Categorias
Geral Recomendadas

Dia do Bombeiro

No dia 02 de julho comemora-se o dia do bombeiro, uma corporação da Defesa Civil que se encontra diretamente ligada à Polícia Militar.

A data foi decretada oficial no Brasil no ano de 1954.

_

O Sinpro Goiás parabeniza todos os bombeiros!!!

_

Fonte: Brasil Escola

_

Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

Categorias
Geral Recomendadas

Boas férias, colegas professores (as)!

Hoje é um dia feliz e triste. Feliz porque marca o início das férias de milhares de professores no país e, especialmente, em Goiás, estado que mantém uma conquista histórica: férias dos professores no mês de julho. Direito que muitos proprietários de instituições de ensino de educação básica querem abolir pelo menos parcialmente, disfarçadamente, com a justificativa da iminência da prova do   tal ENEM.

Ao amanhecer, depois de poucas horas dormidas, pois fiquei até de madrugada corrigindo provas infindas, ainda precisei fazer um movimento mecânico de virar centenas de folhas de provas, já corrigidas, para poder somar uma por uma e lançar as notas na planilha (em muitas escolas devemos depois de tudo isso lançar em um sistema que se encerra em hora determinada, impossibilitando ao professor qualquer segundo de atraso, como no esquema fordista-taylorista).
Os professores da escola privada são submetidos a um esquema rotineiro de ministração de aulas e aulas e aulas, elaboração de provas e correções contínuas. Muitos colegas preferem terceirizar a correção, contratando corretores (e vejam como a terceirização conforme o que reza o projeto de Lei do Dep. Sandro Mabel, tem como único objetivo claro, a precarização das relações de trabalho, com a perda objetiva dos direitos trabalhistas que passam a se perderem em cadeias infindas de transferências de responsabilidades e de instabilidade configurada na efemeridade do contrato de trabalho que em muitos casos não chegam à 12 meses).
A LDB estadual obriga as escolas a destinarem um terço da carga horária para hora-atividade, destinadas a esse tipo de trabalho. Essa lei não é regulamentada em Goiás. As escolas não têm limites. Colocam provas todas as semanas. Algumas obrigam o professor a elaborar provas até duas vezes por semana. Além disso, são submetidos à elaboração contínua de recuperações contínuas, simulados de ENEM e VESTIBULARES, à vontade do empregador, sem limites. O professor que não recebe nada por isso, deve se submeter. Caso contrário, levantado a voz, teme por seu emprego. A cultura goiana, tradicionalista e conservadora, vê nessas escolas que adestram alunos, que os mantêm cativos num processo de assimilação, repetição e reprodução de “telespecção” passiva de aulas e aulas… e de reprodução irracional de provas, simulados, provas, recuperações, provas, segundas chamadas, simulados ENEM, simulados de recuperação, provas, novas provas, outras provas, aulas, aulas show e provas…. E o mais grave… não recebem por todo esse trabalho. Mais-valia pura. Aqueles que pagam corretores podem mensurar a mais-valia que produzem para seus patrões ou que já produziram ao longo desses anos todos. Não tenho dúvida que somam dezenas de milhares de reais.
Isso sem falar nas professoras da EDUCAÇÃO INFANTIL E DO ENSINO FUNDAMENTAL. Em geral, levam uma pilha de cadernos de alunos, planilhas, planejamentos semanais, quinzenais, mensais, bimestrais ou semestrais, sem remuneração alguma para tanto.
Digo sem remuneração porque o professor do setor privado recebe por “aula em pé”, ou seja, hora aula. Todas as demais atividades, reuniões ou provas a elaborar ou corrigir, não entram no cálculo do pagamento. O que configura, como já foi dito, a mais pura e límpida mais-valia. Tanto é verdade o que digo que muitos proprietários de escolas não se importam em criar provas, e provas em modalidades novas, por saberem que os professores se submetem e corrigem sem a ninguém reclamar. Isso sem falar no desvio de função docente, muito comum em Goiás, que obriga professoras e professores a montarem festas juninas, limparem a escola, fazerem matriculas…
Comecei minha história de professor de escolas particulares em 1997. Antes eu já tinha experiência como orador em movimentos religiosos, inclusive grandiosas experiências de falar a milhares de pessoas em grandes ginásios ou estádios pelo país a fora.
Como professor já tive muitas, muitas, muitas alegrias. Gosto muito do que faço. Gosto muito de ensinar filosofia e cidadania para a juventude.
Ao longo do meu caminho já vi todo o tipo de desrespeito ao professor. Eu mesmo fui vitimado algumas vezes. Diretores proprietários, ou coordenadores subalternos, entrando na sala de aula e repreendo o professor frente aos alunos com toda a grosseria. Vigias que lembram, pobres coitados, seguranças de boates, constrangendo e intimidando professores e alunos com olhares invasivos por janelas feitas nas portas das salas de aula. Coordenadores gritando loucamente para professores ou para alunos pelos corredores da escola. Tudo isso e muito mais já vi. Meus colegas podem relatar muito mais. Ameaças de demissão por nada. Assédio moral. Obrigar os professores a visitar portas de faculdades em dia de vestibulares. Correções gratuitas de provas de vestibulares. Aulas de reforço ou extras gratuitas. Participação em reuniões de pais ou atendimento a alunos sem recebimento nenhum por isso.
Mas hoje, dia que marca o início das minhas férias, eu que sou um dos dirigentes do SINDICATO DOS PROFESSORES DA REDE PRIVADA DO ESTADO DE GOIÁS, pude sentir na pele o que é o desrespeito ao professor.
Trabalho dia e noite para ganhar cada centavo de meu salário, destinado a pagamento de impostos, contas e mais contas. Não tenho cargo público ou empresa paralela à minha atividade docente. Vivo de minhas aulas. Em geral, trabalho em três turnos como muitos colegas. O tempo que me resta livre quando não estou em sala de aula nos três turnos é dedicado ao SINDICATO e à elaboração e correção de provas.
Pois bem, hoje acordei feliz, como geralmente acontece. Fui até as escolas que trabalho para entregar as provas corrigidas que ainda estavam em minha posse e receber as minhas férias já que não pude fazê-lo antes por estar trabalhando.
Todos sabem que o pagamento das suas férias deve ser realizado dois dias antes do gozo das mesmas, sendo o salário de julho+1/3 das férias. Mas o que encontro ao reclamar meu direito? A primeira escola diz: só pagaremos as férias no dia do pagamento de junho, no quinto dia julho. A outra: não sabemos ainda como ficará o pagamento das férias. Fiquei sabendo que o meu caso é o mesmo de centenas de colegas. O que nos resta? Denunciar ao SINDICATO, à Justiça do Trabalho, ao Ministério Público do Trabalho.
Ou seja, a realidade de precarização do trabalho é generalizada. Temos uma taxa baixa de desemprego no Brasil atualmente. Mas lhes pergunto: que emprego ou subemprego é esse e sob quais condições objetivas e legais está assentado?
Fico muito decepcionado com a realidade da educação brasileira. São poucas as escolas privadas que valorizam o professor. Quanto ao Estado e ao Município, já somos sabedores da precarização imposta pelo governador Marconi que retirou e continua retirando direitos dos professores e do caso do prefeito Paulo Garcia que amarga uma greve que com seus integrantes ocupando a Câmara Municipal, exigindo o mínimo de dignidade e de respeito aos direitos dos professores do município.
Quanta irresponsabilidade de empresários e do Estado. Essa moçada que estamos formando, parafraseando Renato Russo, é o futuro na nação… “vamos fazer nosso dever de casa, aí então vocês vão ver nossas crianças derrubando reis, fazer comédia no cinema com as suas leis”. Como consolidar o projeto de uma grande nação com essa EDUCAÇÃO MEIA BOCA?
São poucas as escolas privadas que respeitam o direito de férias do professor. Em geral, são as confessionais tradicionais. Aquelas que ainda são tipificadas como filantrópicas. As demais, em sua maioria, não respeitam a CONVENÇÃO assinada como o sindicato dos professores. Negam direitos primários: assinatura na carteira de trabalho, pagamento de descanso remunerado, pagamento de hora aula sobre 5.25 semanas, pagamento de férias e décimo terceiro.
Em fim, estamos vivendo um momento complicado da EDUCAÇÃO no país. A sombra da escravidão, da servidão e ditadura que silenciava os trabalhadores, está pairando sobre nós.
Grande parte das vagas oferecidas para a educação básica é oriunda do setor privado e a MAIOR PARTE das vagas ofertadas para o ENSINO SUPERIOR (mais de 80%) é ofertada também pela rede privada.
Sabemos que a maioria dessas instituições está focada (obcecada) em aprovações em exames (ENEM, VESTIBULARES, ENADE). Ou seja, tudo gira em torno das avaliações. Todos passam a estudar os critérios das avaliações e como treinar melhor os alunos para o sucesso em suas resoluções. Como dizia Foucault em Vigiar e Punir, a escola é um lugar de realização ininterrupta de exames.
Não encontramos escolas, por exemplo, em Goiás, com um centro olímpico ainda que pequeno. Os estudantes, quando muito, ficam ali presos nessas escolas durante um período e voltam depois para casa. Não encontram emprego como aprendizes ou oportunidades de ingressar no primeiro emprego. Muitos jovens não veem sentido de estar na escola, como já não viam na própria família.
Resultado: suportam a escola por causa das amizades, da merenda, da criatividade dos professores com seus projetos heroicos. A conta é simples, muitos serão aliciados pelo tráfico, pela criminalidade. Aí setores conservadores da sociedade civil, orquestrados pela mídia, vão clamar mais uma vez pela redução da menoridade penal sem antes garantir aos jovens direitos básicos de educação e políticas de lazer, desporto e cultura.
O que vemos, portanto, é a inserção de centenas de jovens na criminalidade.
Imaginem se a escola fosse de fato integral, se possibilitasse aos alunos a iniciação esportiva na natação, atletismo, basquete, vôlei, futebol ou artes marciais. Ou mesmo na iniciação artística e musical para aprenderem a pintar, tocar um instrumento ou atuar.
Mas não. O que vemos é a escola que confina, enfileira e fica repetindo aulas, aulas, provas, provas, simulados, simulados. Tudo isso sem estética, cidadania, sem consciência política ou filosófica.
O que podemos esperar de um país que silenciosamente assiste a tudo isso e consente?
Caso não façamos nada agora, o futuro de nosso país será sombrio.
_
http://professorrailtonsouza.blogspot.com.br/
_
Prof. Raílton Nascimento Souza
Secretário de Formação do Sinpro Goiás
_
Jorn. FERNANDA MACHADO
Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás
Categorias
Destaques Geral Recomendadas

Carteirinha do Professor (a)

Ao se associar ao Sinpro Goiás, os professores (as) recebem a sua carteirinha, Com ela em mãos, entre outras vantagens, você garante seu direito ao benefício (Lei 17.575/2012), que assegura aos filiados (professores (as) de escolas particulares), o privilégio à meia entrada em cinemas, teatros, casas de diversões, praças desportivas e similares, no Estado de Goiás.

A sua carteirinha do Sinpro Goiás, acompanhada de qualquer documento oficial, além da assistência jurídica profissional e do livre acesso ao Clube do Sinpro Goiás, garante a você e a seus dependentes, os benefícios e vantagens proporcionados pelos nossos convênios ( em reestruturação).

Se você é professor de instituição particular de ensino (com carteira assinada) e ainda não é filiado (a) ao Sinpro Goiás, junte-se a nós aqui

_

Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

Categorias
Destaques Geral Recomendadas

Atenção, Professores (as)!

A Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), assinada com o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Município de Goiânia (Sepe), determina, em sua Cláusula 7ª, que as férias dos professores devam ser  concedidas e gozadas, obrigatoriamente, no mês de julho, com duração de 30 (trinta) dias ininterrupto.

Nos termos do Art. 145, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT),  a remuneração das férias, acrescida de 1/3 (um terço), tem de ser creditada na conta dos (as) professores (as), com a antecedência mínima de seu início, sob pena de o período não ser considerado como tal, consoante determina a Súmula N. 450, do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Chegaram ao Sinpro Goiás, nos últimos dias,  reiteradas informações de que a maioria dos colégios de Goiânia, apesar de formalmente, haver concedido as férias a todos os seus professores, não as pagou, antecipadamente. Com isto, o mês de julho destes professores não será de férias e, sim, de recesso escolar. Em decorrência do descumprimento da inarredável obrigação, repita-se, determinada pelo Art. 145, da CLT, tais colégios, além de serem compelidos a concedê-las, de forma correta, em outra data, terão de remunerá-las em dobro, por força do que estipulam o Art. 137, da CLT, e a Súmula N. 450, do TST.

O Sinpro Goiás ajuizará, no próximo mês de agosto, ação de cumprimento da CCT, em face de todos os colégios que a descumpriram, quanto às férias.

Professores, informem ao Sinpro Goiás, se o colégio em que trabalham pagou as sua férias antecipadamente, ou fez como a maioria, deixou o pagamento delas para agosto; o que é ilegal e inaceitável.

_

Disque Denúncia: 0800-607 22 27

_

Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

Categorias
Geral Recomendadas

Encerra-se hoje, 30, cortesia oferecida pela Odontoclinic

Professor (a),

 

O Sinpro Goiás informa que a limpeza e avaliação (gratuitas), oferecidas como cortesia aos associados (as) e funcionários (as) do Sinpro Goiás e seus dependentes, pela Odontoclinic (conveniada a entidade), se encerra hoje, 30. Aproveite o último dia e agende já o seu horário!

 

 

_

Endereço: Rua Dr. Olinto Manso Pereira, nº 1026, Setor Sul – Goiânia-Go

Telefone: (62) 3997-9700

 

 

 

_

 

Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa do Sinpro Goiás

Categorias
Geral Recomendadas

Professores brasileiros se sentem desvalorizados

Quase 90% dos professores brasileiros acreditam que a profissão não é valorizada na sociedade. Mesmo assim, a maioria está satisfeita com o emprego. O resultado foi apresentado semana passada pela Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (Talis) da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que ouviu 100 mil professores e diretores escolares em 34 países.

De acordo com o levantamento, somente 12,6% dos professores brasileiros consideram-se valorizados. A proporção está abaixo da média internacional, de 30,9%. No entanto, 87% dos professores brasileiros consideram-se realizados no emprego, próximo da média global de 91,1%.

Apesar de não se sentirem valorizados, os professores brasileiros estão entre os que mais trabalham, com 25 horas de ensino por semana, seis horas a mais do que a média internacional. Em relação ao tempo em sala de aula, os professores brasileiros ficam atrás apenas da província de Alberta, no Canadá, com 26,4 horas trabalhadas por semana, e do Chile, com 26,7 horas.

Mesmo trabalhando mais que a média, os professores brasileiros gastam mais tempo para manter a ordem em sala de aula. Segundo o levantamento, 20% do tempo em sala é usado para controlar o comportamento dos alunos, contra 13% na média internacional.

Todos os entrevistados na pesquisa dão aula para a faixa etária de 11 a 16 anos. A publicação também mostra que nos países em que os professores se sentem valorizados, os resultados no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) tendem a ser melhores.

Quanto à formação, mais de 90% dos professores brasileiros dos anos finais do ensino fundamental concluíram o ensino superior, mas cerca de 25% não fizeram curso de formação de professores. A falta de especialização reflete-se no ensino. Professores com conhecimento de pedagogia e de práticas das disciplinas que lecionam relataram se sentir mais preparados do que aqueles cuja educação formal não continha esses elementos.

Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), os dados serão incorporados aos dados do Censo Escolar e das avaliações nacionais, para que se possam criar descrições ainda mais detalhadas da situação educacional brasileira.

_

Fonte: Portal Vermelho

_

Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

 

Categorias
Geral Recomendadas

Apenas 29% dos municípios têm planos de metas e ações para a educação

Os municípios e os Estados brasileiros têm um grande desafio a partir da aprovação do Plano Nacional de Educação: traçar as próprias metas, estratégias e ações educacionais para cumprir os objetivos dos próximos dez anos. Apenas 29% dos municípios, hoje, têm planos municipais de educação, o que deveria já ser uma prática recorrente. O prazo para definição é de um ano.

Denise Carreira, coordenadora da área de educação da Ação Educativa, organização que tem auxiliado e monitorado a construção de planos municipais de educação em todo o país, ressalta que os dados sobre o que há de pronto nas diferentes cidades têm divergências. A explicação é que muitos confundem essas estratégias com os planos de governo do prefeito.

“O IBGE diz que 3,6 mil municípios têm planos locais. Mas o Ministério da Educação, no último levantamento feito a partir do Plano de Ações Articuladas (pactos assinados pelos municípios com o governo federal para participar de programas do ministério), detectou 1,6 mil cidades com planos municipais de educação elaborados. O número pode ser ainda menor”, diz.

A coordenadora explica que falta compreensão sobre o significado dos planos para a educação de crianças e adolescentes e como eles devem ser elaborados. “Os planos têm de ser elaborados a partir de diagnósticos sobre a situação de oferta de ensino e demanda, com perspectivas de financiamento e participação da sociedade. O plano deve ser uma agenda de todos”, afirma.

PNE: Conheça as 20 metas do Plano Nacional de Educação

Denise conta que, muitos dos planos existentes hoje, são meros documentos, elaborados de qualquer jeito. Todos eles precisarão passar por revisões, como determina o plano nacional. Durante o 6º Fórum Nacional Extraordinário da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), uma plateia atenta e numerosa assistiu a uma oficina sobre o tema.

Dificuldades

O professor da Universidade de Brasília (UnB) João Monlevade, estudioso do tema, detalhou como os dirigentes devem conduzir a elaboração dos planos. A primeira providência, segundo ele, é criar os Fóruns Municipais de Educação, que reúnem vereadores, professores, diretores, integrantes da comunidade e gestores. “O plano deve ser participativo, não um plano de governo ou de gestão”, destacou.

Para ele, o importante era convencer os secretários de que os planos municipais de educação são instrumentos eficazes de gestão e pode ajudá-los no trabalho cotidiano. Por isso, ele reforçou, é preciso estabelecer metas com chances reais de serem concretizadas. “O secretário de finanças deve participar de todas as discussões para ajudar nesse processo”, disse.

Em Currais Novos, Rio Grande do Norte, diferentes municípios criaram um pólo de discussões sobre os planos municipais de cada um. Eles entenderam que as estratégias e as metas colocadas no papel como compromisso facilitam o trabalho cotidiano. “O plano orienta o nosso trabalho e dos próximos gestores, para haja continuidade”, resume a secretária de educação adjunta de Currais Novos, Fábia Lira.

“Nós já temos um plano, mas está muito desatualizado. Precisamos fazer a readequação dele”, comenta a secretária de educação de Currais Novos, Maria Aparecida de Medeiros. Segundo ela, uma comissão foi criada este ano para iniciar os trabalhos, mesmo antes da aprovação do PNE. A primeira fase, ainda não concluída e trabalhosa, é levantar os dados que mostrem a real situação do município.

Os inúmeros debates que surgem em cada etapa, ela avalia, são naturais do processo. “Mas acho que as pessoas hoje já estão mais abertas para receber e trocar informações”, comenta. Josias de Souza, secretário de educação de Acari (RN), que também faz parte do polo, ainda vê dificuldades em convencer pais e comunidade a participar da elaboração dos compromissos. “Quando o município toma essa iniciativa, as pessoas acham que é política do prefeito”, diz.

Campanha

A Ação Educativa apresentou a campanha De Olho nos Planos aos gestores. Os municípios que quiserem participar devem se inscrever no site www.deolhonosplanos.org.br. Lá, eles encontrarão materiais de apoio para elaboração dos projetos (que devem virar lei depois de prontos, aprovados pelas Câmaras Municipais de Vereadores), podem solicitar oficinas, participar de fórum virtual com especialistas e divulgar as próprias experiências.

Em contrapartida, precisam se comprometer a responder um questionário sobre o andamento da elaboração dos planos, estimular a criação de fórum municipais de educação com envolvimento da comunidade, utilizar os indicadores educacionais na elaboração dos diagnósticos (fazer levantamentos atualizados) e compartilhar as rotinas.

“Queremos que essa não seja apenas uma pauta figurativa, colaborativa ou burocrática. O desafio é fazer a sociedade participar do processo realmente. Só conseguiremos avançar se envolvermos mais pessoas nesse processo”, ressalta Denise.

_

Fonte: ig/educação

_

Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

Categorias
Geral Recomendadas

Cartas de professores(as) publicadas em jornal sobre a benção à residência de ex-alunos

Neste mês de junho, foram publicadas três cartas no jornal O Popular, de autoria de professores/as da PUC Goiás, referentes à polêmica sobre a benção na residência dos ex-alunos da PUC Goiás, Léo Romano e Marcelo Trento. Veja, a seguir, o conteúdo

Igreja Católica

Um mês após a Pontifícia Universidade Católica de Goiás lançar campanha contra homofobia, fomos surpreendidos com a notícia de que a Igreja Católica em Goiás havia afastado de suas funções eclesiásticas padre César Garcia, por ter concedido bênção à residência do casal de arquitetos Léo Romano e Marcelo Trento, ex-alunos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Católica de Goiás!

Enquanto estiveram na universidade, receberam fundamentos teóricos e artísticos indispensáveis para a formação de uma consciência crítica humanista e responsabilidade social. Hoje são arquitetos, profissionais conceituados na sociedade goiana, formados nesta instituição católica, compartilhando um espaço de evangelização no âmbito das ciências, cuja missão é colocar o “conhecimento à serviço da vida”, colaborando com a promoção da dignidade da pessoa humana.

A punição sob a forma de afastamento de padre César Garcia, decorrente do cumprimento de sua condição de representante da Igreja – pelo fato de ter sido convidado para uma bênção à residência –, apresenta e revela sem máscaras mais uma vez as contradições entre as orientações religiosas e as práticas gerenciais de mercado que nós, docentes trabalhadores, temos vivido. Mais uma ambiguidade ideológica, dentre tantas outras, é a discriminação contra professores dispensados por terem completado 70 anos, contrariando, inclusive, o acolhimento pastoral recomendado por papa Francisco.

(Quando o preconceito vence o direito à vida) parte do princípio de que a diversidade sexual faz parte da realidade contemporânea. Se anteriormente muitos viviam com suas identidades silenciadas em decorrência de sua orientação sexual, escondendo-se em casamentos tradicionais, atualmente reivindicam, como cidadãos que são, reconhecimento e respeito, cidadania plena, direitos e deveres, preceitos presentes em nossos objetivos e práticas pedagógicas. Como docentes, atuamos no processo de transformação da sociedade, construindo com seriedade e fraternidade uma universidade de vanguarda em muitas áreas do conhecimento.

A Igreja Católica desejada por papa Francisco exige cotidiana e permanente relação de correspondência entre a fé e a esperança, entre o que se prega e o que se pratica. Nesta perspectiva, repudio a atitude de criminalização eclesiástica contra o padre César Garcia, por entender ser um ato incoerente com os preceitos cristãos.

Manifesto em nome dos professores integrantes da Associação de Professores da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, respeito e reconhecimento à opção e atitude de nossos ex-alunos e o nosso apoio e solidariedade a padre César. Lembrando sempre as palavras do imortal Paulo Freire: “Eu continuo a dizer, homens e mulheres, não viemos para o mundo para ser treinados, fizemo-nos no mundo seres modificadores. A adaptação ao mundo é apenas um momento do processo histórico. Adapto-me para amanhã, desadaptando-me corrigir o mundo e inserir-me nele”.

Parabéns, padre César, pelas contribuições na construção de uma sociedade solidária e fraterna.

Professor Orlando Lisita Júnior
Presidente da Associação de Professores da PUC Goiás (Apuc)
*Carta publicada na edição de O Popular de 26/06/2014

 

_

Polêmica na Igreja 

Vimos em Goiás vários arcebispos que engrandeceram nossa arquidiocese. Figuras como d. Emanuel, d. Abel, d. Fernando e d. Antônio. A exceção é d. Washington. Faço minhas as palavras de Ubiratan Estivalleti Teixeira.

O arcebispo promoveu “o lobby dos amargos e vingativos” ao patrocinar uma verdadeira caça às bruxas na então Universidade Católica de Goiás (UCG) e na arquidiocese tão logo assumiu seu mandato.

O que foi feito com d. Antônio e principalmente com padre Pereira foi inadmissível. Após a interferência de algumas instituições nas ações promovidas contra ex-dirigentes da antiga UCG, consta que d. Washington teria procurado d. Antônio e padre Pereira para ser perdoado pelas injustiças praticadas.

Padre César Garcia foi só a última vítima. A arquidiocese só puniu padre César porque sua presença foi reproduzida na mídia em uma cerimônia bastante comentada. Padre Pereira morreu de tristeza.

Padre César está afastado da Paróquia São Leopoldo e está sendo julgado. Padre Alcides foi dispensado da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes e está na Vila Aurora arregimentando cada dia mais fiéis.

Padre Luiz Augusto – hoje na Vila Brasília – foi exonerado da Paróquia Sagrada Família por denúncias de improbidade nunca comprovadas. Como não se manifestavam sobre sua inocência, coube a ele próprio fazer sua defesa em matéria publicada na seção Carta dos leitores do POPULAR, uma vez que esta mesma cúria não teve a grandeza de se retratar publicamente ao constatar a falta de procedência das acusações.

Felizmente e graças a Deus, d. Antônio, padre Alcides, padre Luiz, padre César e outros continuam evangelizando como mensageiros que são das palavras de Cristo. Sou parte de uma família de católicos fervorosos e com humildade penso que a comunidade católica de Goiás não merece ser norteada por um pastor com o perfil do arcebispo d. Washington.

Professora Geralda G. B. Pinto Albernaz
Setor Oeste – Goiânia
*Carta publicada na edição de O Popular de 19/06/2014

 

_

Padre César

Na véspera da Copa do Mundo, um fato em Goiânia chama a atenção: o afastamento do padre César Garcia, que exerce suas funções religiosas há 30 anos, da Paróquia São Leopoldo até a conclusão de um inquérito conduzido pela Igreja Católica em decorrência de benção ao lar de um casal homoafetivo.

O ressurgimento de práticas de controle de comportamento e de modos de vida “ditos como não convencionais” ocorre na contramarcha do discurso contra a homofobia adotado pelo papa Francisco durante a visita ao Brasil.

Na época, em entrevista à imprensa, disse o pontífice: “Se uma pessoa é gay, quem sou eu para julgá-la? O catecismo diz que não se deve marginalizar essas pessoas, devem ser integradas à sociedade”. Se sob a ótica das palavras de Francisco o fato já causava estranheza, isso se potencializa ainda mais à luz da legislação brasileira, que tem a união estável homoafetiva reconhecida desde 2011 por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Dados do censo demográfico de 2010 revelam que o País possui mais de 60 mil casais homoafetivos e que, assim como os casais heterossexuais, têm direito à dignidade da pessoa humana; à liberdade, à intimidade, à não discriminação e à busca da felicidade.

O enfrentamento da homofobia, do sexismo e de outras formas discriminatórias são fundamentais para que haja democracia nas relações sociais e exercício pleno da cidadania.

Com o afastamento do padre César Garcia, setores da Igreja Católica jogam ao vento as palavras do santo pontífice, revelando a resistência em transformar o discurso em prática e em reconhecer as conquistas e avanços da legislação brasileira. Manifestamos a nossa solidariedade ao padre César Garcia, a mulheres e homens que lutam cotidianamente, nos mais diversos espaços da sociedade, pela construção de um mundo mais humano e menos desigual.

Professora Lucia Rincon
Coordenadora Nacional da União Brasileira de Mulheres (UBM)
*Carta publicada na edição de O Popular de 14/06/2014

 

 

_

Fonte:Assessoria de Comunicação da Apuc

 

 

 

_

Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás

 

Categorias
Geral Recomendadas

Contee lança cartilha com texto e análise dos aprendizados e desafios da educação

Passados quase quatro anos, a sociedade brasileira tem nas mãos um novo Plano Nacional de Educação. Durante esse período, a atuação dos movimentos sociais e das entidades defensoras do fortalecimento da educação pública – entre as quais a Contee e seus sindicatos e federações filiados – trouxe alguns aprendizados que precisam ser incorporados às novas batalhas que estão por vir. Afinal, com a sanção da Lei 13.005/2014, voltamo-nos agora para outras lutas: pelo cumprimento das metas do PNE, pela instituição do Sistema Nacional de Educação, pela elaboração e/ou aprimoramento dos planos municipais e estaduais, pelo fortalecimento fóruns e conselhos de educação, pela garantia – de fato – de que tudo isso se reverta na melhoria da qualidade da educação brasileira.

Por isso, a Contee lança a cartilha “PNE: uma conquista das entidades e do movimento social”, que está sendo disponibilizada on-line nesta sexta-feira (27), mas que também será encaminhada em breve às entidades filiadas. A publicação traz o texto integral do PNE, bem como do anexo de metas e estratégias, a fim de que todos possam, com a nova lei em mãos, acompanhar de perto sua execução e seus resultados. Além disso, a cartilha também faz uma análise de todo o processo de construção coletiva do PNE e um apanhado dos principais aprendizados e desafios para a nossa luta.

_

Acesse aqui a cartilha “PNE uma conquista das entidades e do movimento social”

 

 

_

Fonte: Contee

 

 

_

Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás