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Instaurada a Comissão da Verdade dos Trabalhadores em Educação do Setor Privado de Ensino

A Contee instaurou na última sexta-feira, 28, em solenidade realizada na capital paulista, a Comissão da Verdade dos Trabalhadores em Educação do Setor Privado de Ensino. Os trabalhos serão conduzidos por quatro membros, escolhidos pela Confederação: o ex-presidente da Contee e coordenador do Centros de Estudos Sindicais (CES), Augusto Petta; a primeira-secretária da Associação dos Professores da PUC Goiás e representante da União Brasileira de Mulheres (UBM) no Conselho Nacional dos Direitos da Mulher e no Fórum Nacional de Educação (FNE), Lucia Rincón; o secretário de Imprensa e Comunicação do Sinproep-DF, Trajano Jardim; e o procurador do Sinpro-SP e diretor da Plena da Contee, Ailton Fernandes. Cada um deles, seja por sua trajetória de luta contra o regime militar, sua militância no movimento sindical e social e/ou sua atuação profissional, contribuirá para o resgate histórico acerca da perseguição sofrida por professores e técnicos administrativos das instituições particulares de ensino.

O ato de instauração da Comissão da Verdade foi realizado juntamente com o evento “A mulher nos anos de chumbo”, promovido pela Contee nesta sexta, por iniciativa da Secretaria de Gênero e Etnia. Durante a abertura das atividades, a coordenadora-geral da Contee, Madalena Guasco Peixoto – que compôs a mesa ao lado da coordenadora da Secretaria de Gênero e Etnia, Rita Fraga, do vereador de São Paulo Orlando Silva, da representante da CNTE Selene Michelin e da representante da Secretaria Nacional da Mulher Trabalhadora da CTB Márcia Regina Viotto – ressaltou a importância da homenagem às mulheres, que lutaram contra a ditadura em defesa da restauração da democracia, e também da instalação da Comissão, que buscará, junto com a Comissão Nacional da Verdade, somar esforços pelo resgate da memória do período de repressão no país.

Segundo Augusto Petta, “é muito importante que a Contee entre nesse movimento de luta pela reparação daquilo que afetou toda a sociedade brasileira”. “Os trabalhadores têm direito de saber o que aconteceu no Brasil.” Lucia Rincón, por sua vez, destacou que “a dimensão do ato [desta sexta] é quase incomensurável”. “Só dá para ter uma dimensão por causa do filme exibido aqui”, enfatizou, referindo-se o documentário “Repare bem”, produzido por Ana Petta, que participou do evento. “Não temos ideia do que aconteceu com os trabalhadores do setor privado de ensino naquele período; temos indícios. Mas temos certeza da dimensão humana, histórica e política, pelas pessoas atingidas”, acrescentou, frisando o papel das organizações envolvidas, entre as quais a Contee, no aprimoramento do processo democrático. Já Trajano Jardim considerou que “é uma iniciativa muito boa da Contee levantar essa história e ajudar a contá-la”. “E a gente tem que refazer esse caminho.”

Além do filme “Repare bem”, também foi exibido no evento o programa especial da TV Contee com depoimentos de algumas mulheres que contribuíram para a resistência ao regime. Além disso, a Contee também lançou a calendário-almanaque “A mulher nos anos de chumbo”, que homenageia dez lutadoras, escolhidas como exemplo por terem, de diferentes maneiras, batalhado em prol do restabelecimento da liberdade e da democracia. O calendário também presta reverência a diversas mulheres que morreram em nome dessa luta.

Fonte: Portal Contee

Jorn. FERNANDA MACHADO

Assess. de Imprensa do Sinpro Goiás