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Aplicativos ajudam família a controlar agenda de estudantes

Cada vez mais buscadas por alunos e professores, as novidades tecnológicas também facilitam a vida dos pais ou aproximam as famílias do cotidiano do colégio. Já são comuns aplicativos que permitem monitorar, a qualquer horário e de fora das escolas, notas, atrasos, faltas e até se a van escolar trafega na velocidade permitida. Para especialistas, o receio é que haja controle excessivo e invasão de privacidade.

O aplicativo SophiA, por exemplo, fez com que Pedro Aranha, de 12 anos, aposentasse a agenda de papel. Com a ferramenta, que organiza as atividades da semana, o pai também acompanha a rotina do filho. “Facilita a organização. Na tela do celular, posso ver tudo que haverá no dia seguinte”, conta Sérgio Aranha, de 47 anos, professor de Geometria. Para o adolescente, o app é motivo para redobrar a atenção. “Sei agora que meu pai acompanha ainda mais o que faço na sala.”

O app é uma novidade na Esfera Escola Internacional de São José dos Campos, no interior, onde Pedro estuda, e está disponível gratuitamente aos pais dos alunos. Para a diretora do colégio, Andrea Andrade, a ferramenta é mais uma opção para falar com as famílias. “Mas não elimina outras formas de comunicação”, ressalta.

Já a psicóloga Patrícia Gross, de 37 anos, conseguiu economizar alguns minutos do seu dia com o aplicativo Filho sem Fila, usado em oito escolas de São Paulo e da Região Metropolitana. O funcionamento é simples: o pai avisa pelo aparelho quando está perto do colégio e o professor responsável pelas crianças já leva o aluno à portaria.

Mãe de duas crianças, de 5 e 3 anos, Patrícia conta que as filas acabaram na porta da Escola Internacional Alphaville, em Barueri, na Grande São Paulo. “Agora nem preciso sair do volante porque eles já colocam meu filho no carro. Antes demorava quase 15 minutos.”

Vigilância

O app ZoeMob é outra solução para quem não quer perder o filho de vista. Pela ferramenta “dedo-duro”, pais podem ver se os filhos chegaram à escola, se atrasaram para alguma atividade e até conseguem saber se a van que leva as crianças anda em velocidade alta.

A psicóloga e professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Ana Luiza Mano alerta para os riscos do exagero tecnológico. “O perigo é a paranoia: ficar obcecado em monitorar cada passo do filho.” Segundo ela, é importante dosar o uso das ferramentas, também para evitar desgaste nas relações familiares.

As informações são do jornal “O Estado de S. Paulo”.

 

Fonte: Uol educação