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PEC da Previdência deve ser votada no início de 2017; centrais combatem proposta e cobram debate

 

Representantes de centrais sindicais, entre elas a CTB, participaram de um encontro nesta terça-feira (6) com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para discutir a PEC 287, projeto sobre a reforma da Previdência. Cobrado pelas entidades, Maia afirmou que a matéria vai seguir os prazos, o trâmite correto e o respeito ao debate com toda a sociedade.

“É uma matéria difícil e polêmica. Então, nada mais que o diálogo para que possamos construir consensos e convencimentos para que possa ser aprovada por uma boa margem de votos”, afirmou.

O presidente da Casa informou que vai propor uma comissão geral no Plenário da Câmara para que os sindicalistas possam debater o assunto. As mudanças propostas pelo governo golpista de Michel Temer contemplam, entre outras maldades, o aumento da idade mínima para 65 anos (homens e mulheres) e do tempo de contribuição, exigindo que o trabalhador contribua com a previdência durante, pelo menos, 25 anos, para ter acesso à aposentadoria integral. Com a nova regra, brasileiros terão trabalhar 49 anos para obter o benefício.

Em nome da CTB, Mário Soares deixou bem claro o posicionamento da central contra a reforma previdenciária de Temer, que penaliza o trabalhador e beneficia o mercado.  “Alertamos que o governo, mais uma vez, chama a classe trabalhadora para pagar a conta da crise. Ao invés de uma mudança tão radical e nociva ao povo, defendemos a redução dos juros como alternativa para a retomada do crescimento econômico”.

Mário acrescenta que a preocupação das centrais é, inclusive, com a pressa que o Governo tem em votar a PEC 287. Frente aos questionamentos, Maia disse que neste ano não há mais tempo para a votação e que respeitará a tramitação mínima de 11 seções e a máxima de 40. No entanto, o governo pretende votar até o final do primeiro semestre de 2017, na Câmara e Senado.

“A PEC da Previdência atinge e destrói os direitos de toda a classe trabalhadora. Caso o governo insista em aprovar da forma que está, convocaremos todos os trabalhadores para uma greve geral”, declarou Mário.

 

De Brasília, Ruth de Souza – Portal CTB

Foto: Agência Câmara