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Enem: para se proteger de fake news, aluno deve usar fontes oficiais

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou hoje (25) uma série de informações para que os participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) se protejam de notícias falsas, as fake news. O Enem será aplicado a 5,5 milhões de candidatos em todo o país nos dias 4 e 11 de novembro.

O Inep orienta os participantes a buscar informações apenas nos canais do Inep ou do Ministério da Educação (MEC), únicas fontes oficiais de informação sobre o Enem. A autarquia ressalta ainda que todo o conteúdo oficial do Enem é identificado com os logotipos do Inep e/ou MEC.

E-mails cadastrados pelos participantes durante a inscrição e o número de celular são usados apenas para enviar mensagens de caráter urgente ou de alerta por mensagem eletrônica ou SMS. O Inep é sempre identificado como remetente.

Confira as fontes de informação oficiais sobre o Enem:

Site do Enem: O enem.inep.gov.br é um site inteiramente dedicado ao exame. Tudo o que o participante precisa saber está organizado de forma cronológica, nas seções Antes da Prova, No Dia da Prova e Depois da Prova. Há também as seções Perguntas Frequentes e Cronograma.

Aplicativo do Enem: O aplicativo está disponível para os sistemas Android e IOS e pode ser baixado gratuitamente pela App Store e na Google Play. O aplicativo permite acesso ao Cartão de Confirmação da Inscrição; aos resultados individuais e à vista pedagógica da redação. O cartão de confirmação indica o local onde o estudante fará o exame.

Portal do Inep: Todas as notícias, orientações e comunicados relacionados ao Enem são disponibilizados no endereço http://www.inep.gov.br.

Sistema Enem e Página do Participante: O Sistema Enem dá acesso à Página do Participante, acessível apenas com CPF e senha. Permite consultar o local de prova e os resultados de todas as edições.

Redes sociais do Inep: As três redes sociais do Inep, FacebookInstagram e Twitterreplicam as principais informações relacionadas ao exame, permitindo que os seguidores de cada perfil tenham acesso facilitado a dicas, orientações e novidades.

Youtube do Inep: O canal do Inep no Youtube tem uma série de vídeos com orientações ao participante, com as principais informações do edital. O canal tem também uma sequência de vídeos em Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Fale Conosco do Inep: O atendimento ao público é feito pelo 0800 616161, com ligações gratuitas a partir de telefones fixos, e pela plataforma de autoatendimentoonline.

E-mails e SMS: O Inep usa os e-mails cadastrados pelos participantes durante a inscrição e o número de celular, para enviar mensagens de caráter urgente ou de alerta por mensagem eletrônica ou SMS, identificando o Inep como remetente.

Segundo o Inep, os estudantes podem se informar ainda pela Cartilha do Participante, que detalha o que se espera do candidato na avaliação e pelo edital do Enem, que tem versão em Libras, com todas as regras do exame. Além de veicular publicidade na rádio e TV, o Inep realizará ações nas escolas de ensino médio de todo o país.

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Com Bolsonaro, combate ao trabalho escravo pode retroceder

Principal consultor de Bolsonaro na área rural, cotado inclusive para ser ministro da Agricultura, se o candidato de extrema direita ganhar, defende mudanças na punição ao trabalho escravo

No ano em que a Lei Áurea brasileira completa 130 anos e o país ainda luta para erradicar o trabalho escravo, o risco do combate a esse crime contra a classe trabalhadora ainda corre risco de retrocesso. Um dos principais conselheiros de Jair Bolsonaro (PSL), o ruralista Luiz Antônio Nabhan Garcia, compara o crime de trabalho escravo com simples irregularidades trabalhistas e defende a mudança no conceito do que é trabalho análogo à escravidão.

“Uma simples irregularidade trabalhista não pode ser transformada em trabalho escravo”, disse o fazendeiro e presidente União Democrática Ruralista (UDR), antes de reunião na casa do candidato de extrema direita com um grupo de cerca de 40 produtores rurais, relata reportagem de Cristiane Agostine, do jornal Valor Econômico.

O fazendeiro, cotado para comandar o Ministério da Agricultura em um eventual governo Bolsonaro, que tem muitos aliados no agronegócio, ignora o Código Penal brasileiro que define as condições atuais de escravidão. Não se trata de simples irregularidades trabalhistas e, sim, da exposição de trabalhadores e trabalhadoras a jornadas exaustivas e ambientes degradantes, ferindo a dignidade e a liberdade. A pena vai de dois a oito anos de prisão mais multa.

Segundo o Art. 149, do Decreto Lei nº 2.848, de 07 de dezembro de 1940, reduzir alguém a condição análoga à de escravo é submetê-lo a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto (redação dada pela Lei nº 10.803, de 11.12.2003).

Para o ruralista aliado de Bolsonaro, que critica o combate ao trabalho escravo nos governos dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff, do PT, a exposição de trabalhadores a condições degradantes e desumanas de trabalho é apenas uma questão econômica.

“Como é que quem está gerando emprego, produzindo, trabalhando, pagando imposto pode ser considerado escravagista? O que tivemos aí nos governos anteriores, em especial do PT, são instituições que foram transformadas em órgãos de perseguição ideológica. Isso não pode existir”.

“Essa analogia ao trabalho escravo tem de ser muito mais aprofundada”, disse Nabhan.

Trabalho escravo

Mais de 53 mil trabalhadores e trabalhadoras foram resgatados do trabalho escravo desde 1995, segundo o Ministério do Trabalho. No entanto, o número de autuações tem reduzido desde o golpe de 2016, que colocou no poder o golpista e ilegítimo Michel Temer, cuja equipe também já falou em rever o conceito de trabalho análogo à escravidão.

Em dezembro de 2017, Temer, inclusive, teve de voltar atrás e mudar o texto de uma Portaria do ex-ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, sobre as regras de combate ao trabalho escravo no país, editada em outubro, depois de críticas de organizações do mundo inteiro.

A Portaria de Nogueira, que saiu do Ministério para se candidatar a deputado federal pelo Rio Grande do Sul e perdeu a eleição, alterava conceitos de ‘trabalho forçado’, ‘jornada exaustiva’ e ‘condições análogas à de escravidão’.

Lista suja

Nogueira também tentou impedir a divulgação da lista com os nomes das empresas flagradas pelos auditores-fiscais do trabalho. Ele defendia que a inclusão da empresa na lista só poderia ser feita se a equipe fizesse um Boletim de Ocorrência (BO) e que só seria divulgada se ele autorizasse.

Quando assumiu, Temer impediu a divulgação da lista. Mas, em março de 2017, por decisão da Justiça, a lista voltou a ser divulgada.

A lista suja foi criada em 2003, durante o primeiro mandato de Lula, e transformou o Brasil em referência no combate ao trabalho escravo por expor publicamente empresas flagradas com trabalhadores em condições análogas à escravidão.

Portal da CUT

https://www.cut.org.br/noticias/com-bolsonaro-combate-ao-trabalho-escravo-pode-retroceder-f827

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Conheça as propostas de Bolsonaro e Haddad para a educação

Lemos os programas de governo dos dois candidatos à presidência e analisamos as propostas a partir dos documentos norteadores da educação brasileira. Confira!

O segundo turno das eleições apresenta uma disputa polarizada entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). Com concepções muito diferentes de educação, os dois candidatos têm dividido o eleitorado brasileiro.

O candidato eleito terá que dar continuidade, alterar ou revogar políticas já em andamento, como a Reforma do Ensino Médio, aprovada por Medida Provisória durante o início da gestão Temer, a Base Nacional Comum Curricular, partida em duas e com a versão de Ensino Médio ainda em tramitação após seguidas audiências públicas interrompidas por manifestações contrárias ao documento, e os projetos de lei protocolados pelo movimento Escola Sem Partido, que, embora avaliados como inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ganham cada vez mais força nos discursos de grupos ultraconservadores.

A próxima gestão também será responsável por seguir com a implementação do Plano Nacional de Educação (PNE), buscando cumprir as metas restantes e recuperar o atraso dos dispositivos não executados nestes primeiros 4 anos de vigência. Aprovado em 2014 e construído com ampla participação da sociedade civil, o Plano Nacional de Educação é o principal instrumento da política educacional. Ele faz um balanço das demandas da área, orienta a gestão e prevê um aumento do investimento público.

Outro fator central a ser enfrentado será o Teto de Gastos (Emenda Constitucional 95). Aprovado em 2016, ele restringe os gastos públicos por 20 anos, inviabilizando um aumento de financiamento da pasta e fragilizando a capacidade dos municípios de implementar políticas educacionais.

Tendo este cenário em vista, analisamos os programas de governo apresentados pelos presidenciáveis ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para ver como se posicionam em relação aos projetos em andamento, o que pretendem implementar e o quanto estão alinhados com as normativas educacionais do país. Confira.

Princípios da educação brasileira

Segundo o definido na Constituição Federal e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), legislação que regulamenta o sistema educacional brasileiro, são princípios da educação a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar, divulgar a arte, o pensamento e o saber, o pluralismo de ideias e concepções pedagógicas, o respeito à liberdade e apreço à tolerância, a valorização da experiência extra-escolar e a consideração com a diversidade étnico-racial.

Em seu programa de governo, Jair Bolsonaro (PSL) afirma diversas vezes o compromisso de eliminar a “doutrinação” das escolas. Em outubro de 2016, projeto com este propósito foi aprovado na Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas e, pouco depois, suspenso pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso. Segundo o texto da lei, ficava proibida a “doutrinação ideológica em sala de aula e nos livros didáticos”. Na ocasião, o ministro afirmou que a ideia da neutralidade política e ideológica da lei estadual contrariava o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas e a promoção da tolerância previstos na LDB. “A imposição da neutralidade – se fosse verdadeiramente possível – impediria a afirmação de diferentes ideias e concepções políticas ou ideológicas sobre um mesmo fenômeno em sala de aula. A exigência de neutralidade política e ideológica implica, ademais, a não tolerância de diferentes visões de mundo, ideologias e perspectivas”, registrou.

Em direta oposição a Bolsonaro, o programa de Fernando Haddad (PT) propõe “fortalecer as políticas afirmativas e de valorização da diversidade” e “massificar as políticas de educação e cultura em direitos humanos”. Sugere também a criação de política para que as unidades educacionais sejam “espaços de paz, reflexão, investigação científica e criação cultural”, mas não esclarece mais esmiuçadamente como funcionará o projeto.

Financiamento

Conforme o estabelecido na Constituição, a União é responsável por organizar e financiar o sistema federal de ensino e por prestar assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios. Anualmente, o Brasil destina em torno de 6% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação.

Para Bolsonaro, é possível fazer mais com os atuais recursos, não havendo necessidade de aumentar o investimento na área. O argumento do candidato é que o percentual investido pelo Brasil é superior ao investimento médio de países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Em seu programa de governo, o candidato considera as estratégias educacionais do Japão, de Taiwan e da Coréia do Sul para pensar a educação brasileira.

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Em conversa com o #EducaçãoNasEleições, Andressa Pellanda, coordenadora de políticas educacionais da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, elenca dois motivos pelos quais essa média não é um bom referente de comparação.

“Um primeiro é que muitos dos países da OCDE não precisam de um investimento grande em infraestrutura e inclusão de todas as crianças e adolescentes na escola, como é nosso caso. Nunca fizemos um investimento de peso inicial em educação como é o caso do Japão, que em sua reconstrução no pós guerra investiu fortemente em infraestrutura, insumos básicos de qualidade e inclusão de todas e todos na educação. Apesar da diferença de contexto e de fonte de investimentos, é um caso a se compreender”, explica.

“O segundo ponto, que é muito mais realista e preciso, é a comparação do investimento por aluno: o nosso é muito mais distante e baixo que da média dos países da OCDE. Ou seja, temos um investimento geral parecido, mas um diferente investimento por aluno”, completa. Isso significa que, para pensar políticas públicas de investimento em educação, temos que ir além do montante geral de recurso e analisar a realidade brasileira também por números de crianças, adolescentes, jovens e adultos que estão na escola – uma população muito maior que a maioria dos países da OCDE.

Pelo estabelecido na Meta 20 do PNE, o aumento de investimento na área é necessário. O plano prevê que esta elevação se dê de forma progressiva ao longo dos anos, até que se atinja 10% do PIB. Além disto, propõe um mecanismo de cálculo que mensura o valor necessário por estudante matriculado para que se oferte uma educação de qualidade. “O Custo-Aluno-Qualidade dedica o investimento necessário para se obter um patamar de qualidade na educação para a realização do ensino-aprendizagem nas escolas. E ele calcula o investimento de 10% do PIB, porque inclui essa injeção de infraestrutura e de melhoria da qualidade, com inclusão de todas e todos. A ideia é que, passado esse PNE e cumprido esse investimento, o patamar diminua para um patamar de manutenção dessa qualidade”, explica Andressa.

Em seu plano de governo, Haddad dispõe-se a implementar o Custo-Aluno-Qualidade e efetivar o financiamento progressivo. Para isso, planeja revogar o congelamento de gastos nas áreas sociais decretado pela gestão Temer: a Emenda Constitucional 95.

Currículo

Os dois candidatos citam em seus planos de governo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e afirmam a necessidade de que ela seja alterada. Para Bolsonaro, a alteração deve proporcionar uma ampliação da “oferta de matemática, ciências e português sem doutrinação e sexualização precoce”. Para Haddad, devem ser realizados “fortes ajustes (…) em diálogo com a sociedade, para retirar imposições obscurantistas e alinhá-las às Diretrizes Nacionais Curriculares e ao PNE”.

Homologada em dezembro de 2017, a Base foi alvo de intensos debates nos últimos três anos. Sua ideia inicial, disposta no Plano Nacional de Educação (PNE), era servir como um documento norteador, estabelecendo os objetivos de aprendizagem de todas(os) as(os) estudantes da Educação Básica no Brasil. Para isto, o texto deveria passar não apenas pelos órgãos do legislativo e executivo federal, mas ser construído de forma participativa, contemplando os interesses de diversos grupos que compõem o campo educacional.

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O desenrolar do processo, entretanto, tomou outro caminho, criticado por sindicatos de professores, entidades estudantis, organizações da sociedade civil e representações acadêmicas por ser muito verticalizado e apresentar uma concepção reducionista de direito à educação. Além das críticas ao processo de construção do documento, outro ponto de conflito foi o respeito à diversidade. Com a justificativa de que a temática de gênero provocara muita controvérsia, o Ministério da Educação (MEC) suprimiu os termos “gênero” e “orientação sexual” do documento. Antes de ser aprovado, o texto foi partido ao meio na metade do processo. Devido à proposta do executivo de reforma do Ensino Médio, as discussões sobre essa etapa foram postergadas para 2018 e separadas da Educação Infantil e Ensino Fundamental.

Apesar de defenderem a necessidade de alterações no documento, ambos os candidatos consideram a Base necessária e argumentam por sua manutenção. “O que preocupa é a existência de um consenso sobre a necessidade de uma BNCC e a crença na redenção das mazelas educacionais pelo currículo. Política curricular – algo que temos de sobra no Brasil – não é currículo. A julgar pelo que trazem os programas das candidaturas ao Planalto, esse debate ainda vai longe”, afirma o professor da Universidade Federal do ABC Fernando Cássio.

Valorização Docente

Reconhecendo a centralidade das/os professoras/e no processo educativo, a Meta 17 do Plano Nacional de Educação estabelece que a valorização das/os profissionais do magistério das redes públicas passa por equiparar seu rendimento médio ao das/os demais profissionais com escolaridade equivalente.

Hoje, professoras/es enfrentam enorme diferença salarial frente a profissionais de outras áreas com mesmo nível de formação. Além disso, ainda que o piso salarial definido em lei federal seja de R$2.455,35 para uma jornada de 40 horas semanais, 45% dos municípios brasileiros nem mesmo cumprem esse valor. Para melhorar este cenário, o PNE prevê a ampliação da assistência financeira da União aos estados e municípios para o cumprimento do piso e a construção de um plano nacional de carreira.

Em seu plano de governo, Haddad se compromete com o cumprimento destas duas previsões. Bolsonaro, por sua vez, propõe o apoio de universidades públicas na qualificação docente, mas não cita nenhuma iniciativa referente a salário ou carreira.

“Precisamos que professoras sejam tratadas e valorizadas como profissionais, e não como pessoas que realizam seu trabalho por amor ou vocação. É preciso garantir formação inicial e continuada, condições de trabalho, salário digno e carreira, acesso a bens culturais e participação efetiva das profissionais nos debates para impactar a elaboração e avaliação de políticas públicas da área”, defende Claudia Bandeira, pedagoga e assessora da iniciativa De Olho nos Planos.

Etapas e Modalidades

Desde a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), o sistema educacional brasileiro é estruturado por etapas e modalidades de ensino. A Educação Básica engloba a Educação Infantil (de 0 a 6 anos), o Ensino Fundamental (de 7 a 14 anos) e o Ensino Médio (de 15 a 17 anos). Concluídas estas etapas, pode-se cursar o Ensino Superior na área de preferência. Além da estrutura regular, a legislação também prevê modalidades de oferta de educação diferenciada, em que se inserem a Educação de Jovens e Adultos (EJA), a Educação do Campo, a Educação Indígena, a Educação Quilombola, a Educação Especial e a Educação à Distância.

No programa de Bolsonaro, fala-se sobre a importância de priorizar a Educação Básica e o Ensino Médio [sic]. Pretende-se reduzir os recursos do Ensino Superior para financiar outras modalidades. A ideia de opor a educação Básica ao Ensino Superior também é vista com preocupação por especialistas, como explica Fernando Cássio. “A questão não é que se gasta muito com o Ensino Superior, mas que falta recursos na Educação Básica”, explicita.

O programa também afirma que o atual modelo de pesquisa e desenvolvimento no Brasil está “totalmente esgotado”, para o que prevê a aproximação das universidades com empresas em nome de um empreendedorismo, já que a atual estratégia, centralizada, depende “exclusivamente de recursos públicos”. “É como se a universidade tivesse que se dedicar ao que é útil, produtivo”, coloca Cássio, mencionando uma forte tendência que o Ensino Superior responda às demandas do mercado e se afaste da produção de pesquisas públicas, responsáveis por induzir o processo de inovação tecnológica no País.

Propõe-se também valorizar a Educação à Distância: “deveria ser vista como um importante instrumento e não vetada de forma dogmática. Deve ser considerada como alternativa para as áreas rurais onde as grandes distâncias dificultam ou impedem aulas presenciais”. Vago, o texto do programa não permite compreender que etapas a modalidade seria considerada e, tampouco, se as aulas à distância corresponderiam a todo o currículo ou apenas parte dele. Em declaração à Folha em 7 de agosto, o candidato afirmou que a Educação à Distância permite “baratear o ensino” e “combater o marxismo“.

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Em 2017, o Ministério da Educação regulamentou a EaD em todo o território nacional, permitindo que as instituições de Ensino Superior ampliem sua oferta de cursos de graduação e pós-graduação de forma complementar ou exclusiva. No entanto, em relação ao Ensino Fundamental, a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) prioriza a modalidade realizada presencialmente. O Ensino à Distância seria utilizado apenas como complementação da aprendizagem ou em situações emergenciais.

Já no programa de Haddad, propõe-se colaborar com municípios para ampliar as vagas em creches e fortalecer as pré-escolas. De acordo com o pacto federativo brasileiro, que aborda as responsabilidades de municípios, estados e Governo Federal, a demanda relacionada à educação infantil é prioridade dos municípios.

No Ensino Fundamental, pretende-se expandir a oferta de educação em tempo integral. No Ensino Médio, revogar a reforma e, para melhorar a qualidade, criar bolsa-permanência e convênios entre escolas e Institutos Federais. “A pressa da reforma não é somente a expressão da falta de fundamentos da Lei que se criou, mas também a imposição de um modelo que tem como pilar o barateamento e a privatização da oferta do Ensino Médio no país”, afirma Roberto Catelli, coordenador executivo da Ação Educativa.

Bolsonaro não menciona a Educação de Jovens e Adultos, a Educação Especial, nem as modalidades do campo, indígena e quilombola. Já Haddad propõe retomar a centralidade das ações de redução do analfabetismo, consolidar a política de educação especial na perspectiva inclusiva em todas as etapas e modalidades de ensino e retomar os investimentos na educação do campo, indígena e quilombola.

O Especial #EducaçãoNasEleições2018 é uma parceria entre Ação Educativa e Carta Educação.

Carta Educação

http://www.cartaeducacao.com.br/educacao-nas-eleicoes-2018/conheca-as-propostas-de-bolsonaro-e-haddad-para-a-educacao/

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Se acabar com o ECA, Bolsonaro vai expor crianças a todo tipo de abuso

Estatuto é a base legal para proteção contra abuso sexual, exploração de trabalho, violência e também garante direitos a educação, saúde, cultura e lazer. Advogado Ariel de Castro Alves resume: “seria uma tragédia”

ão Paulo – “Acabar com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é expor as crianças e adolescentes ao abuso sexual, à exploração do trabalho infantil, sem garantias de acesso à educação, à saúde, à assistência social. Se hoje, com uma das mais avançadas legislações do mundo, nós ainda temos tantos problemas, imagine se a lei for ‘jogada na latrina.” O alerta é do advogado Ariel de Castro Alves, fundador da comissão da Criança e do Adolescente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Ele e outros especialistas no tema avaliam que a ideia do candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) de revogar a legislação vai liberar todo tipo de abuso contra crianças e adolescentes.

“O ECA tem que ser rasgado e jogado na latrina. É um estímulo à vagabundagem e à malandragem infantil”, afirmou Bolsonaro em entrevista coletiva, na cidade de Araçatuba (SP), em 23 de agosto. O candidato acusa a legislação de servir à impunidade de adolescentes e é defensor da redução da maioridade penal para 16 anos.

“Isso seria uma tragédia. Todo sistema de medidas protetivas para crianças e adolescentes, com Conselhos Tutelares, Varas da Infância, delegacias especializadas, abrigos para crianças que sofrem abusos, assistência social. Tudo isso está ancorado no ECA”, disse Alves.

O estatuto é comumente associado apenas às medidas socioeducativas para responsabilização dos menores de 18 anos que cometam crimes – definidos como atos infracionais. No entanto, todas as garantias legais e de proteção da criança e do adolescente também estão definidas na norma.

“O ECA está constituído em uma premissa de proteção integral. Todas as normas de proteção, garantia de direitos e responsabilização estão definidas ali. Essa ideia é ‘jogar na latrina’ a infância. É um grave retrocesso, depois de tanta luta para mudar os processos de educação e cuidado com as crianças e adolescentes, que ainda está longe de ser o ideal”, avaliou o ex-diretor do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedeca) de Interlagos (zona de sul paulistana) Djalma Costa.

O estatuto define a proteção da criança como política de Estado, possibilitando inclusive que a criança seja protegida de um membro da própria família, se for necessário. Dados do Ministério da Saúde, reunidos entre 2011 e 2017, revelam que mais de um terço dos casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes são praticados por uma pessoa da própria família e quase 70% deles ocorrem dentro da casa da vítima.

“Nesses casos, o ECA prevê que a Justiça pode determinar a saída do agressor da casa, seja ele padrasto, tio, primo. Também permite transferir o cuidado da criança ou adolescente para outro familiar ou a colocar em um abrigo. Isso para além das demais medidas penais.

Sem essa legislação é impossível esse tipo de atuação”, ressalta Alves. Uma revogação do estatuto também liberaria o trabalho de crianças e adolescentes, hoje proibido para menores de 16 anos, exceto na condição de aprendizes a partir dos 14 anos.

Para Costa, uma revogação do estatuto é um “convite à agressão e ao abuso” contra crianças e adolescentes. “Voltaremos à ideia de que eles são propriedade de alguém e não pessoas, não sujeitos com direitos, interesses e sonhos”, afirmou.

O defensor destacou que sem o ECA, todo tipo de política pública será abandonada, tornando crianças e adolescentes “cidadãos de terceira classe, lembrados apenas quando estão incomodando alguém, como era antes do estatuto”.

Itamar Batista Gonçalves, gerente de Advocacy da ONG Childhood Brasil, que atua no enfrentamento à violência sexual de crianças e adolescentes, ressaltou que esse tipo de ação só começou a ter espaço no Brasil após a implementação do ECA. “O abuso sexual contra crianças e adolescentes era uma questão ‘naturalizada’ pelos costumes. Apenas com a criação do estatuto é que vamos ter uma estrutura legal e instituições para fazer esse trabalho, tanto na prevenção quanto no enfrentamento”, afirmou ele, avaliando que não seria tão simples revogar essa legislação.

Gonçalves lembrou ainda que o ECA não foi criado pelo desejo de um grupo político ou partido, mas por uma grande mobilização social. “Esta articulação respondia a um processo que vinha sendo realizado no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU) para reconhecimento e defesa dos direitos de crianças e adolescentes.

O estatuto incorporou essas discussões e se tornou uma referência internacional em legislação de proteção, garantias e responsabilização de crianças e adolescentes”, relatou.

Para os especialistas, o estatuto é a ferramenta que temos para pressionar o Estado brasileiro em todos os sentidos na garantia de direitos das crianças e adolescentes, como acesso à educação, saúde, cultura, medidas de proteção e de responsabilização.

Também na inclusão das crianças que têm algum tipo de deficiência física ou intelectual. “Sem isso voltaremos ao tempo da caridade, desobrigando o Estado de zelar por elas”, explicou Alves, que considera que uma revogação dessa legislação seria inconstitucional, já que o ECA regulamenta o artigo 227 da Constituição.

O ex-diretor do Cedeca lembrou que outras normas que afetam a vida de crianças e adolescentes também estão sendo alvo de alterações que reduzem a proteção. “O Congresso tem discussão sobre a redução da idade mínima para o trabalho, bem como o debate sobre a redução da maioridade penal. Em 28 anos, não conseguimos instituir plenamente o ECA e já tem quem queira destruí-lo. Nós vamos lutar contra isso, nas ruas e na Justiça”, afirmou Costa.

Rede Brasil Atual

https://www.redebrasilatual.com.br/eleicoes-2018/se-acabar-com-o-eca-bolsonaro-vai-expor-criancas-a-todo-tipo-de-abuso

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DOCUMENTOS APROVADOS NO XI CONGRESSO DO SINPRO GOIÁS – CONSINPRO

DOCUMENTOS APROVADOS NO XI CONGRESSO DO SINPRO GOIÁS – CONSINPRO

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BALANÇO DAS AÇÕES

 

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PRIMEIRA RODADA COPA SINPRO GOIÁS

 

No próximo dia 27/10 acontece a primeira rodada da Copa SINPRO GOIÁS 2018. O campeonato promovido pelo Sindicato dos Professores do Estado de Goiás – SINPRO GOIÁS, por meio da Secretaria de Esporte, Cultura e Lazer para professores filiados(as) ao sindicato terá quatro disputas, sendo a primeira entre a equipe ARAGUAIA e DEGRAUS às 16h e  Os jogos acontecem no Clube dos Oficiais em Goiânia.

Participe!

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“O voto: liberdade que a relação de emprego não verga”

Noticiários das últimas semanas fizeram emergir uma curiosa e delicada questão jurídica, que tanto diz com o mundo do trabalho quanto com a “festa da democracia”, como se convencionou designar as eleições nacionais: empregadores podem “orientar” funcionários sobre como exercer o direito de sufrágio? A resposta há de ser pronta e peremptória: não.

Como todo cidadão, o sujeito empresário tem liberdade para exercer com plenitude seus direitos políticos, para exprimir suas ideias e, é claro, para administrar sua empresa. Em matéria eleitoral, porém, há limites a respeitar. Assim, por exemplo, a legislação brasileira considera criminosa a “venda de votos” e também o “voto de cabresto”, situações ordinárias na primeira metade do século 20 e ainda hoje renitentes em nossa realidade. Assim, não são lícitas as práticas em que o eleitor “troca” o voto por benefício ou vantagem de qualquer natureza, proporcionado ou oferecido pelo candidato ou por quaisquer apoiadores, como também não é lícita a cooptação de eleitores sob ameaça explícita ou velada, forçando-o a negociar o voto para prevenir algum prejuízo pessoal.

Com efeito, de acordo com a Lei nº 9.504/97, o candidato que doar, oferecer, prometer ou entregar ao eleitor algum bem para obter o voto — inclusive uma vaga de emprego ou função pública –, desde o registro da candidatura até o dia da eleição, está sujeito a pena de multa, cassação e pode torna-se inelegível por oito anos. Da mesma maneira, reza o art. 301 da Lei nº 4.737/65 (Código Eleitoral) que é crime usar de violência ou grave ameaça para coagir alguém a votar ou não votar em determinado candidato ou partido, ainda que os fins visados não sejam conseguidos, cominando-se pena de reclusão até quatro anos e pagamento de cinco a 15 dias-multa. Frequentemente tais práticas têm lugar no próprio ambiente de trabalho, o que deve ser repelido e denunciado.

É que a relação de emprego guarda no chamado poder hierárquico patronal uma das suas mais importantes caracterizações, vulnerabilizando o trabalhador em diversas circunstâncias. Na organização do seu empreendimento, o empregador pode modular o trabalho contratado, como pode fiscalizá-lo e, até mesmo, punir o seu empregado. Em contrapartida, surge para o empregado a obrigação de aceitar as ordens legais de serviço, tendo o trabalho fiscalizado e submetido às regras internas. O trabalhador submete-se ao que manda o patrão em decorrência da própria relação de emprego, porque se vê inserido em uma relação econômica assimétrica que vulnerabiliza a parte economicamente mais fraca.

No entanto, há restrições às prerrogativas do empregador, freando a tendência de a subalternidade econômica espraiar-se para o domínio da vida extralaboral. A fronteira do cabível assenta-se funcionalmente no estrito âmbito da relação de emprego e materialmente nos limites do exercício razoável dos direitos civis, políticos, sociais, econômicos e culturais por parte dos empregados. Assim, não cabe ao patrão imiscuir-se nos elementos de vida do trabalhador que não afetam a relação de emprego, especialmente em aspectos personalíssimos, como questões religiosas, filosóficas, familiares e políticas.

É certo que a utilização da estrutura empresarial para obtenção de compromissos eleitorais não possui relação funcional com a relação de emprego. Ao contrário, agride o principal direito político do cidadão, que é o de eleger livre e secretamente os representantes junto ao poder público. Entenda-se bem essa agressão: quando o patrão convida seus empregados para tratar de política, em horário de trabalho, mesmo que sem a declarada intenção de obrigá-los a perfilhar determinada orientação, não o faz como faria um seu familiar, amigo ou irmão de fé, mas na qualidade de superior hierárquico, provedor de salário e de sobrevivência.

Com tanta diferença de potência, não há condições para estabelecer um debate igualitário, nem tampouco para alternativas de fuga discursiva ou resistência ideológica: ainda que o empregador genuinamente não pretenda “cabrestear” ou “cabalar”, o ambiente de tendencial dominação e hostilidade está bem-acabado para a imposição de uma única visão de mundo: a do empregador, apoiada na subordinação e na assimetria econômica. Da mesma forma, aliás, há limites para a atuação de sindicatos no convencimento político dos trabalhadores. Espaços empresariais fornecidos para comunicação das agremiações com seus representados não podem servir para a propaganda política de candidatos ou de programas partidários. Os sindicados podem, sim, externar as preferências políticas, mas em seus próprios espaços sociais, não nos franqueados pelas empresas para o diálogo sindical.

Não há democracia sem liberdade de escolha. Não há democracia sem freios e contrapesos. Não há democracia sem proteção de minorias e grupos vulneráveis. Parafraseando João Paulo II, se não quiser pôr a perder tudo o que defende e estimula, a democracia por si não se basta: ela precisa ter virtudes.

 

Guilherme Guimarães Feliciano, Juiz do Trabalho do TRT da 15ª Região, é presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra).

Rodrigo Trindade, Juiz do Trabalho do TRT da 4ª Região, é ex-presidente da Amatra-RS e membro da Comissão Legislativa da Anamatra.

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https://www.anamatra.org.br/imprensa/noticias/27110-o-voto-liberdade-que-a-relacao-de-emprego-nao-verga

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As ameaças de Bolsonaro à educação

Está circulando nas redes uma coletânea de matérias em que o candidato da direita, Jair Bolsonaro, refere-se à educação. Aqui estão elas:
1. Perigo de controle ideológico no sistema educacional brasileiro, como foi a proposta do general Aléssio Ribeiro Souto, assessor para assuntos educacionais de Bolsonaro, que defende uma reforma de conteúdos e de bibliografias de temas como o golpe civil-militar de 1964 e a ditadura (1964-1985), alterando os conteúdos atuais para novos planos educacionais que tratem a “verdade sobre 64” e  e não “a mentira e a canalhice” dos professores.
2. Mudanças contrárias à política de cotas
3. Mudanças contrárias ao Estatuto da Criança e do Adolescente  (ECA)
4. Impedimento da discussão de questões relacionadas à sexualidade e ao  à gênero, o que não colabora com o combate à AIDS e outras doenças sexualmente transmitidas e a homofobia e o feminicidio no Brasil
FONTE: https://politica.estadao.com.br/noticias/eleicoes,e-preciso-nova-bibliografia-para-escolas-diz-assessor-de-bolsonaro-para-a-educacao,70002547417
5. O discurso de Bolsonaro defende a implantação do Ensino à Distância desde o Ensino fundamental como forma de combater o marxismo nas escolas. A proposta anima uma das gigantes do mercado educacional, como é Kroton. Compreende-se que o EAD no ensino fundamental e médio será extremamente prejudicial às famílias mais vulneráveis e pobres, pois muitos não têm acesso à internet e dependem da merenda escolar para alimentar seus filhos. Em um plano geral, o EAD vai precarizar todo o sistema educacional nacional e todo o processo de ensino e aprendizagem, pois é também pelo convívio com os colegas em sala de aula e nas atividades recreativas que ocorrem muitos processos formativos e pedagógicos.
6. Bolsonaro defende o movimento “Escola Sem Partido” que pretende acabar com as discussões políticas nas escolas e punir criminalmente os funcionários da educação que o fizerem. O candidato diz que pretende usar um “lança chamas” no MEC para tirar de lá as ideias de Paulo Freire, constantemente demonizado.
7. Bolsonaro é contra o pensamento crítico, pois como afirmou: O nosso só tem pensamento crítico, pra saber se vai ser homem ou mulher, essa é a grande decisão da vida dele”
FONTE: https://oglobo.globo.com/brasil/bolsonaro-defende-educacao-distancia-desde-ensino-fundamental-22957843
8. Resgate de disciplinas extintas com o fim da ditadura, por meio da reintrodução curricular nas escolas e universidade da educação moral e cívica (EMC) e a organização social e política brasileira (OSPB), possivelmente em prejuízo da História, Filosofia, Geografia e Sociologia.
9. Incentivo à militarização do ensino por meio da ampliação do número de escolas militares, “replicando o sistema de colégios militares na rede pública”. “Segundo o general Osvaldo Ferreira, coordenador dos grupos técnicos de Bolsonaro, essa proposta inclui ainda a presença de oficiais nos colégios para manter ‘a ordem, a disciplina e o respeito’”.
10. Bolsonaro acusa os cursos de formação de professores de fomentarem o viés político doutrinador, especialmente “contaminados” pelas visões de Antonio Gramsci e Paulo Freire.
11. Defesa do ensino do criacionismo nas escolas (Ideia bíblica de que Deus criou o homem) ao lado do darwinismo. Um retrocesso científico para as áreas da biologia e história.
FONTE: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/09/bolsonaro-quer-resgatar-educacao-moral-e-civica-no-curriculo-das-escolas.shtml
12. Junção de três ministério: Esportes, Educação e Cultura.
FONTE: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/bruno-boghossian/2018/10/campanha-de-bolsonaro-aplica-seu-proprio-vies-politico-a-educacao.shtml
13. Bolsonaro defende a cobrança de mensalidade nas universidade federais, aprofundando o processo de privatização das universidade públicas com o discurso falacioso de que elas contemplam alunos ricos. Além disso, trata-se de uma grande afronta à Constituição e à LDB. “Estudo da Andifes divulgado em 2016 mostra que dois em cada três estudantes de universidades federais são de classe D e E.”
FONTE: https://educacao.estadao.com.br/noticias/geral,equipe-de-bolsonaro-quer-cobranca-de-mensalidade-em-universidades-federais,70002557697
14. Acusação leviana que as escolas estejam sexualizando as crianças precocemente, onde existiria a distribuição de materiais didáticos (kitgay) utilizado pelos professores para ensinar as crianças a serem homossexuais. Na publicação de Bolsonaro de 2016, consta que, para o PT, “brevemente a pedofilia deixará de ser crime”. Apesar disso, nunca houve iniciativas nesse sentido nos governos do PT.
FONTE: https://www1.folha.uol.com.br/educacao/2018/10/motores-de-bolsonaro-escola-sem-partido-e-ideologia-de-genero-tem-raizes-religiosas.shtml
15. União de creches e ensino religioso, possibilitando a oferta do ensino infantil em igrejas e desresponsabilizando o papel do Estado laico sobre o tema.
FONTE: https://educacao.estadao.com.br/noticias/geral,plano-de-bolsonaro-une-criacao-de-creche-e-ensino-religioso,70002546129
16. Defesa do gerencialismo e do tecnicismo. Para Bolsonaro, educação pública não precisa de mais recursos.
FONTE: https://www.redebrasilatual.com.br/eleicoes-2018/bolsonaro-educacao-publica-nao-precisa-de-mais-recursos
17. Financiamento público vai priorizar pesquisas que promovam o “empreendedorismo”, tirando a autonomia das universidades e das ciências e redimensionando o campo das ciências humanas, conforme afirmou Stavros Xanthopoylos, consultor da área educacional de Bolsonaro e possível futuro ministro do MEC: “as áreas como Humanas não podem ter ‘mil pesquisas”
FONTE: https://oglobo.globo.com/brasil/financiamento-publico-vai-priorizar-pesquisas-de-valor-intelectual-agregado-diz-campanha-de-bolsonaro-23058853
18. A Equipe de Bolsonaro planeja escolher os reitores das universidades federais, interferindo nos processos democráticos, escolhendo nomes previamente estudados, sem passado político democrático e tecnicistas.
FONTE: https://exame.abril.com.br/brasil/equipe-de-bolsonaro-planeja-escolher-reitores-das-universidades-federais/
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Linchamento virtual de jornalistas na eleição alerta para risco à liberdade de imprensa

‘Folha’ é ameaçada no Twitter por Bolsonaro horas depois de pedir investigação de “ação orquestrada com tentativa de constranger a liberdade de imprensa”

O candidato de extrema direita, Jair Bolsonaro, começa a emular a cruzada do presidente Donald Trump contra a imprensa tradicional. Ele lançou, nesta quarta-feira, uma ameaça direta ao principal jornal brasileiro em circulação no Twitter. “A mamata da Folha de S.Paulo vai acabar, mas não é com censura, não! O dinheiro público que recebem para fazer ativismo político vai secar e, mais, com sua credibilidade no ralo com suas informações tendenciosas são menos sérias [sic] que uma revista de piada!”, tuitou, seis dias depois de o jornal publicar uma reportagem em que aponta que empresários que o apoiam bancaram o disparo em massa de mensagens via WhatsApp contra o PT. E horas depois de a Folha anunciar que pediu para que a Polícia Federal investigue ameaças a seus profissionais por “indícios de uma ação orquestrada com tentativa de constranger a liberdade de imprensa”.