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Dificuldades com a Língua Portuguesa refletem na vida profissional dos jovens

O Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube) realizou uma pesquisa em 2013 com 7.118 participantes com foco nas competências relacionadas à Língua Portuguesa. Por meio de um teste ortográfico aplicado na forma de ditado com 30 palavras do cotidiano foi constatado que 40,6% dos candidatos, um total de 2.888 pessoas, não obtiveram êxito no teste por terem cometidos mais de sete erros, limite tolerado para a aprovação.

O estudo reuniu informações e estatísticas importantes, entre elas a ortografia, quanto ao desempenho dos jovens de diferentes segmentos, áreas de atuação e de ensino.

De acordo com Rafaela Gonçalves, analista de treinamento do Nube, os jovens não costumam se preparar para o estágio e para a carreira acadêmica. Ela explica que no teste pessoas com mais de 30 anos tiveram maior desempenho. Um dos fatores que justificam isso é o fato de que em outros tempos os alunos frequentavam mais a biblioteca, por exemplo, e tinham mais acesso à leitura e pesquisa.

Hoje, com as facilidades da internet, muitos alunos apenas copiam e colam conteúdos prontos, alteram uma ou outra parte do texto, passam o corretor ortográfico e já têm o trabalho pronto, sem mesmo se aprofundar sobre o conteúdo ou fazer uma leitura completa. “Com a deficiência na escrita o jovem não consegue elaborar seu raciocínio, ideias, dissertações, e não consegue expor seus projetos”, diz Rafaela.

Ela afirma que os problemas com o aprendizado do português certamente refletem na vida profissional. “As pessoas que estão no ensino médio tiveram o pior desempenho no ranking, 49% não se saíram bem, não conseguem colocar em prática”, diz Rafaela, que salienta que o problema também atinge alunos do ensino superior.

Segundo a analista de treinamento é fundamental ter uma boa leitura, praticar o texto, e desenvolver os materiais para se obter melhores resultados com o português. “Passa a ser um diferencial o que o jovem faz para melhorar seu desempenho e projeto profissional”, relata Rafaela.

No caso dos cursos superiores foram divididos aqueles com melhores e piores índices. Com estatística mais baixa em quantidade de reprovados estão os alunos de Pedagogia (86%), Moda (75%), Secretariado Executivo (69%), Engenharia Civil (68%) e Arquitetura e Urbanismo (64%). Com maior aprovação estão Engenharia de Controle e Automação (87,5%), Engenharia Química (82%), Medicina Veterinária (79%), Química (77%) e Nutrição (76%).

O site do Nube apresenta dicas para os jovens que pretendem melhorar seu português e aumentar as chances no momento de ingressar no mercado de trabalho.

Fonte: nota10.com.br

 

 

 

Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa do Sinpro Goiás