O Portal CTB entrevista o novo presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, seção de Goiás (CTB-GO), Railton Nascimento Souza. O Congresso Estadual aconteceu na quinta-feira (19), na capital Goiânia e elegeu a direção para o quadriênio 2017-2021.
Souza fala dos planos na nova gestão para enfrentar os desafios colocados pela conjuntura adversa provocada pelo golpe de Estado de 2016 e pela reforma trabalhista, que entre em vigor dia 11 de novembro. Por isso, diz o presidente da CTB-GO, “no dia 10 faremos uma grande manifestação em todo o país contra os absurdos dessa reforma contra a classe trabalhadora e os interesses nacionais”.
Ela conta também que as delegadas e os delegados presentes ao Congresso Estadual “foram encorajados pelo secretário-geral da CTB Nacional (Wagner Gomes) a seguirem firmes na luta e contarem com o apoio da direção nacional para as lutas que teremos que travar nesse momento desafiador”.
Leia a entrevista na íntegra:
Portal CTB: Com a realização do Congresso Estadual quais os planos futuros?
Railton Aparecido Souza: O clima foi de congraçamento e de determinação em fazer a CTB-GO crescer e avançar na sua luta classista nesse momento em que o sindicalismo é gravemente atacado por esse governo golpista e ao mesmo tempo que os trabalhadores e trabalhadoras mais necessitam de um movimento sindical forte e unido.
Inclusive, as delegadas e os delegados foram encorajados pelo secretário-geral da CTB Nacional (Wagner Gomes) a seguirem firmes na luta e contarem com o apoio da direção nacional para as lutas que teremos que travar nesse momento desafiador para a classe trabalhadora.
Quais entidades participaram desse Congresso?
O primeiro Congresso Extraordinário da CTB-GO aconteceu dia 19 de outubro, com a presença dos principais sindicatos fundadores da central, em 2009, quando fizemos nosso primeiro Congresso. Participaram desta jornada o Sinpro-GO, Sint-Ifesgo, Sinpror, Sinteea, Sindvap, Sinteerv e a Federação dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino do Brasil Central. Todas essas entidades tiveram assento na nova gestão.
Com esse suporte dá para mobilizar a classe trabalhadora de Goiás pelos seus direitos?
Com certeza. Pretendemos dialogar com todas as centrais sindicais no sentido de consolidarmos uma frente ampla em defesa das trabalhadoras e dos trabalhadores goianos que sofrem desde 1998 com a ascensão do governo tucano de Marconi Perillo que avança em seu programa neoliberal de venda do patrimônio público e de retirada dos direitos dos servidores públicos do estado.
O que a CTB-GO pode fazer para se fortalecer e colaborar com a unidade?
Começaremos por uma ampla campanha de filiações de sindicatos à central bem como a formação de núcleos de base combativos e com o compromisso classista.
Antes disso ainda, devido à conjuntura de crise econômica e política do país, pretendemos organizar a central para que ela tenha sustentabilidade financeira para cumprir sua tarefa e seus compromissos de luta.
Como isso será feito?
Realizaremos em breve a nossa primeira reunião de planejamento com apoio do Centro Nacional de Estudos Sindicais e do Trabalho, porque daremos prioridade absoluta à formação sindical e dessa forma melhorarmos nossa atuação.
Também apoiaremos e abraçaremos as lutas dos movimentos sociais do campo e da cidade. Além disso, apoiaremos as lutas da CTB Nacional, especialmente em Brasília.
A conjuntura impulsiona novos desafios. A CTB-GO está preparada?
Estamos nos preparando cada vez mais e melhor. A CTB vem crescendo muito e os dirigentes devem estar à altura desse crescimento. Nesta nova gestão, vamos buscar o diálogo com as instituições de Estado e contribuir com a defesa e consolidação de um modelo de desenvolvimento nacional com soberania e valorização do trabalho, o que para tanto exigirá um empenho do movimento operário para eleger em 2018 alguém do nosso lado para a Presidência da República, mas também nos empenharemos para eleger parlamentares que devolvam o Brasil aos trilhos da democracia e do respeito à vontade popular. No dia 10 faremos uma grande manifestação em todo o país contra os absurdos dessa reforma contra a classe trabalhadora e os interesses nacionais.
Portal CTB – Marcos Aurélio Ruy