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Entidades Goianas debatem Mercantilização e defesa da educação pública na PUC Goiás

Nesta quinta-feira, 01/03, às 19h, a União Estadual dos Estudantes em parceria com o Sindicato dos Professores do Estado de Goiás – SINPRO GOIÁS e Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino – CONTEE promoveram um debate na Pontifícia Universidade Católica de Goiás – PUC Goiás, para discutir a mercantilização da educação nas universidades privadas e a defesa da educação pública. Esta é uma campanha que está ocorrendo em todo o país realizada pela CONTEE, seus filiados e UNE.

Participaram da composição de mesa, Thais Falone, diretora da UNE no estado de Goiás, Ritley Alves, presidente da União Estadual dos Estudantes de Goiás UEE, Adalberto Meira diretor de assistência estudantil do DCE da PUC Goiás, Profa. Lucia Rincón, diretora do Centro Popular da Mulher e da APUC, Michel Afif Magul, gerente de relações internacionais do Governo, representando o governo de Goiás e Prof. Orlando Lisita palestrante do evento, vice presidente do SINPRO Goiás, representando também a Apuc e CONTEE.

Nas universidades privadas a falta de fiscalização e regulamentação resulta em aumento abusivo das mensalidades e demissões em massa de profissionais da educação. Participaram em torno de 80 alunos da instituição de ensino.

 

Confira imagens do evento:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Sinpro Goiás participa da Conferência Municipal de Educação de Goiânia

O Sindicato dos Professores do Estado de Goiás – Sinpro Goiás é uma das entidades que integra a Conferência Municipal de Educação de Goiânia.  O evento é organizado pelo Fórum Municipal de Educação e acontece nos dias 01/03 na Faculdade de educação e dia 02/03 na Escola de Formação de Professores e Humanidades da PUC. O Sinpro Goiás terá a participação de delegados na conferência.

O Fórum Municipal de Educação (FME) de Goiânia, órgão do Sistema Municipal de Educação de caráter consultivo e articulador entre o Poder Público Municipal e a Sociedade Civil, realizará a Conferência Municipal de Educação, prevista no artigo 6o da Lei 9.606, de 24 de junho de 2015, como o objetivo de avaliar a implementação do Plano Municipal de Educação (PME 2015-2018).

A Conferência Municipal de Educação, na perspectiva de colaboração dos entes federados e de articulação entre os sistemas de ensino, produzirá um documento-síntese referente a execução do PME, tendo como referência as distorções diagnosticadas, com vistas ao aprimoramento do processo de implementação e acompanhamento do Plano.

Confira AQUI a programação do evento.

 

 

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Empresários comemoram: não tem mais quem fiscalize os cálculos na hora rescisão

Após reforma Trabalhista, demissões de trabalhadores com carteira assinada estão acontecendo de acordo com as regras do patrão. Sindicatos e MTE não precisam mais checar valores pagos aos trabalhadores

 

 

O fim da obrigatoriedade de rescisões de contrato e homologação de  demissões de trabalhadores e trabalhadoras com carteira assinada serem feitos nos  sindicatos das categorias ou no Ministério do Trabalho e Emprego é mais uma das perversidades da nova legislação Trabalhista, em vigor desde 11 de novembro.

Conforme apurado pelo Portal CUT, nos três primeiros meses de vigência da Lei 13.467/2017, a classe patronal buscou rapidamente soluções nada convencionais para encerrar as relações trabalhistas. A mais recorrente até agora é realizar a homologação em cartórios que oferecem o serviço por meio de escrituras públicas e que podem ser emitidas via correio eletrônico, sem a necessidade da presença física do trabalhador. Também já existem multinacionais contratando serviços especializados – uma espécie de centro de demissões – com advogados atuando em favor do empregador e, ainda, patrões que recorrem à Justiça do Trabalho para que um juiz avalize o contrato de encerramento, judicializando a rescisão. Além, é claro, da temida negociação direta entre empregado e empregador que, em geral, coloca o funcionário à mercê de eventuais constrangimentos.

Para a economista e pesquisadora do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho da Universidade de Campinas (Cesit/Unicamp), Marilane Oliveira Teixeira, essa lei abriu a porteira da barbárie ao promover uma difusão nas formas de homologação de contrato.

“A esmagadora maioria dos empresários está comemorando porque não precisa mais de fiscalização para averiguar os termos e valores da rescisão”.

Segundo Marilane, numa situação em que o profissional demitido precisa entender de leis trabalhistas – e não é um assunto simples – esse formato está dando margem para muita falcatrua. “O trabalhador tem aceitado a imposição do empregador e assinado documentos sem questionar valores com receio de ter de assumir custas na Justiça do Trabalho, caso recorra à justiça para garantir seus direitos”, denuncia a pesquisadora se referindo a outro item da nova lei que limita o benefício da justiça gratuita e estabelece o pagamento de honorários periciais, entre outros itens.

Cálculos incorretos

Do início do ano até agora, dirigentes do Sindicato Nacional dos Aerovários (SNA) já foram procurados diversas vezes por trabalhadores que foram demitidos. Um deles mandou a seguinte mensagem para um dirigente: “Como eu vou saber se lá vai estar tudo certo? Quem vai me representar agora? Vão me dar o documento para assinar e não vai ter ninguém para conferir se está certo? No Sindicato vocês olhavam a homologação e verificavam”. O trabalhador foi demitido e resolveu buscar orientação, preocupado com a nova regra da reforma Trabalhista, que tira a obrigatoriedade da realização da homologação no Sindicato, segundo matéria no site da entidade.

A conferência da documentação e de cálculos, antes feita por representantes sindicais, significava a garantia de que os valores seriam debitados corretamente, especialmente devido às especificidades profissionais.

E isso em um setor onde as demissões no setor aéreo são permanentes. De acordo com Selma Balbino, tesoureira da SNA, “nos últimos dez anos, mais de 30% das rescisões partiram do próprio empregado que pede para sair porque  não aguenta a depreciação salarial, por excesso de carga de trabalho ou por causa de assédio moral”, explicou a dirigente em relação à alta rotatividade do setor.

Outra categoria que vem sentindo a pesada mão do patronato desde a vigência das novas regras, que alteraram mais de 100 pontos da quase extinta CLT, é a dos professores. Demissões em massa ocorreram em universidades privadas de todo o país que dispensaram milhares de educadores, em sua maioria professores doutores e muitos sequer recebem os valores referentes a rescisão contratual.

É o caso da professora de literatura Priscilla de Oliveira. Coordenadora do curso de Letras e Literatura de uma universidade privada do interior do Rio Grande do Sul, a doutora foi substituída em decorrência do alto salário, conforme justificou o reitor ao comunicar seu desligamento. Até agora ela e os outros professores que saíram na mesma leva não receberam nenhuma verba indenizatória, nem o último salário referente a dezembro do ano passado. “Tivemos de entrar com ação coletiva no Sindicato dos Professores/Sinpro-RS para requerer judicialmente nossos direitos. Na ocasião o sindicato também solicitou na justiça a imediata suspensão de quaisquer atos homologatórios que estavam acontecendo na sede da instituição”, informou; e completou: “é uma frustração muito grande porque afinal dedicamos uma vida toda ao ensino”.

Como agir em caso de demissão

A CUT orienta as trabalhadoras e os trabalhadores que se sentirem prejudicados ou tiverem dúvidas em relação ao acordo de término de contrato, que procure seu sindicato para buscar auxílio jurídico especializado.

Desemprego avassalador

Completamente diferente do prometido pelos parlamentares que aprovaram com maioria de votos a reforma nas leis trabalhistas, os últimos números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgados dia 23/02 pelo IBGE, são assustadores. Em 2017, o número de trabalhadores e trabalhadoras sem carteira assinada, aumentou 5,7% e o de trabalhadores formais caiu 2%.

A pesquisadora da Cesit/Unicamp, Marilane Oliveira Teixeira, complementou a informação: hoje 34 milhões de empregados trabalham com carteira assinada e 36 milhões por conta própria ou na informalidade, segundo dados da Cesit.

De acordo com a pesquisadora, além das propostas do governo do ilegítimo Michel Temer (MDB-SP) que massacram a classe trabalhadora, a aprovação da PEC do Teto que congelou os gastos do poder público por 20 anos, não suporta novos investimentos e, consequentemente, não haverá geração de emprego e renda. “Não existe nenhuma indicação que esse quadro se altere, pois nem indústria e nem construção civil deverão investir em projetos que envolvam novas contratações. As perspectivas são desalentadoras especialmente para a população negra, onde a taxa de desemprego já é altíssima”, avaliou Marilane.

 

 

Fonte: CUT

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Sinpro Goiás promove café, palestras e entrega de brinde em comemoração ao Dia da Mulher

 

Em homenagem as mulheres pelo 8 de março, o Sindicato dos Professores do Estado de Goiás – Sinpro Goiás, por meio da Secretaria de Gênero e Etnia oferece este ano, no sábado, 10/03, na sede do sindicato, um delicioso café da manhã. Em seguida as professoras Ana Rita Marcelo Castro e Lúcia Rincón discutem “Os Desafios e Perspectivas para Mulheres em Tempos de Reforma Trabalhista e Os Desafios e Perspectivas para o Enfrentamento à Violência contra a Mulher”. Ao final haverá a entrega de Sacochilas para associadas. O Sinpro Goiás localiza-se na Av. Independência, nº942, Setor Leste Vila Nova (ao lado do Senac Cora Coralina).

 

 

 

CONFIRME PRESENÇA AQUI!

 

Conheça as palestrantes:

ANA RITA MARCELO DE CASTRO

Professora ANA RITA MARCELO DE CASTRO, graduada em História, pela Universidade Federal de Goiás, Mestre em Ciências da Religião pela Pontíficia Universidade Católica de Goiás. É professora da Educação Básica, do Ensino Superior e Pós Graduação.

Coordenou o NEABI – Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas da Faculdade Alfredo Nasser, conselheira titular do Conselho Estadual da Mulher de Goiás, Assessora da Pastoral da Juventude do Meio Popular, integra a coordenação da Marcha das Mulheres Negras em Goiás, foi dirigente do  Sindicato dos Professores do Estado de Goiás- SINPRO-GO, integra o Fórum Goiano de Mulheres.

Secretária Municipal de Política de Promoção da Igualdade Racial da Prefeitura de Goiânia de 2013 a 2015. É militante feminista, presidiu o Conselho Estadual da Mulher do Estado de Goiás, de 2009 à 2012, foi Vice-presidenta do Conselho Municipal de Educação de Goiânia, no período de 2010 à 2012.

 

 

LÚCIA HELENA RINCÓN AFONSO

Nascida em 08 de janeiro de 1953, Filha de Helena Rincon Afonso e Paulo de Tarso Afonso. Viveu em Pires do Rio (Go) até 1967 e desde então em Goiânia. Casada com Sílvio Costa com quem tem dois filhos e uma filha. Foi professora da Rede Estadual Pública do estado de Goiás de 1971 a 1989 e é professora na PUC Goiás desde 1977 onde desde 2005 trabalha no Programa de Pós Graduação em Educação, Mestrado e Doutorado, trabalhando com as disciplinas Educação Trabalho e Gênero, Tópicos de Gênero e Formação de Professor@s, Educação, Sexualidade e Formação de Professor@s, e orientando principalmente em Relações Sociais de Gênero, Trabalho e Educação

Graduada em História pela Universidade Federal de Goiás (1974), mestre em História Regional pela Universidade Federal de Goiás (1981) e doutora em Educação pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2002)., tendo defendido a tese: Imagens de Mulher e Trabalho na Telenovela Brasileira (1999/2001): a força da Educação informal e a Formação de Professores/as (2002)Possui também um mestrado em Ciências Políticas e Sociologia pela Universidade Complutense de Madri, em um programa sobre Relações de Gênero.

 

Atualmente:

– Coordenadora Nacional da União Brasileira de Mulheres/UBM 2014-2017

– Membro efetivo do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, representando a União Brasileira de Mulheres, e no CNDM é da Câmara Técnica de Monitoramento, participando na SPM do Comitê de Monitoramento das Políticas para Mulheres do PNPM.

– Diretora da Associação dos Professores da Universidade Católica de Goiás.

-Membro da Coordenação do Fórum Nacional do PCdoB para a Emancipação da Mulher.

– 1979 – Secretária da Associação de Professores da Universidade Católica de Goiás

-1979/80 – Diretora do Movimento de Defesa da Amazônia

-1982 – Coordenadora da Comissão de Mulheres do Sinpro/Go

-1984 – Vice-presidenta do PMDB Mulher de Goiás

-Em 1985 foi uma das fundadoras do Centro Popular da Mulher de Goiás e então eleita sua primeira presidenta onde ficou até 1990. Neste mesmo ano compôs comissão nacional pela criação do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher

-1985/2013 – Por várias vezes, de forma intermitente, ocupou a Secretaria da Mulher na direção do PCdoB Goiás.

-Em 1986 foi uma das fundadoras da Revista Presença da Mulher onde permanece em seu Conselho Editorial

-Neste mesmo ano foi uma das coordenadoras do Seminário Nacional sobre Mulheres e Leis Trabalhistas.

-Também em 1986 foi uma das coordenadoras do Encontro Nacional de Mulheres Trabalhadoras da CGT

-1987 – uma das coordenadoras do Encontro Nacional de Entidades Emancipacionistas / Rio de Janeiro.

-Em 1988 foi uma das fundadoras da União Brasileira de Mulheres 1988 a 1992 – Membro da Comissão Auxiliar de Mulheres/ PCdoB Nacional

-1991 – Uma das fundadoras da Confederação Nacional de Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (CONTEE) da Rede Privada e sua Primeira Secretária para Assuntos da Mulher, até 1999. Durante sua gestão foram realizados 3 seminários nacionais sobre Assuntos da Mulher Trabalhadora.

-1995 – Participa da IV Conferência Mundial da Mulher, promovida pela  ONU

-2004 – recebe da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, a comenda Berenice Artiaga.

-2014 – Participa como membro da delegação brasileira da 58a CSW

 

 

 

 

 

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Vem aí o Seminário de Educação Inclusiva

Nos dias 02 e 03 de março acontece o Seminário de Educação Inclusiva: Lei Brasileira de Inclusão, com o tema: “Diálogo Aberto – Aceitando as Diferenças”. O evento é realizado pelo Fórum Goiano de Inclusão no Mercado de Trabalho das Pessoas com Deficiência e dos Reabilitados pelo INSS –  FIMTPODER e parceiros. O Sindicato dos Professores do Estado de Goiás apoia o evento.

 

Serviço: 

SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA:
Lei Brasileira de Inclusão
Tema: “Diálogo Aberto – Aceitando as Diferenças”

Data: 02/03/2018 / Horário: 18 às 21h
Data:  03/03/2018 / Horário: 7h30 às 18h
Local: Centro de Convenções de Goiânia – Rua 04, nº1.400, Centro, Tetro Rio Vermelho, Goiânia-GO
Público alvo: Profissionais das Redes de Ensino Privada e Pública
Inscrições gratuitas pelo site: www.fimtpoder.org.br
Informações: (62) 3501-0025
Realização: FIMTPODER e Parceiros
Apoio: MPT; MPE; SEPE, OAB-GO/Comissão dos Direitos das Pessoas com Deficiência e FIEG

PARA REALIZAR SUA INSCRIÇÃO, CLIQUE AQUI.

 

 

 

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Rescisão de contrato sem sindicato fragiliza empregado, aponta debate

 

A reforma trabalhista (Lei 13.467/2017), em vigor desde novembro do ano passado, acabou com a necessidade de o sindicato da categoria ou o Ministério do Trabalho revisar a rescisão dos contratos dos trabalhadores. Com isso, empregados e empregadores têm recorrido a cartórios para finalizar as relações trabalhistas. Audiência pública promovida nesta quinta-feira (22) pela Subcomissão Temporária do Estatuto do Trabalho apontou que a medida deixa os profissionais desprotegidos.

Segundo o presidente da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho, Ângelo Fabiano Farias da Costa, cartórios já têm oferecido o serviço por meio de uma escritura pública que pode ser emitida, inclusive, por meio eletrônico, sem a necessidade de comparecimento ao local físico. Ele observou que a participação dos sindicatos e do Ministério do Trabalho garantia o pagamento correto dos valores rescisórios.

— Estão fazendo por meio eletrônico, o que aumenta a possibilidade de sonegação de direitos trabalhistas. A reforma trouxe uma série de instrumentos para retirada de direitos trabalhistas. É preciso rever esses instrumentos – apontou.

Para o vice-presidente da subcomissão, senador Paulo Paim (PT-RS), a extinção da necessidade de comparecimento ao sindicato ou à superintendência do Ministério do Trabalho para homologar uma rescisão contratual abre espaço para fraudes.

— Daqui a pouco o trabalhador vai receber a rescisão pelo correio – lamentou Paim.

Itamar Kunert, da Central dos Sindicatos Brasileiros, ressaltou que a homologação garante segurança jurídica para trabalhadores e empresários, pois demonstra que o empregador pagou o que deveria e o trabalhador recebeu aquilo que tinha direito.

– A homologação é a coisa mais importante não apenas para o trabalhador, mas para o empresário. É uma garantia de que houve um corte no contrato de trabalho– assinalou.

 

Demissão imotivada

A reforma trabalhista criou a possibilidade de funcionário e patrão negociarem uma demissão de comum acordo. O trabalhador que optar por essa nova forma de demissão perde o direito ao seguro-desemprego e ganha somente a metade do valor correspondente ao aviso prévio e da multa do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Essa nova ferramenta pode ser utilizada para coagir o trabalhador ao consenso, segundo participantes da audiência.

Na avaliação de Rogério Silva, membro do Comando Nacional de Mobilização do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), a demissão sem justa causa — aquela que não pode ser justificada por falta grave do trabalhador ou por motivos econômicos relevantes – precisa ser revista.

—   A dispensa imotivada é hoje um poder que o empregador tem sobre o empregado, algo que já não é permitido em vários países. Essa dispensa não poderia ser por puro arbítrio do empregador – criticou.

O presidente da Associação Latino-Americana de Juízes do Trabalho, Hugo Melo Filho, também defendeu a regulamentação do artigo 7º Inciso I da Constituição Federal, estabelecendo regras para proteção do empregado contra dispensas arbitrárias.

 

Contratos precários 

Outro ponto frisado na reunião foi a regulamentação de novas modalidades de contratos de trabalho como intermitente e temporário. Para a vice-presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), a juíza Noemia Porto, esses contratos precários enfraquecem os sindicatos e diminuem o poder de negociação dos trabalhadores e o respeito aos seus direitos

— Está em curso um processo de desprofissionalização dos trabalhadores e um processo de desindicalização que atinge a identidade coletiva dos trabalhadores, que é fundamental pela luta de melhor qualidade de vida e de trabalho. Eu deixo de ser o engenheiro ou a cozinheira e passo a ser o PJ, o autônomo, o trabalhador intermitente – alertou.

 

Mercado de trabalho 

Apontada pelo governo como saída para gerar emprego no país, a reforma trabalhista não conseguiu abrir nenhum novo posto de trabalho, de acordo com a pesquisadora do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho da Universidade de Campinas (Cesit/Unicamp), Marilane Oliveira Teixeira. Também não conseguirá assimilar as 4,5 milhões de pessoas em idade economicamente ativa que entraram no mercado de trabalho desde 2015, conforme a pesquisadora.

— No mesmo período foram retiradas 726 mil pessoas do mercado. É como se ninguém tivesse sido incorporado e além disso mais de 700 mil saíram. É uma catástrofe – disse.

 

Trabalho informal

Ainda de acordo com dados apresentados pela pesquisadora, o trabalho informal, que vinha registrando queda até 2013, disparou nos últimos anos e tende a aumentar com a reforma:

— Hoje, somando o trabalho não registrado e o por conta própria são 36 milhões de homens e mulheres contra 34 milhões com carteira de trabalho – registrou.

 

De Brasília,  Portal CTB (Com agência Senado)

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Perseguição a professores e Lei da Mordaça serão debatidas na Câmara de Deputados

 

 

A perseguição de professores por membros do “Movimento Escola Sem Partido” será debatida na Comissão da Câmara dos Deputados que trata do Projeto de Lei (PL) Nº 7180/2014. A iniciativa é do deputado João Carlos Bacelar Batista (PODE-BA) que pretende chamar para depor os professores perseguidos Daniel Macedo, da Escola Estadual Lucilo José Ribeiro, de São José da Tapera (AL); Cleonilde Tibiriçá, da Fatec Barueri (SP); Janeth de Souza e Silva, do Instituto de Educação Rangel Pestana, em Nova Iguaçu (RJ); Gabriela Viola, do Colégio Estadual em Curitiba (PR); e Alice Aparecida e Silva, do Instituto de Educação Estadual de Londrina (PR).

O PL, de autoria do deputado Erivelton Santana (PEN-BA) inclui entre os princípios do ensino “o respeito às convicções do aluno, de seus pais ou responsáveis, dando precedência aos valores de ordem familiar sobre a educação escolar nos aspectos relacionados à educação moral, sexual e religiosa. Conhecido como Lei da Mordaça, o projeto é repudiado por várias entidades sindicais e democráticas.

Contee contra a Lei da Mordaça

A Contee lançou, em agosto de 2016, campanha nacional contra a Lei da Mordaça. As peças da campanha estão disponíveis no Portal da Contee e mostram, através das imagens de um professor amordaçado e de uma estudante impedida de ver e ouvir, como os projetos do movimento Escola Sem Partido representam um ataque à liberdade de cátedra e a construção de uma educação crítica e democrática. O mote é ‘‘A minha entidade sindical me defende deste ataque’’. A campanha também conta com um vídeo de denúncia à censura e em defesa da educação crítica e democrática.

Em abril de 2017, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu pela inconstitucionalidade da Lei 7.800/2016, de Alagoas, baseada no projeto Escola sem Partido. Para o ministro, a norma não tem condições de promover uma educação sem doutrinação.

A lei, copiada do texto base do projeto Escola sem Partido, foi questionada por meio da Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) 5.537, proposta pela Contee. Para Barroso, acatando a argumentação da Confederação, a lei “é tão vaga e genérica que pode se prestar à finalidade inversa: a imposição ideológica e a perseguição dos que dela divergem. Portanto, a lei impugnada limita direitos e valores protegidos constitucionalmente sem necessariamente promover outros direitos de igual hierarquia”.

O magistrado ressaltou que a norma implica desconfiança em relação aos professores, o que não faz sentido em relação ao papel desempenhado por eles na sociedade. Para ele, os professores “têm um papel fundamental para o avanço da educação e são essenciais para a promoção dos valores tutelados pela Constituição. Não se pode esperar que uma educação adequada floresça em um ambiente acadêmico hostil, em que o docente se sente ameaçado e em risco por toda e qualquer opinião emitida em sala de aula”.

Gilson Reis, coordenador geral da Contee, destaca quatro pontos contrários ao projeto: “1 – fere o princípio de autonomia pedagógica das escolas, bem como a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; 2 – propõe a imposição de determinações que cerceiam a atuação docente, contrariando o princípio da autonomia do professor e descaracterizando as possibilidades de efetivação de práticas pedagógicas dialógicas, assim como a própria relação professor-aluno nela implícita; 3 – fragiliza a relação família-escola, ao propor mecanismos que permitem aos pais e tutores censurar a atuação pedagógica de docentes e escolas; e 4 – contraria o princípio de laicidade da educação pública, desconsiderando os princípios que devem reger a atividade que prima pelo respeito à diversidade religiosa, bem como desconsidera outros princípios previstos na legislação educacional brasileira”.

Ataques aos professores

O deputado Bacelar pretende, na audiência, “demonstrar e discutir a perseguição que professores já vêm sofrendo por membros do ‘Movimento Escola Sem Partido’, antes mesmo que os trabalhos desta Comissão sejam concluídos. Daniel Macedo desenvolveu o projeto Diário de Gente — Sexualidade e Gênero, tendo elaborado com os alunos uma série de oficinas com estratégias pedagógicas diferenciadas: analisaram textos e reportagens sobre feminicídio, violência contra a mulher e identidade e expressão de gênero. Também assistiram a filmes e palestras, fizeram uma peça de teatro, apresentações de dança e música e uma sessão de fotografia. Desde então, o professor tornou-se alvo de perseguição. Na Assembleia Legislativa de Alagoas, deputados defensores do Escola Sem Partido cobram uma ‘punição severa’ ao professor. Daniel Macedo também tem sofrido ataques pessoais e difamação nas redes sociais, principalmente por páginas pró-Escola Sem Partido”.

Cleonilde Tibiriçá conta: “Eu trabalho a língua a partir de textos ancorados em um contexto geográfico, sociopolítico. Sempre trabalhei com a aprovação da direção. Tinha lá Hobsbawm, Milton Santos, Chico Buarque, Paulo Freire. Tinha também muitos artigos, alguns da Carta Capital, alguns da Veja. No segundo semestre de 2013, percebi a presença de um aluno estranho, com umas perguntas estranhas. Os textos que ele trazia vinham sempre do Instituto Millenium. Eu só descobri tardiamente que esse moço de 35 anos era ligado a este instituto e ao ‘Escola Sem Partido’ (ESP). Em outubro daquele ano, eu recebi um e-mail do Miguel Nagib, coordenador do ESP, dizendo que tinha recebido uma denúncia e uma série de documentos referentes a minha prática doutrinária em sala de aula. Dizendo que iria publicar três artigos e estava me avisando para que eu me defendesse. Eu respondi que não autorizava a publicação de artigo nenhum, que ele não me conhecia e que, se algum aluno tinha passado informações para eles, eram informações que circulavam no interior de uma relação pedagógica e que ele não deveria ter acesso a isso. Ele ignorou minha resposta e publicou. A primeira publicação ele mandou com cópia para o diretor da Fatec de Barueri, para a superintendente do Paula Souza e para o governador Geraldo Alckmin. Ele dizia que eu fazia aquela prática com o dinheiro do contribuinte. Que merecia sindicância para exoneração. Eu recebi mensagens de pessoas malucas me ameaçando, dizendo que eu não merecia só ser presa por doutrinar jovens contra a família e contra Deus, que eu merecia morrer. Na PUC chegaram a encontrar minha filha, indicaram quem era ela para um maluco e ele começou a gritar: ‘Olha a filha da doutrinadora’ Nunca imaginei que algo assim pudesse um dia acontecer.”

Janeth de Souza e Silva também relata: “Eu sou professora da rede estadual desde 1984 e estou respondendo a uma sindicância por ‘doutrinação ideológica’. Sou professora de inglês e defendo a escola pública como sempre defendi a vida toda. Toda vez que tem uma greve, eu converso com os meus alunos e explico os motivos das greves e o desrespeito que os governantes têm com a educação e os educadores. Acho que eles têm o direito de saber os motivos das greves que os afetam diretamente. E parece que agora isso é tido como doutrinação. Um belo dia fiquei sabendo que havia uma gravação de 40 minutos de uma aula minha, que havia uma sindicância e que a acusação era doutrinação ideológica. Fiquei muito surpresa, mas continuo achando que, se eu for participar de uma greve, meus alunos têm o direito de saber os motivos, mesmo porque ensino futuros professores. A sindicância foi aberta em novembro de 2015 e até agora não tive qualquer notícia.”

Gabriela Viola acredita “que o conhecimento tem que ser construído em parceria com os alunos. Eu levo um tema e a partir de um debate ele vira um conhecimento conjunto. E minha relação com os estudantes foi construída com muito respeito, nunca precisei tirar aluno de sala de aula ou aumentar o tom de voz. E nunca tinha sofrido qualquer tipo de repressão antes do ocorrido. O ataque veio por parte de páginas de direita, principalmente por causa do autor escolhido e do ritmo de música, que é marginalizado dentro da sociedade. A paródia (versão do funk Baile de favela com letra falando das teorias de Karl Marx) foi uma forma que eu encontrei de fazer a sala toda participar do conteúdo. Eles que escolheram o estilo musical, fizeram a paródia. Aí postei a música no Facebook no domingo à noite, e, no dia seguinte, o vídeo já estava em um monte de páginas, inclusive dizendo que era doutrinação ideológica. Algumas páginas de direita me ameaçaram. A coordenação do colégio disse que era para eu ficar em casa enquanto o Núcleo Regional de Educação resolveria o que fazer com meu caso. O fato de me mandarem para casa fez como que os alunos se mobilizassem no colégio e houve duas manifestações, de manhã e à noite, e também criaram a hashtag #VoltaGabi. Na mobilização da noite, a patrulha escolar foi chamada, mas apareceram três carros da Rotam. Acho que ninguém esperava essa pressão dos alunos e acho que a repercussão negativa de me mandar para casa influenciou na decisão de me trazer de volta. Nós, professores, estamos sendo massacrados, apanhamos na rua quando pedimos melhor alimentação nas escolas, estamos sofrendo cortes. Esse projeto Escola Sem Partido vem de setores fundamentalistas que querem cada vez mais uma sociedade passiva e ignorante. A escola sem partido é escola de um partido só”.

Alice Aparecida e Silva leciona geografia: “Em junho, aconteceu um evento organizado pela equipe multidisciplinar do colégio em que nós debatemos a questão de gênero, desde violência contra a mulher, cultura do estupro, orientação sexual em toda a sua diversidade, e culminou no Dia Mundial do Orgulho LGBT. Nós falamos também sobre a questão geracional, acessibilidade, idosos e prevenção de drogas, foi um trabalho amplo chamado ‘Diversidade e Sustentabilidade’. Nosso trabalho foi recortado e denunciado ao Juizado da Infância e Juventude por um advogado que tem um blog chamado ‘Endireita Londrina’, dizendo que estávamos estimulando a erotização infantil e trabalhando a ideologia de gênero – o que, aliás, precisamos discutir porque não existe ideologia de gênero – e ensinando pornografia. Tudo porque um dos grupos, que estava trabalhando a questão da orientação sexual, levou uma drag queen para fazer uma performance na hora do intervalo. Foi uma série de atividades, mas o enfoque foi na performance da drag e em um pedaço de um filme chamado ‘O homossexual não é perverso, perverso é o ambiente onde ele vive’, de 1971. Um professor do próprio colégio fez o recorte, ele é amigo desse advogado. A drag fez uma dança e três trocas de roupas, estava com todas as roupas. Isso está sendo chamado de pornografia. Essa atividade aconteceu no turno em que temos só alunos de ensino médio. E, em todo o trabalho que foi feito, foi feita uma arrecadação de fraldas geriátricas; professores e alunos falaram sobre o que pensam sobre drogas, direitos, deveres, diversidade sexual. Nós respondemos que não infringimos nenhuma lei, que trabalhamos com o conteúdo do MEC e que o foco foi o respeito à diversidade. Fizemos esse trabalho com adolescentes, não havia crianças na escola. Eu fui muito ameaçada na página do advogado. Já abrimos um processo contra o professor e contra o advogado. Esse advogado orienta estudantes a filmar as aulas para denunciar os professores, como na lei da mordaça. As manifestações homofóbicas, machistas e racistas na escola são recorrentes. Trabalhar esses temas é fundamental”.

Para o deputado Bacelar, “por tratar-se de desdobramento tão relevante e que merece ampla discussão, solicitamos a aprovação da Audiência Pública”. A proposta será apreciada na próxima reunião da Comissão.

 

Carlos Pompe da Contee

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Adilson Araújo: A mobilização e resistência devem continuar

 

Há 21 meses está em curso no Brasil uma agenda ultraliberal que impõe ao nosso povo graves retrocessos, que ganham sua maior expressão na aprovação da terceirização, da Emenda à Constituição 95 [a chamada PEC dos gastos] e da reforma trabalhista.

Nesta segunda-feira (19), fruto de ampla mobilização, resistência, unidade e luta, a classe trabalhadora alcançou importante vitória ao inviabilizar a votação da proposta enviada pelo presidente ilegítimo Michel Temer de “reforma” da Previdência Social.

Mas, a luta deve seguir vigilante e resistente na batalha contra a gestão neoliberal de Temer que vigora no Brasil de hoje.  Nossa mobilização não pode parar. A qualquer momento eles podem dar mais um golpe e tentar aprovar o fim da Previdência Social Pública.

Nesta luta, além da defesa dos direitos, também é tarefa da classe trabalhadora a defesa e concepção de um projeto de Brasil soberano e inclusivo.

As ações já realizadas em 2018 revelam a dimensão do embate que enfrentaremos este ano. E a nossa estratégia não deve ter outro caminho senão o da reconstrução do país a partir da luta pela retomada do crescimento, com valorização do trabalho e distribuição de renda.

 

Adilson Araújo
Presidente Nacional da CTB

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Entidades de Goiás planejam ações da ‘Jornada contra a mercantilização e em defesa da educação pública’

 

A “Jornada contra a mercantilização e em defesa da educação pública” lançada pela Contee e pela União Nacional dos Estudantes (UNE) começou a todo vapor em Goiás. Hoje (20), o presidente da Federação Interestadual dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino do Brasil Central (Fitrae-BC) e coordenador da Secretaria de Comunicação Social da Contee, Alan Francisco de Carvalho, o diretor da Fitrae-BC Geraldo Profírio Pessoa e o presidente do Sinpro Goiás, Railton Nascimento Souza, reuniram-se, em Goiânia, com o presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE) de Goiás, Ritley Alves, e com a primeira diretora de Instituições Públicas da UEE-GO, Danny Cruz, que também representou a UNE.

 

 

O objetivo do encontro foi o planejamento da jornada, que vai até o dia 2 de março, no estado. Segundo Alan, foram definidos dias e horários de panfletagens e de debates contra as várias formas de privatização e a financeirização da educação no país. O presidente da Fitrae-BC e diretor da Contee destacou ainda que outras entidades filiadas à Confederação nos municípios de Rio Verde e Anápolis também estão planejando ações da campanha. O objetivo central da jornada é esclarecer a sociedade sobre a necessidade de defesa da educação como setor estratégico para o desenvolvimento soberano no Brasil.

 

Por Táscia Souza da Contee