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“Para Temer, educação não é investimento”, diz presidenta da UNE

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Na semana passada a UNE comemorou seus 80 anos e agora é presidida por Marianna Dias, terceira mulher consecutivamente a assumir o cargo. Ela é estudante de pedagogia da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e, com seus 25 anos, convoca a juventude para enfrentar os próximos desafios da entidade: lutar contra um governo ilegítimo que pratica incessantemente e graves desmontes no país. A começar pela aprovação de um teto para os investimentos públicos durante 20 anos – que afeta principalmente educação e saúde – a aprovação da reforma trabalhista e a tentativa de inserção de uma reforma da previdência.

É diante desse cenário desafiador que Marianna assume a presidência da instituição. Para ela, o maior desafio dessa gestão é convencer os estudantes de que se organizar e lutar vale a pena e para provar isso, Marianna pontua as conquistas dos 80 anos da UNE.

“Aprovamos o Plano Educacional de Educação, os 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para educação, conseguimos aprovar as cotas e as reservas de vagas para estudantes de baixa renda na universidade. Além do quase pleno emprego entre a juventude. Foi nesse período que as pessoas tinham a sensação de que o Brasil era um país que poderia dar certo. Usamos esses bons momentos como prova de que é possível ter um país diferente e que podemos mudar o cenário atual”, destacou a presidenta da UNE durante a entrevista ao Portal Vermelho.

Para ela, o processo de resistência, a luta por novas eleições e a defesa da universidade pública só será possível se os estudantes se organizarem.

“O ponto central para que a gente consiga desempenhar os nossos deveres é começar defendendo a democracia do país ao reestabelecer a democracia através do voto, garantir as eleições o mais rápido possível, ou no máximo até 2018 como prevê o calendário regular eleitoral, mas também defender a universidade pública que está sob ataques perversos com a PEC 55, com o Teto dos Gastos Públicos. Por meio dessas medidas o governo vem demonstrando não priorizar áreas estratégicas e não reconhecer a educação, a saúde, a divisão de renda e o bem-estar social como investimento. Para esse governo e para Temer, o bem-estar social e os direitos são gastos e como o país vive uma crise, eles dizem que precisam cortar gastos em educação também. Por isso, temos uma necessidade muito grande de proteger os nossos direitos e de reestabelecer a democracia”, concluiu Marianna Dias.

Jornada de Lutas da Juventude

Para enfrentar conjuntura atual que a UNE e diversas entidades como União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Levante Popular da Juventude, a Associação Nacional de Pós Graduandos ANPG, entre outros moviemntos, convocaram a Jornada de Lutas da Juventude.

“Esse ano, em especial, nós falaremos sobre a necessidade de reestabelecer a democracia através de novas eleições, a defesa da universidade pública, do Fies e do ProUni que são programas que também tem passado por mudanças autoritárias, inclusive, sem nenhum tipo de diálogo com os estudantes ou com a comunidade acadêmica. Então será uma Jornada de Lutas com a intenção de mobilizar os estudantes a acreditarem na nossa luta e a acreditarem que sem a luta tudo é mais difícil”, disse a presidenta.

Além dessas pautas, a mobilização também é contra o conservadorismo que prevalece no governo de Michel Temer, como a Reforma do Ensino Médio, a proposta da Lei da Mordaça, propostas de cobrança de mensalidades em universidades públicas, cortes no financiamento da ciência, tecnologia e pesquisa nacional e contra os ataques aos direitos das jovens mulheres, negros e negras e LGBTs.

O grande ato acontece hoje e é possível acompanhar a movimentação pela página do Facebook Jornada de Lutas da Juventude. Em São Paulo, a manifestação acontecerá na Praça do Ciclista, às 16h desta quinta-feira, na região central de São Paulo.

 

Fonte: Portal Vermelho