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Marcha dos Povos abre o Fórum Social Mundial com mensagem de otimismo

 

O FSM 2018 está atento aos problemas mundiais e às dificuldades por qual passa a luta progressista, atualmente, mas trouxe, já na marcha de abertura, uma mensagem otimista, traduzida no lema ‘Resistir é criar. Resistir é transformar!’. Aproximadamente 1.500 coletivos, organizações e entidades estão inscritos para participar do evento, onde deverão se realizar 1.300 atividades autogestionadas, distribuídas ao longo de cinco dias de intensos debates, encerrados no sábado (17).

 

 

A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) está, junto a outras entidades, na linha de frente da realização do Fórum. O presidente nacional da central, Adilson Araújo, defendeu a importância do encontro dos povos, principalmente, pela marca da diversidade – de gente, de lutas e de experiências. Para ele, o FSM acontece em um momento delicado, “em que o mundo reclama as repercussões da grave crise econômica mundial”, e servirá para denunciar uma agenda ultraliberal que quer se firmar.

Para Adilson Araújo, é preciso estar sempre atento para impedir o avanço da agenda ultraliberal, que, segundo ele, significa retroagir em relação às conquistas históricas de direitos fundamentais. “Ganhar as ruas é também fortalecer o processo de mobilização contra todo e qualquer retrocesso”, afirmou.

 

 

Além da CTB, outra entidade participante é a União dos Negros pela Igualdade (Unegro). A presidenta nacional, Ângela Guimarães, avaliou, com entusiasmo, a realização do FSM em Salvador como uma grande oportunidade para o movimento social da cidade. “Salvador vai vivenciar um processo que nunca viveu. A gente tem a convicção de que vai ser um momento de efervescência política muito grande, mas que também vai dar frutos. Do Fórum, precisa sair uma agenda unificada de luta”.

Para Ângela, o acesso a experiências distintas de atuação, em diferentes contextos, deverá dar aos participantes do FSM uma consciência global da luta por melhores condições de vida. “[Serão] Várias apresentações dos movimentos sociais que atuam em escala global, que denunciam esse capitalismo selvagem, ultraliberal, que denunciam a derrocada das democracias no mundo, o avanço do fascismo e o impacto disso para as populações”.

Também participante do Fórum, a União Nacional dos Estudantes (UNE) está sendo representada pela presidenta nacional, a baiana Marianna Dias. Durante a marcha, Marianna defendeu que o encontro internacional no País significa, também, uma possibilidade de mostrar ao mundo os efeitos do golpe contra o mandato da presidenta Dilma Rousseff, em 2016.

 

 

“A interrupção democrática, o autoritarismo de medidas que tiram o direito do povo, a desvalorização da universidade pública. Toda adversidade que o nosso povo tem passado, nós temos condições de passar para o mundo e, assim criar, ainda mais, uma rede de solidariedade internacional a tudo que o Brasil tem vivido”, explicou a presidenta da UNE.
Oriundo da luta dos trabalhadores, o deputado estadual do PCdoB da Bahia, Fabrício Falcão, também esteve na abertura do Fórum e celebrou a realização na Bahia. Segundo ele, o evento mostra o poder da organização dos povos e reafirma a luta pela igualdade, para “acabar com essa extrema concentração de riqueza, em que meia dúzia de pessoas tem mais da metade da riqueza do planeta”, disse.

Aberto, o Fórum Social Mundial inicia, nesta quarta-feira (14), os debates, que acontecerão em vários pontos da cidade.

 

 De Salvador, Erikson Walla, do PCdoB-BA

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