A Polícia Militar do Distrito Federal aproveitou a ação de um pequeno grupo de provocadores (black bloc e outros) para reprimir violentamente a Marcha em Brasília, convocada pelas centrais sindicais, inclusive Contee, que reuniu mais de 150 mil trabalhadores e militantes dos movimentos sociais em Brasília. Aproveitando a provocação, o governo ilegítimo de Temer convocou o Exército para reprimir a população de Brasília, entre 24 e 31 de maio.
Em entrevista coletiva, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, tentou justificar a decisão do golpista de convocar o Exército: “É inaceitável a baderna, inaceitável o descontrole e” (Temer) “não permitirá que atos como esses venham a turbar o processo que se desenvolve de forma democrática e com respeito às instituições”. Segundo ele, a presença das Forças Armadas atende a um pedido de Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara. Mas Maia o desmentiu, dizendo que pediu ao Planalto o apoio da Força Nacional. “Eu pedi ao governo a intervenção da Força Nacional para a proteção dos manifestantes, dos servidores e do patrimônio público. Se o governo decidiu pelo envio de tropas das Forças Armadas foi em razão do que avaliou pelo já ocorrido”, afirmou Maia.
No Senado, a oposição fez questão de ordem pedindo cancelamento do decreto pelo Congresso Nacional, por inconstitucionalidade.
“Vivemos um momento grave. A democracia, os direitos trabalhistas e previdenciários são abertamente atacados pelo golpista Temer e seus aliados. Nossa resistência deve ocorrer nas ruas, como na nossa maior greve geral, realizada em abril, e nas ruas, como na Marcha em Brasília deste dia 24, e em todas as instituições da República”, conclama o coordenador-geral da Contee, Gilson Reis.
Carlos Pompe, repórter da Contee