. Ele pediu uma reunião de líderes para esta quarta.

 

Carlos Pompe, da Contee

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Associada aprova Rock no Clube

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A profa. Ana Carolina Cavalcante Lima, da Escola Pequeno Aprendiz, estava entre os presentes no Rock no Clube, que aconteceu neste sábado, 24/06, no Clube do Professor.

Associada há 7 anos, Ana Carolina disse que quase todo final de semana está no Clube. “Fiquei sabendo do evento porque me mandaram um email e eu gosto muito de rock, trouxe meu esposo e um casal de amigos nosso pra prestigiar e com certeza quem não veio perdeu”, comentou.

 

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A professora elogiou o evento e ressaltou a importância de ações como esta do sindicato. “A banda está de parabéns! A iniciativa do sindicato foi muito legal! Eu penso que pelo menos uma vez por mês deveria ter porque seria uma forma de atrair mais os professores pra cá, porque são muitos associados e acaba que não vem porque não tem um atrativo muito interessante e show com certeza vai atrair muita gente”, destaca.

Além da apresentação dos músicos, o Clube disponibilizou 16 churrasqueiras, para quem quisesse preparar seu próprio churrasco, e aqueles que preferiram comprar na hora, um churrasqueiro vendeu espetinho com mandioca. O bar do clube comercializou cervejas (Skol e Antártica), refrigerantes (Coca-Cola, Fanta e Guaraná), água mineral, suco de caixinha e salgadinhos chips. Após este evento, o clube também irá vender porções todos os dias que estiver em funcionamento.

 

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Por

Elen Aguiar

Assessora de Comunicação do SINPRO GOIÁS

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Rejeição à reforma trabalhista é de 95,78%

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A página do Senado Federal, através do e-Cidadania, realizou uma consulta pública. Até a última sexta-feira (23), a página computava uma imensa rejeição à reforma trabalhista. Votaram 135,2 mil pessoas. Destas, 129,5 mil (95,78%) se manifestaram contra a proposta de Temer. Somente 5,7 mil (4,22%) votaram favoráveis ao PLC 38.

Vote também no e-Cidadania: clica aqui.

Ecoar no Senado a voz dos trabalhadores vinda das ruas

A votação do tema na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), quando a oposição e os trabalhadores impuseram uma derrota a Temer, demonstra que a força da classe trabalhadora, vinda das grandes manifestações, pode ecoar no Congresso Nacional, para derrubar a reforma trabalhista, tanto na CCJ, quanto no Plenário.

Por isso, a vigília no Senado amanhã (27) e quarta-feira (28), com a pressão aos senadores nos estados para convencê-los a votar em favor da classe trabalhadora e denunciar os parlamentares que se posicionam contra os trabalhadores e trabalhadoras é fundamental.

Empenhar todos os esforços para realizar uma gigantesca greve geral do dia 30 de junho é tarefa prioritária para que a voz da classe, advinda das ruas, ecoem no Congresso Nacional e derrubem a reforma que pretende acabar com direitos trabalhistas.

De Brasília, Sônia Corrêa – Portal CTB

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Após contato com SINPRO GOIÁS, O Popular publica matéria sobre demissões que ferem direito do professor

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Nesta quinta-feira, o Jornal O Popular, entrou em contato com o Departamento de Comunicação do Sindicato dos Professores do Estado de Goiás- SINPRO GOIÁS, após obter conhecimento sobre a convocação que o sindicato fez aos professores do Colégio Podium. A convocação despertou a atenção sobre a existência de uma crise no setor educacional que afeta diretamente os professores das instituições particulares de ensino.

Em entrevista concedida ao jornal, o presidente do SINPRO GOIÁS, Prof. Railton Nascimento Souza, apresentou dados sobre o número de demissões sem justa causa, relatou a realidade vivida pelo professor demitido e explicou o posicionamento do sindicato a respeito. Confira abaixo  link e imagem da matéria publicada pelo jornal nesta sexta-feira, 23/06.

 

 

Crise financeira aperta para escolas particulares em Goiás – Jornal O Popular
Veja mais em: http://www.opopular.com.br/editorias/economia/crise-financeira-aperta-para-escolas-particulares-em-goi%C3%A1s-1.1297846#code=hco3npLJytT9uCeOx87WbMrAV1J85IcuvcYrg6AtVzg.b44790d4-36c6-45e8-9c0b-864e2363c72b

 

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Por  

Elen Aguiar

Assessora de Comunicação do SINPRO GOIÁS

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SINPRO GOIÁS E SEPE ASSINAM CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO 2017-2019, concluindo o processo negocial 2017

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Iniciamos o processo negocial com os Sindicatos Patronais ainda em dezembro de 2016 quando enviamos nossa pauta reivindicatória para garantirmos a antecipação do reajustamento salarial. Em meio à crise política/econômica, às pressões de um governo Temer que se coloca como inimigo da classe trabalhadora ao querer impor as lesivas Reformas da Previdência e Trabalhista além da Terceirização ilimitada, o Sinpro Goiás fechou o primeiro acordo de reajustamento salarial e de renovação da Convenção Coletiva (CCT 2017-2019) com o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de Goiás – Sinepe.

Conquistamos 6% no reajuste salarial e 7% no piso salarial que passou a valer R$12,09 para os professores de Aparecida de Goiânia e R$11,62 para os professores das demais cidades do interior do estado, com antecipação para 1º de Março em 2017, uma vez que nossa data base é 1° de maio.

Depois de duros embates e debates que se arrastaram por todo o mês de março de 2017, Sinpro Goiás e o Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Educação Superior do Estado de Goiás (Semesg) renovaram a Convenção Coletiva 2017-2019, que garantiu o reajustamento salarial com antecipação de 80% do INPC ao 1º de abril, acumulado até março de 2017 bem como a complementação dos demais 20% ao índice INPC ao 1° de maio, com base no índice acumulado até abril de 2017.

Conquistamos com o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino de Goiânia – Sepe, reajustamento salarial também ao índice de 6% e de 7% no piso salarial que passou para R$ 12,11 antecipado ao 1° de março em 2017. O Sinpro Goiás e o Sepe estenderam o debate sobre o texto da CCT até o maio. Depois de muitas conversações, embates e busca de entendimento, os dois sindicatos renovação a Convenção Coletiva preservando os direitos dos professores, tais como férias integrais e ininterruptas a serem gozadas obrigatoriamente em julho, desconto para filhos de professores podendo chegar a 88%, multas por atraso salarial, horas-extras, estabilidade dos últimos 24 meses que antecedem a aposentadoria entre outros.

Diante de um contexto de absoluta insegurança política e conflito social que só se agravam por causa dos mais vexatórios escândalos de suspeição de atos de corrupção e de outros crimeS praticados pelo ilegítimo presidente Michel Temer segundo o que apontam as delações da JBS e as investigações do MPF, os sindicatos patronais e o Sinpro Goiás, salvadas suas posições e interesses antagônicos de classe, deram uma importante lição de cidadania ao assinarem a renovação das Convenções Coletivas sem retirar direitos dos trabalhadores, mesmo diante da pressão do contexto de reformas aviltantes e de retrocessos que só têm agravado a crise econômica e política do Brasil.

É fundamental, agora, que cada professor e professora estude e conheça sua Convenção Coletiva de Trabalho, conjunto fundamental dos seus direitos. Ajude seu sindicato denunciando qualquer desrespeito à sua CCT e saiba que foi com muita luta e esforço que os direitos nela consolidados foram conquistados.

 

Professor Railton Nascimento Souza

Presidente do Sinpro Goiás

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A Convenção Coletiva de Trabalho é uma conquista histórica dos professores e das professoras!

Valorizar e defender os direitos nela consolidados é nosso dever!

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Cada direito fundamental, assegurado ao exercício da cidadania, seja ele individual e/ou coletivo, traz consigo a marca de intensas e árduas lutas, que, sem exceção, encerra dezenas de anos e, não raras vezes, séculos de marchas e contramarchas, até que se consagre como efetivo e exigível.

No campo dos direitos fundamentais sociais, merece especial destaque a Constituição Mexicana de Queretáro, de 1917, a primeira a consagrá-los, o que a imortalizou, pois, no seu Art. 123, garantiu as principais reivindicações de todos os trabalhadores, em âmbito mundial, secularmente empunhadas, tais como: a jornada diária de 8 horas; a jornada máxima noturna de 7 horas; a proibição do trabalho de menores de 12 anos; a limitação da jornada de menor de 16 anos para 6 horas; o descanso semanal; a proteção à maternidade; o direito ao salário mínimo; a igualdade salarial; a proteção contra acidentes no trabalho; o direito de sindicalização; o direito de greve; e o direito à indenização de dispensa e seguros sociais.

No Brasil, esses direitos começaram a tornar-se realidade a partir da Constituição de 1934- a primeira com matiz democrático e a mais breve de todos, com vigência de apenas três anos-, consagrando, em seu Art. 121:

Art 121 – A lei promoverá o amparo da produção e estabelecerá as condições do trabalho, na cidade e nos campos, tendo em vista a proteção social do trabalhador e os interesses econômicos do País.

  • 1º – A legislação do trabalho observará os seguintes preceitos, além de outros que colimem melhorar as condições do trabalhador:
  1. a) proibição de diferença de salário para um mesmo trabalho, por motivo de idade, sexo, nacionalidade ou estado civil;
  2. b) salário mínimo, capaz de satisfazer, conforme as condições de cada região, às necessidades normais do trabalhador;
  3. c) trabalho diário não excedente de oito horas, reduzíveis, mas só prorrogáveis nos casos previstos em lei;
  4. d) proibição de trabalho a menores de 14 anos; de trabalho noturno a menores de 16 e em indústrias insalubres, a menores de 18 anos e a mulheres;
  5. e) repouso hebdomadário, de preferência aos domingos;
  6. f) férias anuais remuneradas;
  7. g) indenização ao trabalhador dispensado sem justa causa;
  8. h) assistência médica e sanitária ao trabalhador e à gestante, assegurando a esta descanso antes e depois do parto, sem prejuízo do salário e do emprego, e instituição de previdência, mediante contribuição igual da União, do empregador e do empregado, a favor da velhice, da invalidez, da maternidade e nos casos de acidentes de trabalho ou de morte;
  9. i) regulamentação do exercício de todas as profissões;
  10. j) reconhecimento das convenções coletivas, de trabalho..”.

Desde então, descortinaram-se novas perspectivas para os trabalhadores brasileiros, na sua perene e desigual luta contra a exploração do capital, notadamente, com o reconhecimento das convenções coletivas de trabalho, que se revestem de relevante instrumento de ampliação dos direitos reconhecidos legalmente.

A partir do advento da Constituição Federal (CF) de 1988, a primeira a, efetivamente, erguer os alicerces para a construção da Ordem Democrática- hoje, alvo maior do consórcio do mal, formado  pela Presidência da República, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal, que não medem esforços para destruí-la-, as convenções coletivas foram erigidas, pelo seu Art. 7º, inciso XXVI, à elevada estatura de instrumento maior de segurança dos trabalhadores, desde que sejam obedecidos os comandos estabelecidos no caput,   consubstanciados na garantia de que  visem à melhoria da condição social dos trabalhadores abrangidos.

Essa garantia encontra-se sob a forca do Projeto de Lei da Câmara (PLC) N. 38/2017, em tramitação no Senado, tendo por escopo a perversa inversão dos comandos constitucionais, ou seja, transformar as convenções e acordos coletivos de trabalho, e instrumentos de ampliação de direitos, para a de redutores de direitos, ao patamar anterior à Constituição de 1934.

Como é do conhecimento de todos os integrantes da categoria de professores, o Sinpro Goiás, há décadas, firma com os sindicatos das escolas convenções coletivas de trabalho, que, apesar de modestas, asseguram-lhes condições de trabalho mais benéficas do que a CLT e as demais normas trabalhistas.

Pelo simbolismo desses instrumentos coletivos e pelas garantias que contém, a sua intransigente defesa constitui-se em dever inarredável de todos os professores. Para tanto, devem estar sempre vigilantes na defesa de seu fiel cumprimento, não transigindo com nenhuma de suas garantias nem tolerando qualquer inobservância de qualquer uma delas, em hipótese alguma.

Quando se descumpre uma só cláusula que seja, das referidas convenções coletivas, mesmo que isso só acarrete prejuízo direto a apenas um professor, toda a categoria é desrespeitada, pois  que, aqui, aplica-se, obrigatoriamente, a metáfora de Gregório de Matos, segundo a qual, “ O todo sem a parte não é todo,

A parte sem o todo não é parte,

Mas se a parte o faz todo, sendo parte,

Não se diga, que é parte, sendo todo”.

A vigilância deve começar pelas férias coletivas, que, são de 30 dias ininterruptos, sendo obrigatórias para o mês de julho, no Município de Goiânia. Para de cada um e, em especial de todos, nenhum professor, em hipótese alguma, pode concordar com o trabalho no mês férias, ainda que possa parecer financeiramente vantajoso, pois, o que está em questão é o direito ao descanso, sem o qual o trabalho fica insuportável.

Muito cuidado, professores! Como diz a velha metáfora mineira, cesteiro que faz um cesto, faz um cento, aplicando-a à vigilância da CCT, pode-se afirmar: quem fecha os olhos para uma irregularidade, que implique descumprimento de norma protetiva, fecha-os para todos quantos forem de interesse patronal.

 

Sindicato dos Professores do Estado de Goiás