Categorias
Atualidades Destaques Recomendadas

Preparar manifestações fortes e amplas para o dia 10

SINPROGOIAS - PARALISAÇÃO0001

 

O maior retrocesso da história da legislação trabalhista – o seu fim! – está para ocorrer no dia 11 de novembro. Em resposta a esse ataque do Governo Temer e sua base parlamentar a serviço do grande patronato, as entidades sindicais se uniram para realizar um grande protesto nacional, no próximo dia 10. Será o Dia Nacional de Mobilizações, Greves e Paralisações em Defesa dos Direitos e contra a Reforma Trabalhista, da Previdência e o Trabalho Escravo. A Contee foi uma das primeiras entidades a convocar essa manifestação e atuou junto às centrais sindicais para que se unissem em torno dessa luta vital para os assalariados brasileiros.

O Brasil foi o último país do mundo a pôr fim à escravidão legal e, mais de 100 anos depois, está em vias de ser o primeiro a liquidar com qualquer proteção aos direitos dos trabalhadores. Daí a urgência dos dirigentes e ativistas sindicais conversarem com as categorias – no nosso caso, todos os trabalhadores em estabelecimentos de ensino – e os conhecidos para explicar o desmantelamento a que estão sendo submetidas nossas conquistas e a necesssária luta por nossos direitos, antes nunca ameaçados nesta proporção nem, durante a ditadura militar!

Reuniões nas escolas, panfletagens, diálogo com os pais e os alunos são tarefas urgentes para mostrar que inclusive os direitos deles – como trabalhadores e como estudantes que merecem uma educação de qualidade e que os prepare para a vida em sua amplitude – estão sendo corrompidos pelo governo ilegítimo de Temer, seus mantenedores e seus aliados.

No dia 10, realizaremos manifestações e as mais variadas e amplas formas de protesto. Vamos denunciar o verdadeiro caráter desse governo golpista: antipovo, antitrabalhadores, antidemocrata, antinação. Mostraremos que não aceitamos esses retrocessos e nossa luta será permanente contra as privatizações, o desemprego, a precarização do trabalho, a escravidão e o desmonte das conquista sociais.

Adiante, companheiros! Vamos contruir uma grande manifestação. Nos encontraremos nas praças, nas ruas, nas lutas.

 

Gilson Reis, coordenador-geral da Contee

Categorias
Atualidades Destaques Institucional Recomendadas

Quinta rodada classifica times para semifinal da Copa Sinpro Goiás 2017/2

SINPROGOIAS - COPA SINPRO 28-100001

 

Por

Elen Aguiar

Assessora de Comunicação do Sinpro Goiás

 

A quinta rodada da Copa Sinpro Goiás 2017/2 começou com susto para o time de professores do Araguaia, que por muito pouco não perderam a rodada por W.O na disputa contra o PSG. O segundo jogo do dia entre Universo e Degraus teve placar equilibrado. Os times já saíram dessa rodada classificados para a semifinal que terá Araguaia, Degraus, Universo e PSG.

Por apenas dois minutos os docentes do Araguaia não perderam o jogo por W.O favorável ao PSG devido ao atraso de integrantes no cumprimento do horário programado para o início do jogo. Essa situação fez com que a equipe do Araguaia entrasse em campo ainda desajustada, mas no decorrer da partida conseguiu se equilibrar e vencer o PSG por 6 x 1.

SINPROGOIAS - COPA SINPRO 28-100002

Rychard Sartorato, jogador do Araguaia, considera que o desempenho de sua equipe tem sido positivo. “O jogo foi bom, a gente conseguiu fazer o que a gente veio proposto a fazer que é ganhar o jogo com um placar um pouco largo, a gente conseguiu fazer para aproveitar um pouco o tempo de recesso até a próxima fase que é a fase final para poder acertar o que a gente erro aqui hoje , que acabamos tomando dois gols e na  fase final é muito importante que não tomemos gols”, explica.  Sobre o W.O, Rychard analisa que houve falta de comunicação entre seu time. “Faltou comunicação entre nós essa semana e quase que a equipe perde por W.O o que seria muito ruim porque é um jogo muito importante, pre fase final, então é acertar algumas coisas no time para a fase final, mas ainda bem que deu certo e o pessoal conseguiu chegar a tempo e a gente conseguiu jogar”, ressaltou.

 

SINPROGOIAS - COPA SINPRO 28-100003

A segunda disputa do dia foi equilibrada até o final do segundo tempo.  Universo e Degraus disputaram lance por lance e lutaram com raça para virar o placar que se mantinha empatado, após um gol polêmico do Universo, em que o goleiro fez a defesa, entretanto tirando a bola detrás da linha do gol. Ao final Degraus conseguiu virar o placar com resultado final de 4 x 3.

Rhui Ferreira, jogador do Degraus, acredita que seu time está no caminho certo para obter bons resultados. “Nosso time sempre continua tentando jogar da mesma forma, foi o que aconteceu. O time deles começaram um pouco melhor, mas depois nosso time equilibrou e conseguiu fazer o nosso jogo”, salientou. Sobre o gol polêmico do time adversário, Rhui encarou a situação com bom humor. “Sempre tem que ter um uma polêmica no futebol, mas é normal, futebol sem polêmica não é futebol”, brincou.

 

SINPROGOIAS - COPA SINPRO 28-100004

Devido ao feriado prolongado de Finados, haverá um pequeno intervalo no campeonato , retomando a semifinal no dia 18/11, na Universo Campus II, onde Araguaia enfrenta PSG no primeiro jogo e Degraus joga contra Universo.

 

 

Categorias
Atualidades Destaques Institucional Recomendadas

“Debater o bullying é fundamental, mas não é algo pontual. É preciso enfrentar a violência como um todo”, afirma professor

SINPROGOIAS - 730 AM0001Há pouco mais de uma semana uma tragédia foi marcada não só aqui na Capital, mas como no Brasil e no mundo. Dois adolescentes foram mortos e outros quatro ficaram feridos depois de um um jovem de 14 anos entrou e atirou em seis colegas do oitavo ano. De acordo com relatos do atirador ao delegado que investiga o caso, tudo isso foi causado por bullying.

Mas como isso acontece? O que passa na cabeça de uma criança que é vítima de ataques na escola. Como isso pode ser avaliado e tratado?

Para debater o assunto, Cecília Barcelos recebeu nos estúdios da 730, na manhã deste Super Sábado (28), a jornalista e psicopedagoga Tetê Ribeiro, e o presidente do Sindicato dos Professores do Estado de Goiás (Sinpro), Professor Railton Nascimento Souza.

“O bullying corre quando a criança ou o adolescente é insistentemente e constantemente afrontado ou agredido, seja por palavras, xingamentos, e até fisicamente. É algo corriqueiro, que se tornou rotina, e que não deveria existir”, descreve Tetê Ribeiro.

Segundo ela, ainda na infância, quando uma criança passa a dar sinais de mudança de comportamento em relação ao colega, já se faz necessária uma intervenção para tentar impedir que as ações continuem, de modo a respeitar as individualidades.

“Cada um tem um ritmo e cada um faz de um jeito. Um exemplo de como isso começa é na hora de fazer uma atividade em sala, por exemplo. Na hora de pintar uma banana, um pinta de preto e o outro de amarelo. Cada criança tem uma ótica, uma visão de mundo, e é nessa hora que uma critica a outra”, relata.

A especialista afirma que, inicialmente, a intervenção precisa ser realizada de forma lúdica. Caso as provocações persistam, as orientações devem então ser repassadas de forma mais significativa em sala.

De acordo com o professor Railton Nascimento Souza, a imagem do brasileiro gentil e cortês divulgada em grandes eventos como Copa do Mundo e Olimpíadas, está equivocada, e que o país sofre muito com a violência.

“Isso é ainda mais agravado por um contexto de ódio, de intolerância, de uma onda reacionária retrógrada que vem acirrando ainda mais os ânimos das pessoas. É fundamental falar em violência, seja ela no trânsito, gerada pelo tráfico de drogas, contra a mulher, contra a criança, suicídio, homofobia, furto ou roubo. O jovem está no topo da estatística, é vítima e autor”, destaca.

Ainda segundo o professor, a atitude dos pais, em determinadas situações também precisa ser analisada. Um exemplo é quando o filho comunica aos pais que sofreu algum tipo de agressão, e acabam recebendo a orientação de que seria preciso um revide, uma retaliação, o que agravaria a situação e estimularia a violência. Ele analisa que na escola também há um contexto de violência.

“A violência na escola faz parte de um contexto de violências. É preciso se pensar em vandalismo, preconceito, discriminação, depredação, xingamento, ameaça, brigas, assédio sexual e o bullying. Como a Tetê definiu, não é qualquer coisa que é bullying. É uma repetição de um tratamento violento e desrespeitoso, desumano, agressivo, que gera no outro um constrangimento em um sofrimento psicológico que vai provocar isolamento, queda no rendimento escolar, ou a resposta em forma de agressividade”, detalha.

De acordo com um levantamento feito pela Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Económico (OCDE) em 2017, o Brasil lidera um ranking de 31 países, que posiciona os campeões de violência nas escolas.

“Debater o bullying é fundamental, mas não é algo pontual, ele está em um contexto. É preciso enfrentar o problema da violência como um todo. O remédio para isso é educação, mas não apenas a escolarização. É criar um clima geral favorável na cultura, na música, na televisão, no rádio, no trânsito, para que as novas gerações sejam inseridas em uma nova perspectiva”, analisa o professor Railton.

 

Quer saber mais? Ouça o debate na íntegra a seguir

Categorias
Atualidades Destaques Recomendadas

Para que o futuro não seja apagado

SINPROGOIAS - APAGAR O FUTURO0001

 

 

Por Gilson Reis*

É do poeta e dramaturgo alemão Bertolt Brecht a frase que diz que “a cadela do fascismo está sempre no cio”. A premissa tem se mostrado verdadeira se pensarmos que é de seu cruzamento com o raivoso monstro do golpe que têm nascido os cães hidrófobos que a cada dia, no Brasil, encontram novas vítimas contra as quais rosnar. A mais recente — se é que é possível falar em vítimas mais recentes, e não simultâneas, tantos e tão rápidos são os ataques — parece ter sido a arte, atingida por acusações de pornografia, pedofilia e profanação de símbolos religiosos. E o legítimo protesto contra a censura promovido pelos artistas, alguns dos quais apoiaram o golpe de 2016 orquestrado, entre outras forças, pelo mesmo Movimento Brasil Livre (MBL) que, com esse nome irônico, tenta agora amordaçar museus e aprisionar todo um país em sua tacanha visão de mundo retrógrada obtusa, lembra outras palavras de Brecht, aquelas do poema Intertexto:

“Primeiro levaram os negros

Mas não me importei com isso

Eu não era negro

Em seguida levaram alguns operários

Mas não me importei com isso

Eu também não era operário

Depois prenderam os miseráveis

Mas não me importei com isso

Porque eu não sou miserável

Depois agarraram uns desempregados

Mas como tenho meu emprego

Também não me importei

Agora estão me levando

Mas já é tarde.

Como eu não me importei com ninguém

Ninguém se importa comigo.”

Pois é preciso que todos nós nos importemos, antes que seja tarde demais. O que cenário tenebroso que a arte enfrentou há pouco, seja com o cancelamento da exposição Queermuseu: Cartografias da Diferença na Arte Brasileira, no Santander Cultural, em Porto Alegre (e a recusa declarada do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, de sediá-la no Museu de Arte do Rio), seja com a polêmica em torno da performance La Bête, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, a educação tem enfrentado há alguns anos. Data de 2014 — antes do golpe, portanto — o Projeto de Lei 7180 do deputado Erivelton Santana (PEN/BA), que altera, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), para incluir em seu Artigo 3°, entre os os princípios do ensino, “o respeito às convicções do aluno, de seus pais ou responsáveis, tendo os valores de ordem familiar precedência sobre a educação escolar nos aspectos relacionados à educação moral, sexual e religiosa, vedada a transversalidade ou técnicas subliminares no ensino desses temas”.

A essa proposta foi apensado, em 2015, o PL 867, do deputado Izalci (PSDB/DF), que institui nacionalmente o programa “Escola sem partido”. Entre outros pontos, a matéria determina que, no exercício de suas funções, o professor: “não se aproveitará da audiência cativa dos alunos, com o objetivo de cooptá-los para esta ou aquela corrente política, ideológica ou partidária; não favorecerá nem prejudicará os alunos em razão de suas convicções políticas, ideológicas, morais ou religiosas, ou da falta delas; não fará propaganda político-partidária em sala de aula nem incitará seus alunos a participar de manifestações, atos públicos e passeatas; ao tratar de questões políticas, sócio-culturais e econômicas, apresentará aos alunos, de forma justa, as principais versões, teorias, opiniões e perspectivas concorrentes a respeito; respeitará o direito dos pais a que seus filhos recebam a educação moral que esteja de acordo com suas próprias convicções; não permitirá que os direitos assegurados nos itens anteriores sejam violados pela ação de terceiros, dentro da sala de aula”. O PL estabelece ainda que as secretarias de educação contem com um canal de comunicação destinado ao recebimento de reclamações relacionadas ao descumprimento da lei, caso aprovada, assegurado o anonimato, e que as reclamações sejam “encaminhadas ao órgão do Ministério Público incumbido da defesa dos interesses da criança e do adolescente, sob pena de responsabilidade”.

Trata-se apenas de duas propostas, que tramitam em âmbito nacional, entre as várias espalhadas também pelas câmaras municipais e assembleias legislativas do país. Textos que, em primeiro lugar, trazem, em seu cerne, um profundo desrespeito pelo magistério, tratando professores como “manipuladores” e “doutrinadores” a induzir crianças e adolescentes; que, em segundo, demonstram um desconhecimento profundo do processo pedagógico, uma vez que educação pressupõe, em seu sentido pleno, o incentivo à capacidade reflexiva, ao diálogo, à construção da cidadania, sendo, portanto, uma atividade política em sentido, inclusive, etimológico, dizendo respeito à relação do homem com sua pólis, ou seja, com sua cidade, seu estado, seu país, sua comunidade; e que, em terceiro, que evidenciam — como no caso que a arte vem enfrentando — o menosprezo pela liberdade de expressão quando esta contraria as ideologias moralmente conservadoras e economicamente neoliberais, retomando práticas ditatoriais 30 anos depois do fim do regime autoritário no Brasil e expondo, nas escolas, os docentes à censura, à ameaça e à cassação de seu direito de ensinar e os estudantes ao cerceamento de seu censo crítico e da construção de sua autonomia.

Projetos como esses são uma afronta à LDB, na qual tentam interferir, e à própria Constituição, que tentam rasgar. Tanto é verdadeira sua inconstitucionalidade que a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino — Contee  obteve importante vitória no dia 21 de março de 2017 quando o ministro Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liminar em Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) movida pela entidade e suspendeu integralmente a Lei 7.800/2016 do estado de Alagoas, também inspirada no programa Escola Sem Partido.  No texto enviado ao STF, a Contee já apontava que a Lei da Mordaça de Alagoas era contrária aos princípios constitucionais que asseguram a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; a coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; e a gestão democrática do ensino público. Na ADI, a Confederação indicou também que a lei afrontava os principais tratados internacionais, dos quais o Brasil é signatário, tais como a Declaração Universal dos Direitos Humanos, o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos e o Pacto de San José da Costa Rica.

Mesmo assim, tentativas de novas Leis da Mordaça continuam proliferando. E é sintomático que, paralelamente a elas, tente-se agora fazer com que o Congresso Nacional discuta a retirada do título de patrono da educação brasileira dado ao educador e filósofo Paulo Freire. A proposta, claro, é endossada pelo MBL e pelo movimento Escola Sem Partido. Em outras palavras, os cães hidrófobos, filhotes diletos da cadela do fascismo, que, com seus ladridos, buscam apagar figuras como Cândido Portinari, Lygia Clark, Alfredo Volpi, Adriana Varejão, Leonilson — artistas cujas obras faziam parte da mostra Queermuseu — ou Paulo Freire são os mesmos.

O verbo apagar não foi usado à toa. Tentar apagar Paulo Freire do lugar de sua relevância na educação brasileira simboliza bem o que querem fazer com a própria educação brasileira. É precisamente esse verbo também o ponto central da campanha nacional contra a desprofissionalização do magistério lançada pela Contee entre o fim de setembro e o início de outubro, mês em que se comemora o Dia do Professor. “Apagar o professor é apagar o futuro”, diz o slogan da campanha, que busca mobilizar não apenas a categoria, mas toda a sociedade contra as pautas que, nestes tempos de tantos ataques, ferem diretamente a profissão docente: a contratação por “notório saber” proposta na reforma do ensino médio, que rebaixa a formação, destrói as licenciaturas e desqualifica o professor; a suspensão da Súmula 277 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que acaba com a ultratividade das normas coletivas, numa ação movida pelo setor patronal do ensino com o objetivo explícito de tirar direitos dos trabalhadores em educação; a liberação da terceirização irrestrita, que atinge em cheio o setor educacional — chegando, inclusive, às salas de aula, e põe em xeque a própria qualidade da educação; a reforma trabalhista — com seus incontáveis retrocessos — e a reforma da Previdência — que põe fim à aposentadoria diferenciada, com redução do tempo de serviço, para o magistério da educação básica, prejudicando, sobretudo, as professoras da educação infantil e dos primeiros anos do ensino fundamentam que começam a lecionar muito jovens…

Em meio a tudo isso, amordaçar o magistério também é uma forma de apagá-lo. A desprofissionalização do professor passa também pela tentativa de censurá-lo, de cercear sua liberdade de cátedra e de impedir o exercício de projetos pedagógicos críticos e democráticos. Para enfrentar esse processo nefasto cuja campanha da Contee denuncia e combate, é preciso também defender a construção de uma escola verdadeiramente democrática. Esse é o sentido do Projeto de Lei que institui o programa Escola Democrática (PL 2035/16), apresentado por nós na Câmara Municipal de Belo Horizonte.  A proposta busca defender a organização democrática de estudantes, pais, professores e funcionários, bem como assegurar a livre manifestação do pensamento; o respeito à pluralidade étnica, religiosa, científica, ideológica e política; e a livre manifestação da orientação sexual e da identidade e/ou expressão de gênero, além do reconhecimento à igualdade entre os seres humanos e o respeito às diferenças entre os povos, os países, as etnias, as culturas, os gêneros e os comportamentos. A matéria ainda proíbe, nas salas de aula e fora delas, em todos os níveis, etapas e modalidades de educação da capital mineira, as práticas de quaisquer tipos de censura de natureza política, ideológica, filosófica, artística, religiosa e/ou cultural a estudantes e docentes, ficando garantida a livre expressão de pensamentos e ideias, observados os direitos humanos e fundamentais, os princípios democráticos e os direitos e garantias estabelecidos na Constituição e nos tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário.

Construir essa escola democrática só é possível com o professor livre, assim como para construir um Brasil democrático só é possível com arte e educação livres. Com um povo livre. Para que nosso futuro não seja apagado.

 

*Gilson Reis é coordenador-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino — Contee e vereador em Belo Horizonte/MG

Artigo publicado originalmente na edição de número 150 da Revista Princípios

 

 

Categorias
Atualidades Destaques Recomendadas

Jornal da CTB: Resistir a todo custo, será o grito que ecoará pelo Brasil dia 10 de novembro

SINPROGOIAS - JORNAL CTB0001

 

No jornal da CTB desta sexta-feira (27), a reunião que definiu os últimos detalhes para a construção do Dia Nacional de Mobilizações, greves e paralisações em defesa dos direitos e contra a reforma trabalhista, da Previdência e o trabalho escravo. A data escolhida antecede o início da nova legislação trabalhista, que representa o maior ataque do capital contra o trabalho.

Em artigo, o presidente nacional da CTB, Adilson Araújo orienta e convoca a militância a ampliar a resistência e ocupar as ruas. “O movimento sindical, a classe trabalhadora e os movimentos sociais precisam reagir. O dia 10 de novembro deve se converter em uma grande mobilização nacional. Para tanto, precisamos reforçar a organização e a mobilização e, assim, ocupar e ganhar as ruas de todo o Brasil. Isso irá exigir ampla participação da militância e dos trabalhadores e trabalhadoras”, destaca.

Outra pauta desta edição é campanha dos servidores públicos do estado de São Paulo, em defesa da valorização da categoria, e contra o processo de privatização do setor disparado pelo governo Alckimin e a prefeitura de João Dória Jr.

Na coluna um Toque de Classe, o jornalista Umberto Martins traça um paralelo entre a bandeira do combate à corrupção, a “absolvição” de Michel Temer e o golpe que derrubou a presidenta Dilma Rousseff.

Clique AQUI e baixe seu exemplar.

Baixe, imprima e compartilhe.

Jornal da CTB – informação com conteúdo de Classe

Categorias
Atualidades Destaques Direitos do Professor Recomendadas

Reforma trabalhista e terceirização não podem ser aplicadas aos casos anteriores à sua vigência

SINPROGOIAS - CARTEIRA0001

 

Uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho da Bahia tem um significativo impacto a favor dos trabalhadores, sobretudo a partir da entrada em vigência da reforma trabalhista, no próximo dia 11 de novembro. A 2ª Turma do TRT5-BA considerou ilícita a terceirização e reconheceu vínculo direto entre trabalhadores representados pelo Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Químico/Petroleiro do Estado da Bahia (Sindiquímica) e a Oxiteno Nordeste S/A Indústria e Comércio, multinacional da área química, tomadora dos serviços, localizada em Camaçari (BA). Além da retificação na carteira de trabalho e pagamento de diferenças salariais e outros benefícios normativos, o colegiado também condenou esta e outras quatro reclamadas ao pagamento de indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 100 mil.

A relatora, desembargadora Margareth Rodrigues Costa, entendeu que os trabalhadores exerciam funções que integram o rol de atividades-fim da empresa tomadora, havendo relação de pessoalidade e subordinação direta. Com base no Estatuto Social da Oxiteno (art. 2º), depoimentos e outros documentos, ela concluiu que as situações jurídicas são anteriores à vigência da Lei 13.429/2017 (nova Lei de Terceirização), que, portanto, não se aplica ao caso concreto. Em outras palavras, a lei não é retroativa, ou seja, ela não age sobre os contratos firmados antes de sua entrada em vigência.

Por extensão, esse entendimento também vale para a Lei 13.467/2017, que destrói a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). “Esta Decisão, com certeza, representa alento, em meio ao tsunami que nos espera, a partir do dia 11 de novembro”, destacou o consultor jurídico da Contee, José Geraldo de Santana Oliveira. “Muito embora trate da Lei 13.429/2017, que regulamenta a terceirização, os fundamentos constitucionais que a embasam, do direito adquirido (Art. 5º, inciso XXXVI, da CF) e da irretroatividade da lei (Art. 5º, inciso XL), igualmente, se aplicam  à Lei 13.467/2017.”

Segundo Santana, a Seção de Dissídios Individuais (SDI) do TST, que é a segunda instância da Justiça do Trabalho, também já decidiu pela irretroatividade da Lei da Terceirização, numa decisão citada pelo TRT da Bahia. No acórdão em questão, envolvendo serviço de cobrança por telemarketing, a decisão diz que: “A Lei nº 13.429/2017 não se aplica às relações de trabalho regidas e extintas sob a égide da Lei nº 6.019/1974, sob pena de afronta ao direito adquirido do empregado a condições de trabalho mais vantajosas. No caso, a reclamada insurgiu-se contra decisão da SBDI-I que, invocando a Súmula nº 331, I, do TST, estabeleceu que a prestação de serviços de cobrança a clientes de instituição financeira, mediante contato telefônico, se insere na atividade-fim bancária. Alegou que a Lei nº 13.429/2017, ao acrescentar o art. 4ª-A, § 2º, à Lei nº 6.019/74, afastou a ilicitude na terceirização dos serviços prestados e tem aplicação imediata. Todavia, por se tratar de contrato celebrado e findo antes da entrada em vigor da Lei nº 13.429/2017, prevaleceu o entendimento jurisprudencial firmado no item I da Súmula nº 331 do TST, amparado no antigo teor da Lei nº 6.019/1974.”

Assim, de acordo com Santana, com base nessas duas decisões (do TST e do TRT da Bahia) e amparados pela Constituição e pelo artigo 9° da CLT — que não foi alterado pela reforma trabalhista e segundo o qual “serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação” — há plenas condições de sustentar-se a tese de que as próprias alterações trazidas pela reforma trabalhista aos direitos dos trabalhadores não são retroativas. Isso significa dizer, como explica o consultor jurídico a Contee, que os dispositivos da Lei 13.467/2017 somente se aplicam “quando não forem flagrantemente inconstitucionais — hipótese em que não se aplicam a nenhum — aos contratos celebrados após o início de sua vigência”.

“Aqui no Saaemg (Sindicado dos Auxiliares de Administração Escolar de Minas Gerais), por exemplo, quando perguntado por escolas ou contabilidade sobre a obrigatoriedade de homologações a partir da vigência da reforma trabalhista, afirmamos que para todos os contratos firmados até 11 de novembro de 2017 continuam obrigatórias as homologações no sindicato. Esta nossa resposta tem respaldo no princípio da não retroatividade, princípio presente na decisão da 2ª Turma do TRT da Bahia”, ressaltou o coordenador da Secretaria de Assuntos Jurídicos da Contee, João Batista da Silveira. “Se há empregador com receio de aplicar a lei a partir do dia 11 de novembro, esta decisão reforça a ideia da insegurança jurídica e pode contribuir para o aumento deste receio”.

 

Por Táscia Souza da Contee, com informações do TRT5-BA

Categorias
Atualidades Destaques Recomendadas

Contee: preparando, desde já, grandes manifestações para 10 de novembro

 

Sindicalistas de várias categorias estão se organizando e movimentado para realizar grandes manifestações, em todo o país, no dia 10 de novembro, véspera do início de vigência da antirreforma trabalhista, que liquida com os direitos dos assalariados brasileiros.

A Contee (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino) aprovou, no Conselho Sindical (Consind), encerrado em 1° de outubro, a participação no protesto, conclamando “à participação de todos os trabalhadores no Dia Nacional de Protesto e Paralisação, dia 10 de novembro, véspera da data em que passará a vigorar a reforma trabalhista, que liquida direitos dos trabalhadores e enfraquece suas organizações”.

O 10 de novembro também foi aprovado na Plenária Nacional dos Trabalhadores da Indústria realizada em 29 de setembro, em São Paulo, com a participação de mais de 1.500 dirigentes e ativistas sindicais metalúrgicos e de outras categorias. Os dirigentes do movimento Brasil Metalúrgico reuniram-se, dia 4 de outubro, para organizar as ações até e no dia 10 contra a perda de direitos, para mobilizar as categorias ligadas à indústria.

“A CTB está convocando toda a sua base a se somar à agenda de luta em todo o Brasil”, orientou o presidente nacional da entidade, Adilson Araújo. “A instabilidade política parece não ter fim e a complexidade da crise, com o advento da Reforma Trabalhista, fere frontalmente a proteção social.O cerco ao movimento sindical cresce a todo instante. O quadro conjuntural é de profunda instabilidade política e o governo ilegítimo aprofunda o seu pacote de maldades e de inteira desregulamentação do trabalho”, completou.

Gilson Reis, coordenador-geral da Contee, enfatiza a necessidade de “reforçar a organização e a mobilização e, assim, ocupar e ganhar as ruas de todo o Brasil. Vamos buscar os setores organizados da sociedade (igrejas, estudantes, associações de advogados etc.) para ampliar ao máximo a nossa força e realizar grandes manifestações. É uma tarefa para desde já.  Vamos nos encontrar nas ruas e praças deste país, na luta em conjunto com o povo brasileiro”.

Em São Paulo, as centrais irão organizar uma Grande Marcha da Classe Trabalhadora em Defesa dos Direitos, da Soberania e da Democracia. A concentração, no dia 10, será às 9h, na Praça da Sé.

 

Carlos Pompe é jornalista da Contee.

Categorias
Atualidades Destaques Institucional Recomendadas

Quarta rodada da Copa Sinpro Goiás tem W.O

SINPROGOIAS - 4 RODADA0001

 

Por

Elen Aguiar

Assessora de Comunicação do SINPRO GOIÁS

 

A Copa Sinpro Goiás 2017/2 começou diferente neste sábado, 21/10. O primeiro jogo entre UNIVERSO e UNUS não aconteceu e no segundo jogo do dia, entre Degraus e PSG, teve grande diferença no placar favorável ao time do Degraus.

O primeiro jogo do dia, previsto para acontecer às 16h30, não aconteceu porque os professores do UNUS não compareceram para jogar e por isso houve W.O favorável a UNIVERSO com placar de 1 x 0.

 

SINPROGOIAS - 4 RODADA0002

 

 

Na segunda partida, os professores do Degraus venceram os docentes do PSG por 8 x 2. Após o resultado, o jogador do Degraus, Vinícius Morgado, demonstrou confiança para a próxima etapa. “Com esse resultado, esperamos a classificação para a próxima fase e se sair bem para chegar a final do campeonato”, salienta.

A próxima rodada acontece neste sábado, 28/10 entre Araguaia x PSG às 16h30 e Universo x Degraus às 17h30.

 

Categorias
Destaques Institucional Recomendadas

Presidente da CTB-GO defende modelo de desenvolvimento para quem trabalha

SINPROGOIAS - CTBGO0001

 

Portal CTB entrevista o novo presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, seção de Goiás (CTB-GO), Railton Nascimento Souza. O Congresso Estadual aconteceu na quinta-feira (19), na capital Goiânia e elegeu a direção para o quadriênio 2017-2021.

Souza fala dos planos na nova gestão para enfrentar os desafios colocados pela conjuntura adversa provocada pelo golpe de Estado de 2016 e pela reforma trabalhista, que entre em vigor dia 11 de novembro. Por isso, diz o presidente da CTB-GO, “no dia 10 faremos uma grande manifestação em todo o país contra os absurdos dessa reforma contra a classe trabalhadora e os interesses nacionais”.

Ela conta também que as delegadas e os delegados presentes ao Congresso Estadual “foram encorajados pelo secretário-geral da CTB Nacional (Wagner Gomes) a seguirem firmes na luta e contarem com o apoio da direção nacional para as lutas que teremos que travar nesse momento desafiador”.

Leia a entrevista na íntegra:

Portal CTB: Com a realização do Congresso Estadual quais os planos futuros?

Railton Aparecido Souza: O clima foi de congraçamento e de determinação em fazer a CTB-GO crescer e avançar na sua luta classista nesse momento em que o sindicalismo é gravemente atacado por esse governo golpista e ao mesmo tempo que os trabalhadores e trabalhadoras mais necessitam de um movimento sindical forte e unido.

Inclusive, as delegadas e os delegados foram encorajados pelo secretário-geral da CTB Nacional (Wagner Gomes) a seguirem firmes na luta e contarem com o apoio da direção nacional para as lutas que teremos que travar nesse momento desafiador para a classe trabalhadora.

Quais entidades participaram desse Congresso?

O primeiro Congresso Extraordinário da CTB-GO aconteceu dia 19 de outubro, com a presença dos principais sindicatos fundadores da central, em 2009, quando fizemos nosso primeiro Congresso. Participaram desta jornada o Sinpro-GO, Sint-Ifesgo, Sinpror, Sinteea, Sindvap, Sinteerv e a Federação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino do Brasil Central. Todas essas entidades tiveram assento na nova gestão.

Com esse suporte dá para mobilizar a classe trabalhadora de Goiás pelos seus direitos?

Com certeza. Pretendemos dialogar com todas as centrais sindicais no sentido de consolidarmos uma frente ampla em defesa das trabalhadoras e dos trabalhadores goianos que sofrem desde 1998 com a ascensão do governo tucano de Marconi Perillo que avança em seu programa neoliberal de venda do patrimônio público e de retirada dos direitos dos servidores públicos do estado.

O que a CTB-GO pode fazer para se fortalecer e colaborar com a unidade?

Começaremos por uma ampla campanha de filiações de sindicatos à central bem como a formação de núcleos de base combativos e com o compromisso classista.

Antes disso ainda, devido à conjuntura de crise econômica e política do país, pretendemos organizar a central para que ela tenha sustentabilidade financeira para cumprir sua tarefa e seus compromissos de luta.

Como isso será feito?

Realizaremos em breve a nossa primeira reunião de planejamento com apoio do Centro Nacional de Estudos Sindicais e do Trabalho, porque daremos prioridade absoluta à formação sindical e dessa forma melhorarmos nossa atuação.

Também apoiaremos e abraçaremos as lutas dos movimentos sociais do campo e da cidade. Além disso, apoiaremos as lutas da CTB Nacional, especialmente em Brasília.

A conjuntura impulsiona novos desafios. A CTB-GO está preparada?

Estamos nos preparando cada vez mais e melhor. A CTB vem crescendo muito e os dirigentes devem estar à altura desse crescimento. Nesta nova gestão, vamos buscar o diálogo com as instituições de Estado e contribuir com a defesa e consolidação de um modelo de desenvolvimento nacional com soberania e valorização do trabalho, o que para tanto exigirá um empenho do movimento operário para eleger em 2018 alguém do nosso lado para a Presidência da República, mas também nos empenharemos para eleger parlamentares que devolvam o Brasil aos trilhos da democracia e do respeito à vontade popular. No dia 10 faremos uma grande manifestação em todo o país contra os absurdos dessa reforma contra a classe trabalhadora e os interesses nacionais.

 

Portal CTB – Marcos Aurélio Ruy