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Lucros e altas na Bolsa de Valores desmontam argumentos das instituições privadas contra os ajustes feitos no Fies

A reunião da Comissão Geral da Câmara realizada ontem (25), durante a qual a Contee defendeu os ajustes feitos pelo Ministério da Educação no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e cobrou novas regras de controle público sobre o programa (ver detalhes aqui), foi marcada por uma espécie de “choramingação” generalizada dos representantes das empresas educacionais, que alegavam que as alterações no Fies supostamente comprometem até mesmo suas condições de arcar com o pagamento de seus professores e técnicos administrativos. O lamento, porém, não podia estar mais longe da realidade, como evidencia o noticiário econômico dos últimos dias.

Para se ter uma ideia, na última sexta-feira, embora alardeiem uma crise econômica, o Ibovespa fechou em alta e as ações que mais subiram, além das da Petrobrás, foram as dos grupos educacionais mercantis de capital aberto (ver aqui). E a alta foi impulsionada pelo anúncio de que representantes da Abraes – entidade que reúne Anima, Estácio, Devry, Kroton, Laureate e Ser Educacional – estão criando um financiamento estudantil privado que deve ser apresentado ao mercado ainda neste primeiro semestre, possivelmente em meados de maio, para ser oferecido aos alunos no segundo semestre deste ano. O projeto, aliás, está sendo chamado de “Fies 2.0”.

A lucratividade do Fies fica patente nos números da Kroton Educacional, também anunciados pela imprensa especializada em economia e citados pela coordenadora da Secretaria de Assuntos Institucionais da Contee, Nara Teixeira de Souza, durante a reunião de ontem na Comissão Geral da Câmara. Com mais de 60% de alunos matriculados via Fies, a gigante mundial do setor mais que dobrou seu lucro líquido no quarto trimestre de 2014 em relação ao mesmo período de 2013, embolsando R$ 244 milhões só nos últimos três meses do ano passado (ver aqui).

O Fies volta a ser discutido hoje (26) no Congresso Nacional, dessa vez em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado, na qual a Contee será representada pela coordenadora da Secretaria de Assuntos Institucionais, Nara Teixeira de Souza. A diretora irá reiterar os argumentos da Contee a favor das medidas tomadas pelo MEC em relação ao Fies, bem como a nota pública desmontando os argumentos dos estabelecimentos mercantis de ensino, mostrando como sua preocupação visa apenas os lucros, e não a qualidade da educação.

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Fonte: Contee

 

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Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa e Comunic. do Sinpro Goiás