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Nota de Repúdio do Sinpro Goiás sobre as demissões coletivas na Estácio de Sá

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O Sindicato dos Professores do Estado de Goiás (Sinpro Goiás) manifesta o seu repúdio à demissão coletiva anunciada pela Sociedade de Ensino Superior Estácio de Sá Ltda (Universidade Estácio de Sá) de pelo menos 1.200 docentes em todo o país, dentre os quais, são contabilizados professores vinculados às unidades de Goiânia.

A medida adotada pela Instituição de ensino, sob o discurso de formal legalidade e adequação às novas normas trabalhistas, previstas na CLT, revela-se na verdade como nítida precarização das relações de trabalho, sendo que os prejuízos e lesões dela decorrentes extrapolam os limites individuais de cada docente demitido, atingindo direta e negativamente suas famílias, a comunidade discente, o mercado de trabalho, a sociedade e economia nacional como um todo.

Não há dúvida de que a demissão coletiva promovida afronta os fundamentos da República Federativa do Brasil, previstos na Constituição Federal (CF/88), que são de obrigatória observância pela instituição de ensino, notadamente o da dignidade da pessoa humana (Art. 1º, inciso III, da CF); dos valores sociais do trabalho (Art. 1º, inciso IV, da CF); da valorização do trabalho humano (Art. 170, caput, da CF); da proibição de dispensa arbitrária ou sem justa causa (Art. 7º, inciso I, da CF), da função social da propriedade (Art. 170, III, da CF); e do primado do trabalho (Art. 193, da CF).

Importa destacar também que a Constituição Federal prevê que a ordem econômica é fundada na valorização do trabalho humano, tendo entre seus princípios a busca do pleno emprego.

Nesse contexto, a dispensa coletiva não se mostra como um direito potestativo do empregador. Não é plausível que um ato de tamanho impacto e envergadura seja realizado arbitrariamente e de maneira estritamente individual.

Além de infringir, a um só tempo, todos os fundamentos constitucionais supracitados, a instituição de ensino extrapola os limites da função social do contrato, em clara inobservância ao Art. 421, do Código Civil (CC).

Por força do Art. 9º, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), são nulos de pleno direito todos os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação da legislação trabalhista, entre os quais, certamente estão incluídos aqueles que apresentam velado viés de retrocesso social.

Deste modo, o Sinpro Goiás manifesta sua absoluta indignação com a demissão coletiva promovida, informando que não se furtará em adotar todas as medidas administrativas e judiciais cabíveis em defesa da categoria por ele representada, no termos do Art. 8º, inciso III, da Constituição Federal.

Por fim, o Sinpro Goiás solicita a todos os docentes demitidos que entrem em contato com nosso departamento jurídico através do número 62 3261-5455, afim de que possam receber maiores orientações acerca do assunto. Professor/a, conte com Sindicato dos Professores do Estado de Goiás,  e venha fortalecer a nossa luta em defesa dos nossos direitos e conquistas.

 

A diretoria do Sinpro Goiás

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Contee tomará medidas jurídicas contra demissões na Estácio

SINPROGOIAS - ESTÁCIO0001

 

A Contee e suas entidades filiadas tomarão medidas jurídicas contra a demissão, pelo grupo Estácio, de 1.200 professores — cerca de 450 no Rio de Janeiro — e a contratação de outros 1.200 de acordo com as novas regras da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Em nota, a Estácio alegou se tratar de “uma reorganização em sua base de docentes”. “O processo envolveu o desligamento de profissionais da área de ensino do Grupo e o lançamento de um cadastro reserva de docentes para atender possíveis demandas nos próximos semestres, de acordo com as evoluções curriculares. É importante ressaltar que todos os profissionais que vierem a integrar o quadro da Estácio serão contratados pelo regime CLT, conforme é padrão no Grupo. A reorganização tem como objetivo manter a sustentabilidade da instituição e foi realizada dentro dos princípios do órgão regulatório.”

O argumento é cínico, para dizer o mínimo, e a confirmação das demissões escancara o impacto da reforma trabalhista sobre a educação. No fim de outubro deste ano, a revista Época Negócios publicou reportagem afirmando que o “aumento na base de alunos da educação à distância ajudou a Estácio a aumentar sua receita líquida no terceiro trimestre para R$ 808,1 milhões, alta de 5,9% ante mesmo período do ano passado”, segundo dados informados pela própria companhia. Ainda segundo a matéria, a “Estácio teve lucro líquido de R$ 149,3 milhões no terceiro trimestre, alta de 10% sobre um ano antes”.

Os números falam por si só. Demissão em massa, rebaixamento de salários e precarização das relações de trabalho não visam a “manter a sustentabilidade” — ou uma empresa que, em meio a uma alardeada crise econômica no país, como lucro que chega a quase R$ 150 milhões não se pode dizer sustentável? O objetivo é aquele que sempre orientou as grandes empresas de ensino com capital aberto no Brasil, entre as quais a Estácio ocupa o segundo lugar no ranking, atrás apenas da Kroton: a ampliação de seus ganhos, por meio da transformação da educação em mercadoria e de nenhuma preocupação com estudantes e trabalhadores. A reforma trabalhista vem servir como uma luva a esse propósito.

A Contee ressalta que a Lei 13.467/2017, que instituiu a reforma trabalhista, apresenta diversas inconstitucionalidades, que já estão sendo questionadas na Justiça. A reforma também é incompatível — sobretudo no que diz respeito aos modelos de contratação intermitente, temporária e terceirizada — com os objetivos da educação e os princípios do ensino, entre os quais está a valorização dos profissionais da educação escola.

 

Por Táscia Souza da Contee

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Reforma da Previdência é jogo de Hobin Hood ao contrário, retira dos pobres e transfere para os ricos diz presidente da CTB GO no manifesto

SINPROGOIAS - MANIFESTO REFORMA DA PREVIDÊNCIA0001

 

Por

Elen Aguiar

Assessora de Comunicação do Sinpro Goiás

 

Nesta terça-feira, dia 05 de dezembro, aconteceu em todo país a paralisação contra a votação da Reforma da Previdência. Em Goiânia a concentração foi na Praça dos Bandeirantes. Sob a coordenação do Fórum Goiano Contra as Reformas da Previdência e Trabalhista, participaram da ação as centrais CTB, CUT, CSP-Conlutas, Intersindical, CMP; as entidades/movimentos sindicais, SINT-IFESgo, SINTSEP-GO, SINTEGO, SINDSAÚDE, SINPRO GOIÁS; entidades estudantis, UNE, UEE; Movimentos de Juventude UJS, Quilombo; Movimento de Lutas Afirmativas UNEGRO, Dom Tomás Balduíno; Populares MST, MTST, MLCP e Movimentos Religiosos CDJP do Brasil.

 

SINPROGOIAS - MANIFESTO REFORMA DA PREVIDÊNCIA0002

 

Para o presidente da CTB-GO/ Sinpro Goiás, Prof. Railton Nascimento Souza, o cenário brasileiro é o pior dos últimos tempos por promover a retirada de direitos sociais conquistados com anos de lutas. “O ato foi chamado em todo o Brasil pelas centrais sindicais, CTB, CUT, CSP- Conlutas, Força Sindical um alerta a sociedade brasileira sobre as mentiras do governo Temer acerca da Reforma da Previdência. Essas reformas são apresentadas como modernização, quando na verdade traze retrocesso, uma vez que vão forçar o trabalhador a contribuir durante 40 anos, muitas vezes morrendo sem se aposentar. Com a Reforma Trabalhista, a precariedade das relações de trabalho serão muito maiores em instabilidade e em segurança”, explica.

O professor ainda ressalta que há uma distorção em relação ao real significado da reforma. “Ao contrário do que diz o Governo Temer, não retira privilégios das carreiras de estado mas, na verdade, ataca o funcionalismo público básico que já tem hoje muitos problemas, muitas dificuldades para poder desenvolver seu trabalho a contento e também é uma reforma que vai atingir a base da pirâmide social, ou seja, a maior parte do trabalhador brasileiro que é assalariado, mais de 80% da população brasileira”, informa.

 

SINPROGOIAS - MANIFESTO REFORMA DA PREVIDÊNCIA0003

 

Railton Nascimento ainda compara a situação há uma conhecida história. “Na verdade não é uma reforma que moderniza, que tira privilégios, mas que faz um jogo de Hobin Hood ao contrário, tira dos pobres e transfere para os ricos, banqueiros, previdência privada, desmontando na verdade o maior programa social do Brasil – a previdência social.  Também vimos denunciar esse discurso que a previdência tem déficit. Quando você pega todas as fontes de receita constitucionais, percebe claramente que a previdência do Brasil é superavitária”, destaca.

Em Goiânia, a manifestação saiu da Praça dos Bandeirantes e percorreu a Av. Anhanguera com a Av. Tocantins, até o Palácio do Comércio. A organização avalia que o movimento contou com a participação de aproximadamente 500 pessoas.

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Colégio Araguaia vence final da Copa Sinpro Goiás nos pênaltis

SINPROGOIAS - COPA SINPRO0001

 

 

Por

Elen Aguiar

Assessora de Comunicação do Sinpro Goiás

 

Considerado um jogo histórico da Copa Sinpro Goiás, a final entre Araguaia e Degraus, neste sábado, 02/12, foi marcada por situações inesperadas como gol olímpico, pênalti e gol de gaveta. A disputa foi lance a lance até o último minuto, o que resultou em cobrança de pênaltis com placar final de 3 x 2 para o Colégio Araguaia. Com essa conquista, o time se torna Bicampeão da Copa Sinpro.

Desde o apito inicial do juiz, cada passe foi disputado à risca. Ainda no primeiro tempo, Colégio Degraus saiu na frente marcando o primeiro gol, mas isso não abalou o Colégio Araguaia que continuo firme na disputa pela taça.

No segundo tempo as emoções afloraram ainda mais com o segundo gol marcado pelo time do Degraus na cobrança de escanteio. Outro momento marcante aconteceu quando o jogador do Colégio Araguaia foi derrubado na pequena área e o árbitro marcou pênalti. Dada como certa a diminuição de diferença no placar, o gol foi evitado após brilhante defesa do goleiro do Degraus, Daniel Silva. Isso fez com que o desempenho do time Araguaia diminuísse por um tempo até que, inusitadamente, com um chute inesperado Bismark fez um gol na gaveta para o Colégio Araguaia e a partir de então, o rendimento do Degraus diminuiu abrindo oportunidade para que o Colégio Araguaia marcasse outro gol e levasse a decisão para os pênaltis com resultado final de 3 x 2.

 

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Diego Gibran, líder do Araguaia resumiu como foi a trajetória do time até a final. “Era objetivo nosso e que a gente vinha batendo na trave e nesse a gente consolidou que o time Araguaia realmente vem para a Copa Sinpro para jogar sério, para tentar ser campeão respeitando sempre também nossos adversários apesar das discussões que tem e que é normal em todos os jogos”, salientou.

O jogador também comentou a decisão da comissão organizadora envolvendo sua equipe. “Nosso time como o posicionamento foi colocado pelo nosso atleta na premiação, teve uma ressalva sobre a decisão que foi tomada pelo sindicato de suspender um atleta nosso, mas respeitamos a decisão, permanecemos no campeonato, competimos da forma correta e mostra que nosso time é um grupo, um grupo unido, que não depende só de um atleta para ser campeão”, destacou. E concluiu “Então nosso time está de parabéns por mais esse título, foi um jogaço, acho que foi a final mais disputada que houve na Copa Sinpro, quero agradecer a todos os atletas que fizeram um lindo jogo e é isso aí, Bicampeão!”, comemorou.

 

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Na premiação, Prof. Mardônio Pereira, delegado sindical e diretor da Fitrae-BC, entregou as medalhas e leu a carta enviada pelo ex presidente e consultor jurídico do Sinpro Goiás Prof. José Geraldo de Santana Oliveira, homenageado desta edição do campeonato, e que estava viajando a trabalho. Em suas palavras, ditas por Mardônio, Santana disse que “Essa iniciativa do Sinpro, de homenagear todos aqueles que fizeram parte de sua belíssima trajetória histórica – próxima de completar o seu jubileu de ouro-, como seus presidentes, ainda que com passagem modesta, como é o meu caso; além de ser digna de louvor e de indelével registro, permite aos que não são seus contemporâneos, revivê-la, em sua inteireza; soa como a sua recriação, tornando-a sempre presente, e, por conseguinte, perene”, destacou.

 

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O presidente dos Sinpro Goiás e CTB –GO, Prof. Railton Nascimento Souza ressaltou que num momento tão difícil para o país, celebrações como esta são de grande relevância para a categoria. “Este momento é um momento festivo, de alegria. Foi um grande jogo, disputado… Parabéns aos professores do Colégio Degraus que jogaram com força e garra, e os docentes do Colégio Araguaia pela vitória e pela conquista”, parabenizou. O presidente também lembrou o cenário atual do país e comparou com o futebol. “Num momento mais grave do Brasil de ataques ao direito do trabalhador, uma reforma trabalhista que entrou em vigor e rasga os fundamentos da CLT e que coloca cada um de nós numa condição de luta. Acho que o esporte, o futebol simboliza exatamente isso. E agora esse governo golpista quer rasgas nosso direito de previdência e aposentadoria”, finalizou conclamando todos a luta.

 

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Além das medalhas e troféus, o time campeão recebeu um cheque de R$1.750 reais e o vice – campeão foi premiado com o cheque de R$ 1.250 reais.

 

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Campanha salarial 2018: Nenhum direito a menos!

SINPROGOIAS - CAMPANHA SALARIAL 0001

 

A valorização de quem trabalha com educação começa por cada um e depende de um sindicato forte. Não foi à toa que a reforma trabalhista, que acaba de destruir a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), buscou desestruturar também o movimento sindical, priorizando, inclusive, acordos individuais. Isso aconteceu porque tanto o governo ilegítimo de Michel Temer quanto todos aqueles alinhados com os interesses patronais sabem que, para terem sucesso em sua tentativa de retirar direitos e conquistas dos trabalhadores, precisam enfraquecer sua representatividade e sua luta coletiva.

Para enfrentar esse ataque, é fundamental nos fortalecermos ainda mais. Por isso, a Contee está lançando um material para unificar a campanha salarial de 2018 em todo o Brasil, que pode ser usada por todas as entidades filiadas, bastando inserir seus respectivos logos. Só com uma representatividade sólida e resistente é possível manter e assegurar os direitos e as conquistas dos professores e técnicos administrativos.

Baixe os materiais:

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Cartaz
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CTB: Continuaremos nas ruas contra a Reforma da Previdência no dia 5 de Dezembro

SINPROGOIAS - CTB APOSENTADORIA 0001

 

A luta contra a Reforma da Previdência é uma luta estratégica para o nosso povo, a vigilância e resistência são fundamentais e a CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) sabe da centralidade desta luta.

A CTB sempre defendeu e defenderá a unidade das centrais sindicais, por entender que a nossa luta segue objetivo comum: a defesa dos interesses da classe trabalhadora.

Diante da posição adotada pela maioria das Centrais, da qual discordamos profundamente, e entendendo ser estratégico aprofundar a dificuldade do governo em arregimentar apoio para votar o projeto que acaba com o direito à aposentadoria do nosso povo, a CTB orienta sua base a permanecer em luta DIA 5 DE DEZEMBRO e realizar ATOS na porta das sedes do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) em todas as cidades do país.

E mais, pela dinâmica dos estados, acreditamos que é possível ampliar esses atos com a participação de outras centrais sindicais, os movimentos sociais e a sociedade de forma geral, que está inconformada com a onda de ataques deste governo.

A CTB conclama à unidade e entende ser necessário uma reunião urgente das Centrais, confederações, federações e os Sindicatos das principais categorias para uma discussão sobre a construção da GREVE NACIONAL.

Entendemos que se o governo insistir em votar não nos restará outra alternativa que não seja parar o país.

Agora é a hora de mobilizar a sociedade para a resistência contra o desmonte da Previdência e em defesa dos direitos. Resistir a todo custo está no DNA da CTB e seguiremos firmes em nossa luta pela classe trabalhadora e pelo futuro do nosso povo.

Se botar pra votar, o Brasil vai parar!

 

01 de dezembro de 2017

Adilson Araújo
Presidente Nacional da CTB

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100% informal: trabalho sem carteira e salário 42% mais baixo marcaram último trimestre, diz IBGE

SINPROGOIAS - CARTEIRA DE TRABALHO 0001

 

Análise do IBGE de dados divulgados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), nesta quinta (30), mostra que a maioria absoluta das novas vagas de emprego abertas este ano no setor privado foi sem registro em carteira.

A pesquisa registra um forte avanço da informalidade no mercado de trabalho brasileiro – o total de empregos formais no mesmo período foi estatisticamente irrelevante, segundo o IBGE. “No setor privado, praticamente 100% das vagas geradas foram informais. O restante foi serviço público”, disse o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, em entrevista coletiva.

O rendimento médio do trabalhador informal no trimestre encerrado em outubro foi 42% inferior do que a média entre todos os trabalhadores. Segundo Azeredo, a crise econômica e o cenário político conturbado inibem o processo de investir e empreender, tendo como consequência o aumento da informalidade.

“As pessoas estão entrando no mercado de trabalho através dos setores de alojamento, alimentação, comércio, construção de baixa qualidade”, afirmou. O IBGE ressaltou que o quadro atual do mercado de trabalho é de alta na ocupação e baixa na desocupação. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, porém, a população desempregada continua aumentando.

 

Portal CTB com agências

Foto: Evelson de Freitas-Folha Press

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Contee publica memorial para marcar vitória contra Lei da Mordaça

SINPROGOIAS - LEI DA MORDAÇA 0001

 

Diante da importante vitória conquistada no último dia 21 de março, quando o ministro Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liminar suspendendo integralmente a Lei 7.800/2016 do estado de Alagoas, conhecida como Lei da Mordaça, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino — Contee lança um memorial da luta contra essa tentativa de censura, perseguição e criminalização do magistério.

O documento faz um retrospecto da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) ajuizada pela Contee em maio do ano passado, cujo resultado é a decisão de Barroso. A liminar diz respeito à lei de Alagoas, mas é um passo essencial para barrar todas as propostas similares que tramitam no Congresso Nacional e nas assembleias legislativas e câmaras municipais de todo o Brasil. Por isso, o memorial será entregue não apenas ao governo alagoano e à Assembleia Legislativa do estado, mas também para todos os governadores e deputados estaduais do país, aos presidente do Senado e da Câmara dos Deputados e também às câmara municipais das maiores cidades brasileiras, sobretudo onde, neste ano, ocorrem as revisões dos planos municipais de educação.

Este é o resultado de uma luta protagonizada pela Contee, que lançou uma campanha nacional contra a Lei da Mordaça. É também fruto da batalha do Sinpro/AL, que desde o início do processo de votação do projeto de lei na Assembleia Legislativa de Alagoas, tentou barrar a aprovação do texto, inclusive junto ao governo do estado, e, depois da norma aprovada e do veto governamental derrubado, municiou a Contee com documentação importante para possibilitar a entrada da ADI no STF. No entanto, é preciso destacar que a vitória não é apenas da Confederação e do sindicato, mas, sim, de toda a sociedade brasileira, em defesa de uma educação crítica e cidadã.

Acesse aqui o memorial
Baixe a versão em PDF

 

Fonte: Contee

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Após reunião com Maia, centrais mantêm chamado para greve nacional

SINPROGOIAS - RODRIGO MAIA0001Representantes das principais centrais sindicais do país demonstraram insatisfação ao sair da reunião de mais de uma hora com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na qual pediram para que a proposta de reforma da Previdência seja retirada da pauta. Maia disse que conversaria com líderes partidários e sinalizou para uma resposta nesta quinta-feira (30). Aos sindicalistas pareceu que o parlamentar quer ganhar tempo e medir as chances do governo. Ao final do encontro, reiteraram que só o que pode barrar a realização de uma reforma é resistência nas ruas, a começar pela adesão à greve nacional marcada para a próxima terça-feira (5).

“Estamos conclamando todos os trabalhadores a parar suas atividades no dia 5 e participar desta grande mobilização. O deputado Rodrigo Maia disse que iria anunciar amanhã se adia ou não a votação prevista para a próxima semana, mas na verdade quer ver se o governo possui a conta suficiente de votos para garantir a aprovação”, afirmou o presidente da CUT, Vagner Freitas.

“Não há um interesse em atender ao que nós pedimos e sim uma contabilidade sobre se o governo tem ou não votos suficientes para aprovar a matéria. O que queremos é o adiamento para que a proposta seja discutida com a sociedade, o que não aconteceu até hoje. Essa proposta tão teve qualquer debate com a população”, acrescentou.

A reunião contou com a presença de representantes da CUT, CTB, Força Sindical, UGT, Nova Central, CSB e CSP-Conlutas. E dos deputados Carlos Zarattini (PT-SP), Júlio Delgado (PSB-MG), Paulo Pereira da Silva (SD-SP), Orlando Silva (PCdoB-SP) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ).

Segundo Delgado, o que mais irritou os representantes das centrais foi a exposição pessoal do presidente da Câmara em favor da reforma. Maia disse que ele, particularmente, acha que se não forem feitas alterações nas regras previdenciárias o país passará por sérios problemas no futuro e vê a matéria como uma necessidade urgente.

Ao mesmo tempo, Rodrigo Maia deu esperança de a votação ser adiada, quando reconheceu a necessidade de se avaliar o que ele chamou de “clima possível que permita ou não a apreciação desse texto no plenário, na próxima semana”.

“Se a proposta ficar adiada para a segunda semana de dezembro, já morreu. Não terá mais condições de ser votada este ano e é com isto que estamos contando”, afirmou Delgado.

A CUT lembrou que pesquisa recente feita pelo instituo Vox Populi a pedido da central apontou um total de 85% dos entrevistados contrários à reforma da Previdência, e outros 71% acreditam que, se a nova proposta de Temer for aprovada, não vão conseguir se aposentar.

‘Sem perdas’

Para o presidente da UGT, Ricardo Patah, a reforma precisa ser impedida. “Não podemos sofrer mais perdas do que as já observadas com essa reforma trabalhista que aí está. Todos sabem que a população brasileira é contrária à reforma da Previdência”, destacou.

Patah explicou que apesar de a UGT ser uma central com ideal reformista, a entidade não tem condições de apoiar o texto da reforma previdenciária com as regras que estão estabelecidas, que apresentam, a seu ver, sérios danos para os brasileiros.

O deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força Sindical, lembrou que o encontro teve como ponto principal o fato de os representantes das várias categorias de trabalhadores destacarem a importância de a reforma ser melhor discutida. “Ponderamos que o correto é a votação ser adiada diante do grande ambiente de instabilidade em relação ao assunto no país”, destacou.

Paulinho disse ter lembrado a Rodrigo Maia situações extremas no país observadas nos últimos tempos durante manifestações contra medidas impopulares do governo Temer. Ocasiões em que integrantes das forças de segurança chegaram a sobrevoar a Esplanada dos Ministérios para acompanhar passeatas e sprays de pimenta foram jogados, de helicópteros, contra manifestantes. Ressaltou, ainda, que considerava este, mais um motivo para que o governo e a Câmara pensem melhor sobre o adiamento.

 

Por Hylda Cavalcanti na Rede Brasil Atual