Seja um(a) filiado(a) do Sinpro Goiás! Juntos podemos mais!

Entidades sindicais explicam aos pais, alunos e professores o que é greve no domingo

banner greve

Senhores pais,

Senhoras mães,

Jovens alunos(as),

Ao cumprimentá-los, cordialmente,  pedimos a sua atenção para algumas reflexões importantes que pretendemos apresentar-lhe, neste pequeno texto:

Há consenso na sociedade sobre a importância da educação, que representa para o bem estar e para a inserção no meio social,  o mesmo que o oxigênio para a vida.

O desejo maior de todo pai, toda mãe é o de  garantir boa educação para os seus filhos, pois dela dependem, a cada instante, para conseguir êxito na vida social.

Em uma palavra: a educação escolar, sem prejuízo da que é ministrada em casa, constitui-se na mola mestra para a inclusão e o desenvolvimento sociais. Tanto isto é verdadeiro que a Constituição de 1988, propositadamente, escolheu-a como o sendo o primeiro e principal direito fundamental social; atribuindo-lhe três objetivos, que são os de proporcionar o pleno desenvolvimento da pessoa humana, o seu preparo para o exercício da cidadania e a sua qualificação para o trabalho.

Há, ainda, o consenso social de que a educação escolar tem como os dois agentes (atores) principais os (as) alunos(as), a quem ela se destina, e os profissionais da educação escolar (professores e técnicos administrativos), que têm a árdua tarefa de ser os mediadores do processo de aprendizagem do primeiro agente, para o exercício da cidadania e para o trabalho.

Os (as) Senhores (as), os (as) alunos (as) e os demais membros da sociedade, esperam destes profissionais, com justa razão, a cada dia, uma lição pedagógica, em cumprimento ao conteúdo  programático da Matriz Curricular do ano em que se encontram, pois, são sabedores de que sem preciosas lições deste conteúdo, não haverá sucesso escolar, sobretudo quanto à ascensão  a etapas e ao nível superior: a universidade, que confere aos estudantes os seus passaportes para a vida profissional.

Vejam quão grande é o desafio daqueles que medeiam o conhecimento e quão importante é o trabalho que realizam em prol da formação do (a) cidadão (ã).

Aqui, começam as dificuldades destes profissionais e que, normalmente, não são do conhecimento dos senhores, das senhoras e dos jovens.

Primeiro, como regra, recebem baixa remuneração, ou em palavras populares, ganham pouco; o que os obriga a assumir carga horária semanal, em sala de aula, 40 (quarenta) horas semanais, isto tanto no nível básico como no superior, com raras exceções.

Segundo, as responsabilidades dos profissionais da educação escolar, para com a aprendizagem de seus alunos, não se resumem ao encontro em sala de aula. Há muitas outras atividades para além desta, e tão relevantes como ela, quais sejam: o atendimento individualizado a cada um e aos seus pais e mães, para que possam sanar dúvidas, ouvir anseios e aptidões; a preparação das aulas  e das tarefas e provas, que, por  representar o diagnóstico da aprendizagem, necessitam de criteriosa correção e interação com os(as) alunos(as) sobre o que está bom e o que demanda mudanças; o lançamento de conceitos e notas, nos boletins, sejam ainda físicos, sejam eletrônicos.

Muito bem, se, via de regra, o profissional da educação escolar trabalha 40 (quarenta) horas por semana, em sala de aula, ministrando conteúdo ou sanando dúvidas, a que horas ele prepara as aulas, as suas tarefas, corrige-as e lança os conceitos e notas nos respectivos boletins?

As respostas a estas questões não são do conhecimento de muitos. Isto porque este trabalho não é visto e não repercute, apesar de ser imprescindível para o desenvolvimento da boa educação; e não é visto nem ganha repercussão porque é realizado em casa, às noites, às madrugadas, aos domingos e aos feriados.

Assim é que, enquanto os pais, as mães e a crianças e jovens alunos, merecidamente, descansam, às noites, às madrugadas, aos domingos e feriados, os profissionais da educação escolar trabalham, ou seja, mesmo nestes  horários e dias, são privados de seu descanso.

Em decorrência desta carga de trabalho, a que se desenvolve em sala de aula e a que é realizada em casa, que lhe é exigida, e sempre com mais rapidez e mais qualidade, o profissional da educação escolar vive estressado, frequentemente, doente, e sem as necessárias condições para o seu aprimoramento profissional; e, o que é pior: além de em geral ganhar pouco, nada recebe pelas tarefas de casa.

Com a finalidade de lhe trazer ao conhecimento as dificuldades e a sobrecarga de trabalho destes profissionais, simbolicamente, no próximo dia 20, domingo, realizaremos, nas vinte e sete unidades da federação, um dia de greve; organizado e coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), que representa, mais de um milhão destes trabalhadores.

É claro que esta greve simbólica, aparentemente, não afetará a escola nem os alunos, pois os dias de aula, normalmente, são de segunda a sexta-feira. No entanto, se os docentes não realizam as suas tarefas fora da sala de aula, em dia de domingo, de feriado e às noites e madrugadas, em brevíssimo período de tempo, isto refletirá negativamente no trabalho escolar e na aprendizagem dos alunos. Quer dizer, todos serão atingidos.

Por tudo isto, pedimos o seu apoio para o  debate que ora abrimos sobre o trabalho escolar e as condições em que se desenvolve por um de seus dois agentes principais: os profissionais de educação escolar.

Estes profissionais almejam apenas melhores salários e destinação de parcela de sua carga horária semanal, na escola, para que possam nela realizar todas as atividades inerentes à sua profissão, passando, com isso, a usufruir do sagrado direito ao descanso, à noite, aos domingos e aos feriados.

Contamos com o seu imprescindível apoio.

Fitrae BC

Sinpro Goiás

Sinproep

Sintep

Sinaae

Sinpror

Sintepett

Sintea

Saep